Ballet Fly traz nova perspectiva para profissionais de saúde e dança em São Paulo

A bailarina Natassia Codo, de Americana, interior de São Paulo, estava em busca de uma modalidade para complementar seu repertório. Foi então por meio das redes sociais que encontrou o Ballet Fly- uma atividade diferente de tudo que já tinha visto.

Professora de dança há 15 anos, as principais referências que tinha vinham do ballet clássico, onde os movimentos são mais rígidos e precisos. Na nova modalidade, a bailarina notou que poderia explorar novos aspectos e se desafiar mais. O motivo de tal expectativa estava na junção de duas paixões: a dança e o tecido.

No Ballet Fly, os pliés, grand pliés e passés dão lugar a passos fluídos executados em tecidos aéreos. Diferente do clássico, a atividade permite um trabalho mais amplo, pois explora todos os grupos musculares, principalmente braços e costas. Outra característica marcante é o lado lúdico da modalidade. “Você se sente mais livre fazendo os movimentos e tem uma sensação de liberdade que nem sempre o clássico proporciona, além, é claro, de todo o ganho de força e flexibilidade. Trouxe uma nova perspectiva para minha vida e profissão”, diz a dançarina, que hoje dá aulas da atividade em Americana.

A fisioterapeuta Natalia Gil, de São Paulo, também ficou encantada com o Ballet Fly. Professora da modalidade há seis meses, a profissional conheceu a atividade quando ainda dava aulas de pilates no estúdio onde o método surgiu. Por também ser bailarina, Natalia se surpreendeu ao conhecer algo que envolve os dois universos. “Além de preservar movimentos do clássico, envolve os tecidos do circo, o que é desafiador e encorajador ao mesmo tempo, pois os passos no solo nos ajudam na montagem de figuras”.

Coragem é a palavra da vez nas aulas de Ballet Fly, conforme Gil. Segundo a educadora, as alunas comentam muito sobre as superações vivenciadas, já que a cada aula são estimuladas a construírem figuras acrobáticas que desafiam seus próprios medos nos ares. De acordo com a professora, as alunas ficam extasiadas quando chegam ao ponto de captar rapidamente os detalhes para montagem de uma figura.

Para a fisioterapeuta, a modalidade agregou ainda na didática da passagem dos exercícios para os pacientes, assim como trouxe benefícios a si própria. “Agregou profissionalmente no ballet, me permitiu explorar outras formas de movimento e com mais liberdade, além de proporcionar um melhor condicionamento físico para atuar nas duas áreas”, completa Gil.

A professora de Ballet Fly Milena Campos, de São Paulo, também é fisioterapeuta e concorda que a prática beneficia ambas partes. “Como fisioterapeuta, penso que é preciso diversificar os movimentos para ganhar força e flexibilidade, não adianta partir sempre de uma única linha. Quanto mais diversidade, melhor o aprendizado motor”.

"Hoje as mulheres, como nosso maior público, percebem muito a questão da auto superação no tecido. Elas ficam tão animadas que sempre querem fazer mais para se auto superar. Nós entendemos que, muitas vezes, elas lidam com questões emocionais que não conseguem tratar ou expressar de outras formas, porém, trabalhando essa superação na aula e o empoderamento feminino, elas se transformam. Se sentem novas mulheres”.

Criação do Ballet Fly

Foi em 2014, nas aulas de Barra de Ballet, que Letícia se deu conta de que precisava buscar algo que fosse ainda mais artístico para integrar movimentos. “Pesquisando os tecidos do circo, percebi que eram técnicas complementares e que havia muitas semelhanças”, conta a criadora. O Ballet Fly é resultado dessa junção, na qual as acrobacias potencializam essa conexão com a expressividade que a dança já tem. Os tecidos coloridos, o tempo do movimento, o uso do espaço, tudo se transforma em gesto expressivo.

SERVIÇO
Ballet Fly
Site oficial: http://letspilates.com/balletfly
Contato:
Telefone: 11 3571-2222