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Estudo prevê aumento de até 60% nos custos e crescimento dos transtornos mentais até 2035

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Pesquisa do IESS, desenvolvida em parceria com Ecare e Heads in Health, sugere medidas para conter avanço da prevalência e desacelerar alta de custos

O Brasil ocupa o primeiro lugar mundial em prevalência de ansiedade e a quinta posição em depressão, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Esse cenário, somado ao aumento de 240% nos atendimentos por ansiedade no SUS entre 2018 e 2023, projeta um futuro preocupante: a prevalência dos transtornos relacionados à saúde mental tende a aumentar e os custos com cuidado podem crescer 60% até 2035. A conclusão é do estudo “Caminhos da Saúde Suplementar 2035 – Perspectivas 2035: Saúde Mental”, realizado pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), em parceria com a Ecare, maior rede de clínicas em psiquiatria e psicologia e soluções em saúde mental da América Latina, e a Heads in Health, consultoria especializada em gestão de dados na saúde.

O trabalho integra a série especial “Caminhos da Saúde Suplementar – Perspectivas 2035”, que vem analisando os principais desafios e tendências para o setor no horizonte das próximas décadas. Clique aqui e acesse a íntegra do estudo.

O cenário preocupante e de tendência de agravamento estimulou os pesquisadores a proporem seis eixos estratégicos para a melhoria dos cuidados de saúde mental dentro do sistema de saúde brasileiro (público e privado):

Prevenção estrutural e políticas públicas;
Integração público-privada com financiamento baseado em valor;
Uso responsável de tecnologia;
Capacitação de profissionais em competências digitais e medicina de precisão;
Monitoramento e pesquisa com indicadores confiáveis; e
Redução do estigma e da garantia de direitos.
Ao analisar tendências emergentes da área e que já estão em curso, o trabalho chama atenção para alguns pontos capazes de redesenhar o futuro do cuidado em saúde mental. É o caso do uso de biomarcadores genéticos e digitais para diagnóstico precoce; adoção de novas terapias farmacológicas (como cetamina, psicodélicos e até terapia gênica); e uso de tecnologias digitais de suporte, como telepsiquiatria e aplicativos terapêuticos.

“O Brasil precisa decidir se seguirá em um caminho tendencial, com custos crescentes e insustentáveis, além de desigualdades crescentes, ou se adotará um modelo transformador, baseado em integração e inovação responsável”, afirma José Cechin, superintendente executivo do IESS.

Segundo o estudo, 10,27% da população adulta brasileira, cerca de 16,3 milhões de pessoas, apresenta sintomas depressivos. Há também uma correlação entre saúde mental e doenças físicas. Pacientes com transtornos psiquiátricos têm 54% mais risco de desenvolver doenças cardiovasculares, além de maior vulnerabilidade em condições como diabetes, câncer e obesidade. Em todas essas situações, a presença de comorbidades mentais compromete a adesão ao tratamento e os resultados clínicos.

Do ponto de vista econômico, os custos indiretos relacionados a absenteísmo e presenteísmo variam entre US$ 681 e US$ 10.965 por trabalhador/ano, frequentemente superando as despesas médicas diretas, segundo o estudo. Além disso, os custos com saúde mental crescem em ritmo mais acelerado do que a média das demais despesas médicas, o que amplia o risco de insustentabilidade para o sistema.

A situação identificada mostra um cenário desafiador: apenas 23% dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) contam com psiquiatras em tempo integral, sobrecarregando profissionais que chegam a atender até 1,2 mil pacientes ao ano. No setor privado, o desafio não é menor: 78% dos psiquiatras estão concentrados em capitais, ampliando os vazios assistenciais no interior dos Estados, sobretudo nas regiões Norte e Nordeste.

Além disso, o estudo sugere atenção especial ao diagnóstico precoce de transtornos mentais em crianças e adolescentes, especialmente no ambiente escolar. A triagem em fases iniciais permite a identificação mais rápida, maior adesão a tratamentos e melhores resultados clínicos. Países como o Brasil, inclusive, onde há escassez de especialistas, a escola pode se tornar um ponto estratégico de intervenção em saúde pública, funcionando como porta de entrada para encaminhamentos e cuidados adequados.

“O cuidado em saúde mental precisa ser visto como estratégico e transversal, impactando diretamente resultados clínicos em todas as áreas da medicina”, afirma Eduardo Tancredi, médico psiquiatra e sócio-fundador da Ecare

Para Paulo Vaz, fundador da Heads in Health e sócio da Ecare, a saúde mental é determinante não apenas para o bem-estar individual. “Estamos falando de uma agenda que busca equilíbrio social e sustentabilidade econômica de empresas e dos próprios sistemas de saúde”, observa.


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