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Sindicatos : A Tempestade que Desafia a Navegação

  • Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por  Armando Luís Francisco
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Armando Luís Francisco Armando Luís Francisco

Há muito tempo, percebi que a capacidade sindical navegava por uma corrente de águas coesas e positivas, movendo-se com singularidade ímpar em um oceano de situações cotidianas. Isso, devido às ações políticas internas e externas, estabelecendo-se em um patamar duradouro e uma arquitetura à prova de falhas. Assim, realmente, é digno de tirar o chapéu para a idealização, um movimento contínuo que perdurará por tempo indeterminado.

Apesar disso, hoje também percebo um movimento em meio às águas, mas não o vejo como positivo, data venia maxima. Como meu texto tem a notoriedade de ser construtivo, quero primeiro abordar o caminho das águas avessas e turbulentas.

Num mundo onde tudo vai bem, tudo é maravilhoso. Quando há poder e dinheiro em excesso, a vida é mais tranquila. No passado, não vejo isso como um erro - pelo contrário, planejar um longo futuro político era o esperado de um partido ou sindicato.

Na nossa realidade, entretanto, é justo e legal manter uma posição política. Aliás, acredito que faria o mesmo.

O problema é que, ao nos sentirmos abastados, começamos a pensar que nada nos falta. E é exatamente aí que, com tristeza e em voz baixa, penso no que mantêm uma estrutura e chego à conclusão lógica de que são duas coisas: dinheiro e poder. No caso sindical: poder político!

Pensemos, por exemplo, no sustento da nossa área de atuação, a corretagem. Algumas questões precisam ser elucidadas. Em nosso caso, existem as seguintes possibilidades: 1) Imposto Sindical obrigatório (em expectativa); 2) Contribuição Associativa (negocial ou solidariedade); 3) Encontros (permanecem); 4) DPVAT (no limbo); 5) Contribuição confederativa; 6) Autorregulação (por vinculação, talvez); 7) Etc.

Todas as contribuições ajudam a manter a estrutura sindical enxuta e salutar. Com essa estrutura, damos voz à razão política, atuando na política como contexto. Atuar na política é eleger um partido para eleger os políticos, que farão parte da voz da nossa profissão e para vincular-se à administração.

No passado recente, isso estava próximo de acontecer - e essa ação não está morta, embora tenha tido um recomeço surpreendente, mas, com vênia, não considero muito interessante.

Quando estamos bem e repletos de bons conselheiros, como mencionado antes, tudo é fantástico. No entanto, só sabemos se os conselheiros (dos Conselhos de Administração das grandes empresas) são bons, se preveem o futuro com clareza; caso contrário, não são conselheiros!

Vamos aos fatos: a avaliação de poder político refere-se às políticas diretas e indiretas. A direta é quando não terceirizamos, e a indireta é quando terceirizamos, condição sine qua non atual, imagino, dando mais trabalho aos gestores para desenvolverem suas políticas, com sofrimento e noites mal dormidas.

Faltar ao controle da situação poderia ser uma imaginação? Por ocasião do infortúnio, aliás, diversos, o emocionalismo age mais forte e direto do que a razão? Aconteceu o emocionalismo em trocas frustradas de governo? Não sei, por ora.

Não à toa, as grandes empresas possuem conselheiros. Os conselheiros dessas grandes empresas não são amigos íntimos que jantam uns nas casas dos outros. Não são aqueles que dão tapinhas nas costas nos shows e nos jantares dos super espetáculos. Vale destacar que estou falando sobre conselheiros de um Conselho de Administração, não é o caso da nossa profissão.

O Imposto Sindical não é mais obrigatório, mas paga quem quer, pelo menos por enquanto. O recebimento do DPVAT também acabou - idem! Depois da pandemia, os encontros diminuíram em quase todos os lugares. A questão da autorregulação está intimamente ligada ao contexto da realidade política brasileira e terceirizando-a. O número de associados é pequeno em relação à maioria que está fora das fileiras. Os governos têm a capacidade de negar benefícios antes não ocasionais. Entretanto, a popularidade entre os corretores está baixa, para piorar. E neste prisma, nem precisaria estar aqui escrevendo, mas a minha escrita é positiva para mudar a nossa rotina para o sucesso!

Continuo batendo na tecla de que os corretores de seguros devem fortalecer seus sindicatos. Também acredito que os sindicatos devem dar uma contrapartida e agir perante seus protegidos. Afinal, o sindicato também é fixado para proteger uma profissão.

Desse modo, de jeito nenhum, tenho o interesse de fazer propaganda para o não pagamento do imposto, mas chamar a atenção para uma realidade que talvez não queiramos enxergar. E, também, em hipótese alguma, quero ser visto com alguém que está usando o momento para dificultar ainda mais a condição sindical. Renego firmemente a uma posição de oposicionista. Pois este momento é o ápice da possibilidade da união! Ainda que eu não concorde com tudo que se demonstra e talvez discordem de mim!

Tenho visto o trabalho árduo dos sindicalistas em meio à crise. E não há uma crítica sequer pessoal para eles. O que enxergo é que o caminho está errado, longe do alvo, preponderantemente terceirizado, mas não inerte e nem sem um sucesso mediano.

Os sindicatos, desde a eleição do novo governo do presidente Luiz Inácio, têm sua base de atuação no STF e no governo, com certa promessa de êxito. Desde que o Imposto Sindical Obrigatório virou facultativo, cerca de 98% dos trabalhadores não pagam mais o Imposto Sindical. Entretanto, com um número baixo de sócios (+- 5%), a pergunta é: como manter uma estrutura como a sindical? As outras fontes de renda também minguaram, como no caso do DPVAT.

Repetindo exaustivamente, o motivo do meu escrito é um só: levantar a força sindical com aconselhamentos profundos e direções diferentes. Somente assim, haverá um futuro promissor para os sindicatos e também para os corretores de seguros. Honestamente, estou muito preocupado com o destino de nossa categoria!

Finalmente, longe de ser a aniquilação de nossa amada entidade, a questão do Imposto Sindical e outros meios de provento de nossos sindicatos é uma oportunidade para avaliarmos as ações inerentes ao destino também de nossa profissão

Armando Luís Francisco
Jornalista e Corretor


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