ENIGMA: A Falta de Visão no Mercado de Seguros é Incrível
Armando Luís Francisco
Alan Turing, o matemático brilhante que ajudou a vencer a Segunda Guerra Mundial, é um exemplo perfeito de como a genialidade muitas vezes não é reconhecida em seu tempo. Ele decifrou os códigos enigmáticos criptografados nazistas da máquina Enigma, com sua invenção e mudou o curso da história. No entanto, o reconhecimento de Turing veio minúsculo e tardiamente. E aqui vem o paralelo: o mercado de seguros brasileiro vive uma situação semelhante de desconforto, travado pela falta de visão e incapacidade de reconhecer e valorizar o potencial à sua frente.
Assim como Turing foi subestimado, a indústria de seguros frequentemente joga contra si mesma, resistindo à inovação e desconfiando de suas próprias potencialidades. Mesmo quando a oportunidade está escancarada, como um tesouro à vista, o setor se mantém preso ao passado, ou ao simples e gigantesco lucro fácil, evitando tomar os caminhos necessários da inovação, que poderiam levá-lo a um novo patamar, como aconteceu no passado, somente alguns anos atrás, com a Porto Seguro. E o mais triste? Quando esses avanços finalmente chegam, são selados com atraso e, muitas vezes, como cópias de inovações já consolidadas em outros lugares e empresas.
O Desafio do Atraso
É doloroso constatar, mas o mercado de seguros no Brasil ainda caminha a passos lentos. A inércia é evidente. Quantas oportunidades de produtos e serviços inovadores foram desperdiçadas? Quantas vezes a indústria preferiu manter-se nas zonas de conforto, ignorando sinais claros de que a mudança é urgente e necessária?
O nosso mercado não consegue prever nem mesmo fatos mais simples, que poderiam abalar sua própria estrutura, como no caso da Proteção Patrimonial. E se continuarmos assim, o futuro não será apenas uma repetição do passado, mas um ciclo interminável de atraso e conformismo. Para mudar esse cenário, é preciso despertar, inovar e, acima de tudo, ousar. Neste ponto, uma posição forte de autoridade funciona bem, quando quem dita a regra sabe o que quer.
O Legado de Turing, John Nash e a Lição para o Seguro
Se Alan Turing tivesse sido compreendido além do que ele fez e reconhecido após ganhar a guerra, quem sabe o mundo teria avançado ainda mais rapidamente? Lembre-se que Nash e Turing são pilares da atual IA. A Inteligência Artificial que usamos hoje, inclusive no setor de seguros, é uma força deles, também; mas por que precisou demorar tanto para entendermos o valor de suas ideias? O medo de sair do lugar comum é o mesmo que ainda consome o setor de seguros. Assim como o mundo demorou para valorizar Turing e Nash, a indústria de seguros brasileira está travada e atrasada em perceber os visionários de hoje, aqueles que poderiam impulsionar inovações transformadoras.
A pergunta que fica é: onde estão os Alan Turing e John Nash do setor de seguros? Homens e mulheres que pensam além do cotidiano, que veem além do óbvio e que podem oferecer algo verdadeiramente novo. Precisamos desses comandantes, como no passado tivemos grandes nomes como Jayme Brasil Garfinkel, que souberam conduzir o mercado para novos horizontes, ainda que involuntariamente. Mas, e agora? Onde estão os líderes que vão nos tirar desse ciclo de atraso e conduzir o setor para o futuro?
Diagnóstico da Indústria: O Que Está Errado?
O diagnóstico é claro e doloroso. O mercado de seguros brasileiro enfrenta vários desafios estruturais que o impedem de crescer e inovar. Veja só o que o setor não consegue:
- Não consegue ver oportunidades de novos produtos e serviços;
- Não consegue inovar, ficando preso ao que já deu certo no passado;
- Por ser gigante, precisa explicar ao um sem número de pessoas e outras empresas acionistas;
- Não consegue prever os grandes acontecimentos que podem mudar o mercado;
- Não consegue conceber ideias disruptivas que transformem a indústria;
- Não consegue vislumbrar um futuro diferente, baseado em tecnologia e inovação;
- É movido apenas pelo presente e passado, sem olhar para o que está por vir.
Isso é mais do que um problema operacional; é um problema de mentalidade. Enquanto outros setores correm para abraçar a genialidade e inovação, a análise de dados e a IA, o mercado de seguros se contenta em reagir, quando deveria estar liderando o conceito. Estamos à mercê de uma visão míope, que se recusa a ver além do que já está estabelecido. Aliás, não é novidade que a indústria abraçou a IA, não é sobre isso que este escrito fala aqui.
A Necessidade também de Grandes Líderes
Para enfrentar esse cenário de estagnação, precisamos de grandes comandantes. Líderes que entendam que a inovação não é apenas uma tendência, mas uma necessidade vital. Jayme Brasil Garfinkel, novamente, foi um desses líderes do passado, alguém que soube conduzir o mercado com visão e coragem. Mas, onde estão os novos gênios indomáveis, presos por conceitos ultrapassados? Quem será o próximo grande nome a tirar o setor do marasmo e colocá-lo na vanguarda da inovação?
A resposta não está apenas em grandes empresas ou em novas tecnologias, mas sim em grandes mentes e olhares, capazes de enxergar o que outros não conseguem nem ver. Líderes que, como Turing, estão à frente de seu tempo e prontos para decifrar os "enigmas" da guerra comercial do futuro.
Hora de Acordar
O mercado de seguros está diante de um grande enigma: como sair do cotidiano atrasado e abraçar o futuro alheio? A resposta está em mudar a mentalidade, buscar a inovação e não ter medo de se arriscar. O atraso não é inevitável, mas é o caminho de quem se recusa a enxergar além do presente. Assim como Alan Turing brilhou tardiamente, é hora de reconhecer que estamos cercados por mentes brilhantes que podem nos ajudar a avançar, mas precisamos ouvi-las agora, e não quando for tarde demais.
O futuro está ao alcance? sim!. A pergunta é: estamos prontos para decifrá-lo?
Armando Luís Francisco
Jornalista e Corretor de Seguros
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