Na natureza, a araucária (Araucaria angustifolia) leva de 12 a 15 anos para produzir o pinhão, semente da planta e alimento muito consumido na Região Sul do Brasil. Com a tecnologia de araucária de produção precoce desenvolvida pela Embrapa Florestas (PR) e Universidade Federal do Paraná (UFPR), é possível reduzir esse tempo para seis a dez anos, por meio da técnica de enxertia. Este ano, os pesquisadores obtiveram a primeira produção da estrutura reprodutora masculina (estróbilos masculinos) em árvores enxertadas de tronco. Isso permite auxiliar a reprodução precoce, uma vez que a técnica só havia sido desenvolvida em árvores-fêmeas e a araucária necessita de plantas masculinas e femininas para se reproduzir. “Os estróbilos em plantas enxertadas de tronco constituem um resultado inédito, o que é motivo de comemoração”, ressalta o pesquisador da Embrapa Ivar Wendling, que conduz a pesquisa.