Brasil,

A solidariedade com os corretores de gaúchos poderá ser ampliada?

  • Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por  Armando Luís Francisco
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Armando Luís Francisco Armando Luís Francisco

Há uma enorme preocupação pairando no ar. A extensão dos locais atingidos no RS é superior a 80% da geografia do estado. Portanto, há uma grande demanda pela própria reconstrução, mas ainda não foi informada a extensão dos prejuízos das corretoras de seguros. Inclusive, o nosso sindicato sofreu consequências. O rol de entrada do prédio foi inundado e o serviço prestado pela representação está parcialmente parado, por questão climática. Enfim, não há dúvida sobre o desastre natural de grande proporção para os corretores de seguros gaúchos.

Além disso, os corretores (e seguradoras) vão lidar com a insatisfação dos clientes. No Brasil, enchentes e alagamentos são coberturas em apólices que precisam ser contratadas. Infelizmente, são poucas as seguradoras que aceitam o risco e o valor da cobertura é limitada a um percentual atrelado à cobertura básica. Ademais, tanto pelas seguradoras não terem recebido os prêmios referentes à contratação como pelo fato de uma mensuração alta para indenizações, estão excluídos do pagamento desses danos.

Entretanto, houve muito dano como a cobertura de vendaval no período e as seguradoras fazem mutirão para atender todos os casos. Realmente, nos danos causados por ventos fortes, chuvas de granizo etc, normalmente, está amparado por ter sido contratado. Essa cobertura é amplamente aceita e geralmente contratada pelo consumidor.

No entanto, existem outras realidades, como o fato da precificação e a aceitação do risco. O Rio Grande do Sul deve sofrer com essas questões, mas acredito que as grandes seguradoras poderão trabalhar com uma medição comparativa do modelo asiático, especialmente o japonês; e também pelo incentivo no seguro que isso poderá proporcionar na produção.

Eu sei que a matemática e a estatística compõe essa medição atuarial, mas o modelo de resguardo da economia é outro por lá. E eles aproveitam isso para massificar o seguro. E compensam isso de maneira muito diversa da nossa maneira. Por isso, por lá, o seguro é contratado por praticamente todos os locais, diferentemente do que acontece aqui. Basta ver o que preparamos para acidentes em nossas estradas e a falta da compreensão sobre o SPVAT. Enfim, um modelo que não deu certo e reaproveitado, sendo que passou a grande oportunidade de inclusão de RC-DM e DC para todos os veículos que trafegam em nossas estradas.

O Brasil definitivamente entrou no rol dos países com desastres naturais contínuos e perceptíveis, inclusive de tremores de terra. Santa Catarina, por exemplo, está começando a passar por essas mesmas implicações, mas já foi palco de drama no passado de outras enchentes e alagamentos, em relação ao clima. No nosso país, sempre tratado com poucos desastres naturais, muito pouco foi pensado na previdência ou indenização de grandes desastres naturais. Aqui, tudo pode ser tratado por advogados nas Condições Gerais do Produto, muito experientes.

E não é por menos. Na recente pandemia de Covid-19, a grande maioria das seguradoras acabou pagando o sinistro - mesmo sem receber a parcela correspondente de prêmio - pela morte dos segurados no ramo Vida. Hoje se discute a iniciativa para esse desastre natural, mas eu ouso entender a dificuldade disso acontecer, mas o conceito de solidariedade é o mesmo. Porém, a grande discussão parece ser a transferência futura para o judiciário. Os segurados, com danos, podem optar por buscar essas fontes e para sanar seus prejuízos. Novamente, ouso dizer que a não previsibilidade nestas questões poderá comprometer o instituto do seguro. Porém, tenho alertado os conselheiros a ousar mais em grandes questões. Na realidade, o termo correto é prever, coisa que no seguro deveria ser uma questão básica. Porque, por falta desse modo de pensar, esse sintoma pode trazer conotação negativa ao nosso mercado.

Enfim, as corretoras gaúchas estão alagadas. Esse é um termo que pode genericamente sintetizar o drama pelo que elas estão passando. A solicitude e o encaminhamento dessas questões devem ser amplamente discutidas pelos seguradores. A realidade é dura para estes profissionais. E apesar do grande despertamento que pode gerar um crescimento extraordinário na venda de seguro Incêndio, no momento há uma necessidade da Ciência Social e da Ajuda Humanitária serem desenvolvidas para eles. Aliás, cito alguns exemplos aqui de solidariedade, a admiração por algumas seguradoras como Porto, Grupo HDI e Tokio, por oferecerem a ajuda e a palavra de consolo em tempo oportuno.

Armando Luís Francisco
Jornalista e Corretor de Seguros


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