Corretor de Seguros: O grande fracasso de uma categoria
A centralização do poder derrotou a nossa profissão — e com ela, a própria unidade da categoria — justamente por não representar uma unanimidade. Aquilo que deveria ter se tornado um canal único de intermediação, à semelhança do que ocorre com os médicos e os corretores de imóveis, acabou por ver sua relevância reduzida a algo meramente relativo. E o maior problema que se arrastou ao longo do tempo foi o próprio desinteresse quanto aos rumos profissionais.
Os corretores de seguros, apesar da boa vontade de seguradores e demais agentes do mercado, sobreviveram quase sem amparo — como órfãos que lutam, à luz de suas necessidades, por um espaço digno de reconhecimento.
“Chamberlain voltou para casa, recebido por exuberantes multidões inglesas, declarando ‘paz para o nosso tempo’. Foi alvo de elogios efusivos. Um membro do Parlamento exaltou sua ‘coragem, sinceridade e liderança hábil’. Outro afirmou: ‘Nosso líder entrará para a história como o maior estadista europeu desta ou de qualquer outra época’. Tudo isso deve ter sido agradável de ouvir. Mas, para a maioria dos historiadores de hoje, o Acordo de Munique representa parte de uma política desastrosamente fracassada de apaziguamento, liderada por Chamberlain. Aplausos e adulação não eram o que ele precisava.”
(Fonte: artigoscristaostraduzidos.wordpress.com)
Afastar-se do dever da mediação é semear o fracasso ao longo do tempo. Uma adesão de apenas 5% — ou menos — simboliza uma derrota de grandes proporções. O fato de tão poucos se colocarem em um estado de direitos e obrigações revela, na essência, a mais pura expressão do fracasso. E, diante disso, cabe a pergunta: o que moveu o mundo, além do poder e do dinheiro?
O universo do corretor, no entanto, é o do trato familiar. Milhares de profissionais exercem seu sacerdócio em casa, lutando dia e noite pela sobrevivência, pelos clientes e pelas seguradoras. Mas quem, afinal, está por eles?
Vejo também a luta pela sobrevivência dos pequenos sindicatos da categoria — instituições distantes dos grandes centros, formadas por gente trabalhadora, produtiva, que acredita e resiste. No entanto, graças ao baixo índice de adesão, muitas dessas entidades mal conseguem se sustentar. E isso, confesso, me incomoda profundamente. Acredito sinceramente que, se nosso fracasso não fosse tão retumbante, nossa adesão seria diferente — e, com ela, nossa condição profissional seria muito mais próspera.
A derrota, porém, é evidente. A Consulta Pública CNSP nº 005/2025 é a maior prova disso. Temas como a comissão do corretor de seguros, à luz das leis e da vasta jurisprudência existente, já teriam mobilizado corretores de imóveis a lotar assembleias. No nosso caso, não se trata de desconhecimento. Trata-se, sim, de fracasso profissional.
Mas, afinal, vamos culpar quem?
Culpem-me — um simples corretor de seguros.
Armando Luís Francisco
Jornalista e Corretor de Seguros
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