Assédio no trabalho atinge 50% dos brasileiros; especialista aponta necessidade de transformação corporativa
Problema pode ser caracterizado por exposições humilhantes ou constrangedoras, agressão verbal ou de natureza sexual aos colaboradores
Uma pesquisa realizada pela CLA Brasil entre março e julho de 2025 revelou que 50% dos profissionais brasileiros já sofreram ou presenciaram algum tipo de assédio no ambiente de trabalho. O levantamento, realizado com mais de 400 respondentes, dimensiona a gravidade do problema e reforça a urgência de ações efetivas dentro das organizações.
De acordo com a legislação brasileira, o assédio pode se manifestar de duas formas principais. O assédio moral ocorre quando um trabalhador é exposto de maneira repetitiva a situações humilhantes ou constrangedoras, capazes de abalar sua dignidade ou integridade psicológica. Já o assédio sexual é caracterizado pela conduta de natureza sexual indesejada, que pode se dar por meio de gestos, palavras ou comportamentos físicos, geralmente vinculados a relações de hierarquia.
Para a presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos – Seccional Ceará (ABRH-CE), Kássia Sales, os dados evidenciam que o problema é estrutural e precisa ser combatido de forma consistente. “Não basta adotar códigos de conduta formais. As empresas precisam investir em campanhas de conscientização permanentes, capacitar suas lideranças para agir com rapidez e responsabilidade diante das denúncias e criar canais de escuta que sejam de fato seguros e confiáveis”, reforça.
Penalidades
A Justiça do Trabalho registrou mais de 400 mil processos envolvendo assédio moral e sexual entre 2020 e 2023. Apenas em 2024, os casos cresceram 28% em relação ao ano anterior. As consequências para as empresas incluem indenizações às vítimas, danos à reputação e até responsabilização criminal dos agressores. No caso do assédio sexual, a pena prevista no Código Penal pode variar de um a dois anos de detenção, além de sanções trabalhistas e civis.
Para Kássia Sales, a mudança cultural é fundamental para reduzir a incidência dos casos. “Transformar o ambiente de trabalho em um espaço de respeito e segurança exige ações práticas, coerência e compromisso das lideranças. Só assim será possível frear o avanço dos números e promover relações saudáveis no dia a dia corporativo”, completa.
A presidente conclui apontando que quanto ao enfrentamento do assédio, a ABRH-CE desempenha um papel estratégico ao apoiar empresas na criação de políticas de prevenção e no fortalecimento da cultura organizacional. “Nós temos promovido capacitações para líderes, profissionais de Recursos Humanos, e orientado sobre a implantação de canais de denúncia seguros e estimulado campanhas contínuas de conscientização, reforçando nosso compromisso em tornar os ambientes corporativos mais respeitosos, éticos e alinhados às boas práticas de gestão de pessoas”, conclui Kássia Sales.
Sobre a ABRH-CE
A ABRH-CE é uma entidade sem fins lucrativos dedicada ao desenvolvimento e valorização de pessoas e organizações. Com eventos de grande relevância, como o Fórum Saúde+RH, o Prêmio Ser Humano e o CearáRH, a associação se consolida como um ponto de referência para inovação, aprendizado e networking no mercado cearense.
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