Brasil,

Executivos ainda aprendem a lidar com IA, aponta estudo da EXEC

  • Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por  Fernanda Ribeiro
  • SEGS.com.br - Categoria: Seguros
  • Imprimir

Levantamento aponta os diferentes cenários de adoção da ferramenta por setores e entre as lideranças

A Inteligência Artificial (IA) deixou de ser um tema restrito aos departamentos de Tecnologia e ganhou um espaço relevante na estratégia das organizações. Dos conselhos de administração às rotinas operacionais, o debate sobre como usar essa ferramenta de forma produtiva, ética e sustentável já faz parte do cotidiano das empresas. Um levantamento feito pela EXEC, consultoria especializada em recrutamento e desenvolvimento de alta liderança e conselheiros, foi em busca de entender um pouco mais sobre essa dinâmica, ouvindo mais de 350 executivos de diferentes setores e perfis de companhias brasileiras (56%) e multinacionais (44%).

O levantamento traz um verdadeiro panorama sobre o uso, a maturidade e as barreiras relacionadas à IA nas organizações. Segundo Rodrigo Magalhães, sócio da EXEC e atua na prática de Gestão do Capital Humano, a demanda pela ferramenta é crescente. “A Inteligência Artificial já está presente em praticamente todas as conversas estratégicas: seja em reuniões de liderança, projetos de inovação ou até mesmo nos briefings que recebemos para preencher posições de alta gestão. É um tema que deixou de ser periférico para se tornar central na agenda dos executivos”.

Principais achados nas organizações: níveis diversos de maturidade e uso

Segundo o estudo, há diferentes níveis de maturidade na adoção da IA nas organizações e também na aplicação da ferramenta por setores. As empresas brasileiras mostraram foco maior no uso da tecnologia para obter eficiência operacional, com foco em produtividade e redução de custos, enquanto as multinacionais sinalizaram maior inclinação para reforçar a inovação e governança. “Enquanto o Brasil enxerga a IA como ferramenta de ganho imediato, as multinacionais tratam o tema como ativo estratégico de longo prazo”, ressalta Rodrigo.

No universo de tecnologia e varejo, 30% dos executivos usam a IA para incrementar a inovação e obter ganhos de produtividade em processos. Em mineração, 30% deles buscam a otimização de processos com a ferramenta. Em energia e agro, 20% utilizam a IA para reduzir custos.

Ainda de acordo com o levantamento da EXEC, 55% dos bancos apresentam uso pontual de IA em processos e atendimento ao cliente, ainda sem integrar a ferramenta à estratégia central. E 50% das companhias de tecnologia e educação incorporam a Inteligência Artificial como parte de seus planos de inovação, em novos modelos de negócio e no desenvolvimento de competências.

Para Rodrigo, os dados mostram que essas diferenças de aplicação não constituem uma limitação das empresas ou dos executivos, mas sim da própria curva de maturidade na adesão à tecnologia. “Elas estão aprendendo a integrar essa ferramenta de forma segura, estratégica e com governança, construindo aos poucos os mecanismos necessários para capturar seu potencial sem expor riscos à competitividade ou à reputação organizacional. Para que a IA seja integrada às decisões centrais de negócio, é preciso avançar em pilares como governança de dados, proteção de informações sensíveis, ética no uso e mitigação de riscos”.

Entre os profissionais: IA nos cargos de alta liderança e percepções distintas

A pesquisa, realizada com profissionais da alta gestão e liderança, revela que os cargos de Diretoria em geral representam 30,6% do uso da IA, já CEOs representam 25%, Diretores de Operações 25% e CFOs equivalem a 19,4%.

Magalhães avalia que é cada vez mais essencial que os executivos compreendam o potencial da Inteligência Artificial e saibam como aplicá-la de forma estratégica. “Mais do que dominar ferramentas específicas, o que realmente diferencia um líder hoje é possuir um mindset digital: a capacidade de entender o que está disponível no mercado de tecnologia – seja IA ou não - conectar essas possibilidades aos desafios da organização e traduzir isso em resultados concretos. Essa visão é o que sustenta a tomada de decisão estratégica e a inovação contínua.”

Em relação à familiaridade com o assunto, 45% dos executivos disseram ter um nível intermediário de familiaridade com a IA no dia a dia. “Isso reforça que o domínio técnico não é o foco principal. O que importa é a capacidade de pensar estrategicamente, fazer as perguntas certas e liderar a transformação digital com responsabilidade e visão de negócio”, avalia.

Nesse sentido, segundo Magalhães, a EXEC apoia empresas em seus projetos de desenvolvimento da liderança como por meio de identificação e no desenvolvimento desses novos perfis de liderança. A consultoria auxilia organizações no mapeamento de profissionais com características mais digitais, como curiosidade, mentalidade inovadora, pensamento propositivo e busca constante por aprendizado e transformação. O objetivo é entender se esse perfil já está presente dentro da organização — especialmente na alta liderança — e estimular seu desenvolvimento por meio de capacitações, treinamentos e mentorias.

Além disso, a EXEC também tem atuado na seleção e no desenvolvimento de conselheiros e executivos que apresentem esse novo perfil digital, acompanhando uma demanda crescente de mercado. “Estamos atentos a essa transformação e apoiamos as empresas no desenho de perfis alinhados aos desafios atuais e futuros, especialmente em relação ao uso estratégico da tecnologia e à construção de uma cultura orientada à inovação”, afirma Magalhães.

Outro ponto destacado por Rodrigo é o papel do executivo na criação da governança sobre o aprendizado digital dentro da organização, estimulando times a testarem novas ferramentas, mas com critérios claros de segurança, ética e propósito. “Essa é a nova fronteira da liderança digital: não apenas adotar tecnologias, mas orientar o uso delas com discernimento”.

“A cautela não pode se transformar em imobilismo. As empresas precisam fomentar ambientes controlados de experimentação — como hubs de inovação, laboratórios internos e MVPs — com critérios claros de segurança, ética e propósito, acelerando a curva de aprendizado sem abrir mão da governança”, explica Rodrigo.

Atualização sobre IA: educação formal ainda não acompanha os avanços

Quando o tema é aprendizado e atualização, a educação formal ainda não acompanha a velocidade da transformação digital. O estudo da EXEC identificou que existe um gap educacional: a formação acadêmica não responde à demanda imediata, estimulando os profissionais a buscarem conhecimento de forma colaborativa e independente.

Segundo a pesquisa, 28% dos executivos consultam conteúdos como artigos especializados para se manterem informados sobre o assunto. A troca de conhecimento com colegas e amigos do mercado foi mencionada por 30%, enquanto apenas 15% consideram que cursos acadêmicos oferecem formação adequada em IA.

Para o sócio da EXEC, o aprendizado sobre IA está sendo construído de forma colaborativa, descentralizada e muito orientada à prática. “Os executivos buscam entender, testar e aplicar soluções diretamente nos seus negócios, aprendendo a partir de casos reais e do intercâmbio entre pares”.

Esse comportamento, segundo Magalhães, também reflete uma característica importante do executivo brasileiro: a capacidade de se adaptar rapidamente, aprendendo por meio da experimentação e da rede de relacionamentos. “A IA, por ser um tema em constante evolução, demanda justamente esse tipo de aprendizado contínuo e fluido, menos acadêmico e mais conectado à realidade corporativa”.

Na visão dele, programas de desenvolvimento de liderança e mentorias corporativos ganham protagonismo nesse contexto. “Eles criam ambientes seguros para a experimentação e para a construção de repertório digital - algo essencial para transformar o conhecimento sobre IA em vantagem competitiva real”, conclui.


Compartilhe:: Participe do GRUPO SEGS - PORTAL NACIONAL no FACEBOOK...:
 
https://www.facebook.com/groups/portalnacional/

<::::::::::::::::::::>
IMPORTANTE.: Voce pode replicar este artigo. desde que respeite a Autoria integralmente e a Fonte...  www.segs.com.br
<::::::::::::::::::::>
No Segs, sempre todos tem seu direito de resposta, basta nos contatar e sera atendido. -  Importante sobre Autoria ou Fonte..: - O Segs atua como intermediario na divulgacao de resumos de noticias (Clipping), atraves de materias, artigos, entrevistas e opinioes. - O conteudo aqui divulgado de forma gratuita, decorrem de informacoes advindas das fontes mencionadas, jamais cabera a responsabilidade pelo seu conteudo ao Segs, tudo que e divulgado e de exclusiva responsabilidade do autor e ou da fonte redatora. - "Acredito que a palavra existe para ser usada em favor do bem. E a inteligencia para nos permitir interpretar os fatos, sem paixao". (Autoria de Lucio Araujo da Cunha) - O Segs, jamais assumira responsabilidade pelo teor, exatidao ou veracidade do conteudo do material divulgado. pois trata-se de uma opiniao exclusiva do autor ou fonte mencionada. - Em caso de controversia, as partes elegem o Foro da Comarca de Santos-SP-Brasil, local oficial da empresa proprietaria do Segs e desde ja renunciam expressamente qualquer outro Foro, por mais privilegiado que seja. O Segs trata-se de uma Ferramenta automatizada e controlada por IP. - "Leia e use esta ferramenta, somente se concordar com todos os TERMOS E CONDICOES DE USO".
<::::::::::::::::::::>

voltar ao topo

Adicionar comentário

Aja com responsabilidade aos SEUS COMENTÁRIOS, em Caso de Reclamação, nos reservamos o Direito, a qualquer momento de Mudar, Modificar, Adicionar, ou mesmo Suprimir os comentarios de qualquer um, a qualquer hora, sem aviso ou comunicado previo, leia todos os termos... CLIQUE AQUI E CONHEÇA TODOS OS TERMOS E CONDIÇÕES DE USO. - O Nosso muito obrigado - Ferramenta Automatizada...IMPORTANTE: COMENTÁRIOS com LINK são bloqueados automaticamente (COMMENTS with LINKS are automatically blocked.)...Sucesso!

Security code Atualizar

Enviar