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Ainda que mal: A marca que a "Proteção" vai deixar

  • Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por  Armando L Francisco
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Armando L Francisco Armando L Francisco

É tempo das vacas magras e de reflexão. Daquele que legisla e guia, sem ver a obra de sua paixão, nua e crua. Ou sem sentir a dor de sua tosca ilusão.

De não coibir o que tomou o dinheiro do seguro, a obra e a vida do que passou a plantar bananeira!

É hora da reflexão e da aspiração. Inspirar e expirar. Justamente das coisas que não são boas. Das coisas que são a toa! Da bomba d'agua jogada sobre esta região. Da obra da enganação que surfa sobre este rincão. Sem troada, sem justiça e sem cadeião.

E tempo de refletir na repetição da toada, que não se esconde da vergonha alheia não; da gente moída, da vaca perdida, do cachorro do teto, do cavalo no teto, do velho debaixo da telha; do carro boiando, do gato miando e do rio correndo cheio de dejetos do esgoto, que não está segurando.

O seguro inseguro é a piada sem graça que se fez. Afogado debaixo das cheias dos rios da desgraça. O seguro inseguro, que não morre nas cheias provindas desse mau cheiro. O seguro inseguro, desafogado debaixo das lágrimas e do empobrecimento de um povo, e que não cobre entrar no barco do desembaraço, nem do que nada a braço, nem mesmo o auto que bóia com pneus para o alto; nem o que socorre no tempo e no espaço; que não segura a desgraça do desgraçado do seguro inseguro, um verdadeiro Pepino Protetivo.

É hora de contar o dano, sem ter o que contar. É hora de catalogar, mas sem existir quem catalogue. É um fantasma, mas não é pirata. Não tem registro. É invisível, mas não é inviável. É seguro, mas ele mesmo diz que não! É o que? Não sei, se não existe!

É hora de suprimir, mas o enredo é de outra supressão; que não é o que parece ser, nem deve ser, por simplesmente desaparecer. De cobrar a defesa do inseguro, tem quem faz, do desconhecido, do que não existe, porque existe, está lá. Mas não aparece.

É hora de mostrar o contexto e a prova, a baila do mutante, que urge e some nas plantações das doces laranjas dos pomares dos caiscais, dos pois, pois. Laranjais maduros de laranjas doces do céu. Laranjais iguais as pragas dos campos, com ervas daninhas; não do Egito, mas do Rio Grande do Sul e do restante da árvore, chamada de Pau-brasil!

Chegou o momento de dizer tudo sobre o mal, de cobrar o mal, de sair do mal, de acabar com o mal, de matar o mal, ainda que o mal seja uma figura de linguagem.

É hora do legislador legislar contra a maldade de se fazer seguro inseguro, de tirar das margens, de tirar vantagem, de tornar puro, de não se enfrentar o mal - o mau que quer fazer o mal, que ginga na frente do povo, qual roda de cirandinha.

É hora de pasmar, de se coçar, de andar e de fazer, de bendizer um povo que não suporta mais tanta agrura doce, de laranja doce, da Pérsia e do escambau! Que se demonstre na sombra do dia, o que o mal faz a luz do luar do céu tingido de sangue.

Que se socorra o idoso e o jovem desamparado, sob as telhas do telhado. Porém, não existe quem os socorra no laranjal do Inseguro, do Protetivo alheio e mascarado. É triste até mesmo mitigar o dano daquilo que se ousou glorificar na Proteção, no seu quinhão de riqueza, de estrapolar a Lei, o legislador, o doutrinador, o juiz e a justiça.

A proeza gerou prejuízo. Prejuízo enorme. Prejuízo anônimo, que não vive na estatística. A proeza gerou a insatisfação de uma parcela - de um povo - que confiou (desgraçado povo que confia), que é enganado, que foi iludido com promessa vazia, com contrato sem lastro, com boca de fausto, na síndrome de Robin Hood; uma geração que se tornou zumbi, aos pés de quem sumiu junto com as promessas de gibi.

Não se contam os mortos mortificados, mas os danos que ficaram dos materiais debaixo das cheias, enterrados na lama. Porque não haverá velório e nem se conhecerá o suplício do indigente, da nossa gente, dos seus dentes outrora de ouro, do seu automóvel e seu tesouro.

As aves necrófagas cobrem os céus, porque antes cobriam os bolsos loucos, com promessas de dias melhores de contratos sem lastros.

Mas, se a vergonha bater e a chuva das lágrimas cair dos céus, ainda que do atos maus a se sorver , teria que fotografar, registrar, anunciar e recordar. É a história das vidas derrotadas, que dificilmente se levantarão, porque os bens jaz afogados na mentira, no engano e no prazer contra estes reféns.

Oh, saudoso, Carlos Drummond de Andrade, poeta que tão singularmente descrevia com palavras desconcertantes algumas obras humanas. Você escreveu sobre a existência do mal. O mal que não tem medida de maldade. O mal que não tem vergonha e não tem idade. O mal que derrota a vida. Por isso é mal para a prole iludida. Ainda que mal:

Ainda que mal

Ainda que mal pergunte,

ainda que mal respondas;

ainda que mal te entenda,

ainda que mal repitas;

ainda que mal insista,

ainda que mal desculpes;

ainda que mal me exprima,

ainda que mal me julgues;

ainda que mal me mostre,

ainda que mal me vejas;

ainda que mal te encare,

ainda que mal te furtes;

ainda que mal te siga,

ainda que mal te voltes;

ainda que mal te ame,

ainda que mal o saibas;

ainda que mal te agarre,

ainda que mal te mates;

ainda assim te pergunto

e me queimando em teu seio,

me salvo e me dano: amor.

Armando L Francisco
Jornalista e Corretor de Seguros


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