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Veículos elétricos ou biocombustíveis: qual o futuro da frota brasileira?

  • Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por  Renata Mello
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Enquanto biodiesel para veículos de passeio entra na pauta da Comissão de Minas e Energia nesta quarta-feira (5), montadoras defendem subsídios para elétrico

De olho na transição energética para uma economia de baixo carbono, empresários, especialistas e governo se reuniram para discutir quais os caminhos para a frota brasileira no curto, médio e longo prazo, a convite do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) e Agência Epbr. Nesta quarta-feira, Dia Mundial do Meio Ambiente, projeto de lei que autoriza o uso de biodiesel em veículos de passeio e veículos de carga de pequeno porte será votado na Comissão de Minas e Energia da Câmara.

“O setor de mobilidade é responsável por ¼ das emissões globais de gases de efeito estufa, sendo 45% causadas por veículos leves. Então, a pergunta não é se haverá essa transição, mas quando e como”, provocou a diretora de Desenvolvimento Institucional do CEBDS, Ana Carolina Szkló, que conduziu painel discutindo a competitividade dos carros elétricos frente ao biocombustível, com participação da japonesa Nissan, da chinesa BYD e da Ambev, que pretende eletrificar toda sua frota até 2025.

“O padrão histórico da transição energética é lento, mas os perigos iminentes das mudanças climáticas e a percepção de oportunidade de novos negócios na economia farão com que essa transição seja mais acelerada no atual momento da história”, afirmou Giovani Machado, superintendente de Gás Natural e Biocombustíveis da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), que apresentou no evento uma visão geral sobre o futuro dos dois combustíveis no País.

A economia de baixo carbono pauta pelo menos cinco das 10 propostas da Agenda CEBDS para um País Sustentável, encaminhada pelo Conselho ao Governo Federal como subsídios para políticas públicas que possam interferir diretamente no aumento da eficiência no uso da energia e ampliação das fontes renováveis na matriz. Como principais desafios para a expansão da eletrificação da frota estão o tempo e custo de adaptação de infraestrutura, que implicará aportes significativos, alto custo fiscal, mercado e geopolítica para acesso ao lítio e ao cobalto (matérias primas para produção de baterias automotivas), além de política para coleta, descarte e reciclagem das baterias. O poder de compra do consumidor, portanto, é apontado como o principal entrave atual, já que no Brasil somente 6% dos veículos leves vendidos ultrapassam o preço de R$ 80 mil (valor mínimo estimado para um veículo leve elétrico).

“É preciso contabilizar o custo da saúde dos moradores de grandes cidades, afetados com doenças de pulmão provocadas pela poluição, quando formos fazer essa conta de subsídios. Afinal, hoje apenas o carro bicombustível recebe incentivo, mas muitos motoristas substituem o etanol por gasolina. Ou seja ainda estamos subsidiando o combustível fóssil”, provocou Adalberto Felício Maluf Filho, diretor de Marketing, Sustentabilidade e Novos Negócios da chinesa BYD. “O crescimento da energia solar e mobilidade elétrica no mundo superou as expectativas. Com a redução do preço das baterias, há previsões de que em 2023 o preço de um veículo leve já será viável para quem roda mais de 30 Km por dia”, disse.

Presente no mesmo painel Pedro Bintancourt, diretor de Relações Governamentais da Nissan, argumentou que a tecnologia aliada à conectividade de dados, está no plano estratégico da empresa de médio prazo, em um modelo tecnológico disruptivo, em que os carros serão autônomos em geração de energia, ao mesmo tempo mesmo tempo que poderão devolver energia às redes, abastecendo outros veículos ou até mesmo hospitais, em casos de apagões, por exemplo.

“Com o avanço tecnológico em curso, em 2025 já teremos veículos elétricos com o mesmo custo de veículos com propulsão a combustíveis. Aí não fará sentido continuar usando essa tecnologia ultrapassada”, disse. A Nissan pretende colocar no mercado brasileiro a partir de junho o veículo elétrico mais comercializado do mundo, e outro híbrido a partir de 2020.

O crescimento do uso de bicicletas e patinetes elétricos nos grandes centros urbanos foi também apontado como já como um bom exemplo dessa transição. “Em São Paulo, 70% da mobilidade por bicicleta acontece num raio de 8 km, o que mostra que é uma solução que se agrega à tendência de conectividade com transportes públicos modais”, afirmou Paulo André Domingos, superintendente de Produtos, Analytics e Canais Digitais do Itau. O banco é responsável pela disponibilização de 15 mil bicicletas em diversas cidades do Brasil Chile e Argentina.

Biocombustíveis - Já Carlos Orlando Enrique da Silva, superintendente de Biocombustíveis e de Qualidade de Produtos da Agência Nacional Petróleo, Gás natural e Biocombustíveis (ANP), destacou que os biocombustíveis têm papel relevante na transição para um novo paradigma automobilístico e o Brasil ganha bastante em competitividade neste mercado. “Temos enormes reservas de gás natural, somos o segundo maior produtor de etanol do mundo e temos potencial para produção de biodiesel, biogás e biometano. Por isso, creio numa confluência de fontes de energia no mercado de mobilidade”, afirma.

A segunda edição dos Diálogos de da Transição Elétrica promovida pelo CEBDS e epbr contou com o patrocínio do Itaú, Shell e CDGN e apoio da WeWork. A terceira edição dos Diálogos, que vai tratar especificamente da energia solar e da energia eólica, acontece no dia 6 de agosto.


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