Gestão estratégica de facilities: profissionalização se torna diferencial competitivo nas empresas
A crescente complexidade das operações corporativas e a necessidade de eficiência em todas as frentes do negócio tornaram a profissionalização da gestão de facilities um imperativo para empresas que desejam manter a competitividade. Essa foi a tônica da palestra “Profissionalização não é mais uma opção – como a gestão de facilities cumpre um papel estratégico para as empresas”, realizada no segundo dia da InfraFM, que segue até quarta-feira (11), no Pavilhão Azul do Expo Center Norte.
O encontro reuniu especialistas com ampla vivência no setor: Fátima Botameli, diretora de Property Management da JLL, e os executivos Willian Bitencourt e Pamella Thomaz, da Schneider Electric, trouxeram perspectivas complementares sobre o papel estratégico dos facilities managers em um ambiente empresarial em transformação.
Abrindo o painel, Fátima Botameli destacou que a área de facilities passou, nas últimas décadas, de um papel de suporte operacional para um protagonismo cada vez maior na estratégia das empresas. “Não estamos mais apenas cuidando da manutenção predial ou da limpeza. Estamos falando de experiência do colaborador, sustentabilidade, compliance, inovação e, acima de tudo, eficiência de custos com inteligência”, disse. Para ela, o processo de profissionalização da área exige formação técnica sólida, atualização constante e uma visão integrada com os demais setores da organização. Fátima reforçou ainda que a área de facilities está diretamente inserida nas metas ESG das empresas, contribuindo com objetivos ambientais e sociais e demandando um perfil profissional mais analítico, estratégico e colaborativo.
Representando a Schneider Electric, o manager de Health, Safety, Environment e Real Estate Willian Bittencourt reforçou que a transformação digital está no centro da revolução dos facilities. Ele pontuou que tecnologias como sensores, plataformas integradas de gestão e automação predial permitem ganhos importantes em monitoramento, previsibilidade e otimização de recursos. “No entanto, essas ferramentas só geram resultados quando combinadas a uma estrutura profissionalizada e a equipes capacitadas para interpretar os dados e tomar decisões embasadas”, alertou o executivo.
Na sequência, Pamella Thomaz, gerente de Global Strategic Sourcing da Schneider Electric, destacou a importância da integração entre equipes e sistemas. “A tecnologia, sozinha, não é suficiente se os setores de facilities, TI, RH e finanças não estiverem alinhados em comunicação, processos e metas”, disse. Para ela, profissionalizar também significa criar pontes entre diferentes áreas e garantir que todos estejam orientados por um mesmo propósito.
Um dos pontos altos foi o debate sobre como a gestão de facilities impacta diretamente a qualidade de vida no ambiente corporativo. Para Fátima, o espaço de trabalho influencia o bem-estar, a produtividade e até a retenção de talentos, o que reforça o papel dos profissionais da área como agentes de transformação cultural dentro das organizações. Pamella ressaltou ainda os desafios de liderar equipes multidisciplinares e terceirizadas, uma realidade comum na área. Segundo ela, a liderança em facilities exige competências que vão da gestão de contratos à inteligência emocional, com um perfil cada vez mais híbrido e exigente.
Encerrando o painel, os participantes reforçaram que a formação continuada, o investimento em tecnologia e o reconhecimento estratégico da área são indispensáveis para empresas que querem se adaptar ao novo cenário corporativo. Para Willian Bittencourt, a profissionalização não é mais uma escolha: “É o único caminho para garantir que a gestão de facilities esteja alinhada aos objetivos de negócio e entregue resultados de real valor”. O painel evidenciou uma tendência já irreversível: a gestão de facilities deixou de ser apenas operacional para se tornar estratégica, transversal e essencial ao futuro das organizações.
Consulte a programação completa aqui das palestras na edição digital da revista InfraFM. A entrada é gratuita e o credenciamento pode ser feito diretamente no evento.
Globo apresenta projeto Aterro Zero com intenção de descarbonizar sua produção até 2030
A busca pela descarbonização tem se traduzido em ações práticas por parte da Globo, a maior empresa de telecomunicações do País. Durante o Congresso InfraFM, que acontece no Expo Center Norte (SP), Thiago Martins, diretor de Operações e Gestão Ambiental da emissora, disse que houve redução significativa no uso de combustíveis fósseis tanto em geradores de energia próprios quanto na frota da empresa. A implantação de baterias (nobreaks) para programas ao vivo dos Estúdios Globo ajudou a diminuir a dependência de geradores a diesel. Toda a frota passou a ser abastecida com etanol, graças à migração para veículos flex.
Segundo a empresa, também houve esforços voltados para a diminuição do uso de combustíveis em serviços terceirizados, como no caso do Globocop e de equipamentos alugados. As produções remotas têm ganhado espaço, com 45 transmissões esportivas realizadas neste modelo só neste ano. O uso do sistema SUPERTECH, que otimiza o consumo de combustível nos veículos da frota, trouxe ganhos de eficiência energética. Em produções externas, a adoção de iluminação à bateria reduziu a necessidade de geradores a diesel.
Por fim, a utilização de sistemas BESS (Battery Storage System) foi implementada para produções audiovisuais, reforçando o compromisso da empresa com práticas mais sustentáveis.
“Descarbonizar não é mais uma opção; é uma responsabilidade. Cada escolha técnica que fazemos hoje constrói um amanhã mais limpo para todos nós”, afirma Martins.
Confira a programação completa do evento aqui.
“Acessibilidade deve ser um valor na cultura organizacional das empresas”, afirma o CEO da Guiaderodas
Como vem sendo debatido pelo setor de Facilities, nas últimas décadas, os ambientes corporativos passaram por mudanças significativas. Diante da complexidade crescente, tanto estrutural quanto social, acessibilidade e inclusão devem ser um valor das empresas.
"A acessibilidade precisa ser incorporada como uma forma de pensar — não como um problema a ser resolvido. Quando a tratamos apenas como um item a ser solucionado, estamos sempre reagindo, apagando incêndios, e perdemos oportunidades valiosas. Mas, quando a enxergamos como um valor da organização, ela passa a fazer parte da nossa mentalidade. E aí, em vez de uma tarefa pontual, a acessibilidade se torna um exercício contínuo — parte essencial da nossa cultura e das nossas decisões no dia a dia”, afirma Bruno Mahfuz, fundador do Guiaderodas.
A marca possui um programa de certificação que reconhece as melhores práticas de acessibilidade e inclusão. Neste ano, durante sua participação na InfraFM, a Guiaderodas apresentou novidades importantes: a incorporação de padrões internacionais de acessibilidade à sua metodologia. “Com isso, agora podemos afirmar que a certificação da Guiaderodas atende a critérios reconhecidos globalmente, inclusive pelo GRESB (Global Real Estate Sustainability Benchmark) — uma das principais referências internacionais em sustentabilidade no setor imobiliário. Essa evolução permite atender empresas com presença global e reforça o compromisso com práticas alinhadas aos mais altos padrões internacionais”, destaca Mahfuz.
Vamos “ouvir” o silêncio
“Problemas como ruídos, falta de privacidade e dificuldades na manutenção da confidencialidade, os desafios relacionados ao foco e à qualidade do ambiente de trabalho exigem novas tecnologias, como o mascaramento sonoro e a silent box, soluções 100% nacionais”, destaca Esteban Risso, diretor comercial da Gobos do Brasil, empresa especializada em sonorização profissional.
A marca participa pela primeira vez da Expo InfraFM e procura ampliar seu portfólio de clientes, que já conta com marcas como Itaú, Netflix e Honda. "Nas empresas modernas, garantir privacidade sonora é um desafio constante — e é exatamente aí que entram as nossas soluções. As cabines acústicas foram desenvolvidas com alta tecnologia para isolar completamente o som. Quem está fora não ouve nada do que é dito lá dentro. Além das cabines, estamos trazendo ao mercado o conceito de sound masking, ou mascaramento sonoro. Trata-se de uma tecnologia que emite um ruído controlado, ajustado à frequência da voz humana — entre 1.000 e 2.000 hertz — com o objetivo de mascarar o conteúdo das conversas. Isso impede que as conversas sejam compreendidas a uma certa distância, por exemplo, a dez metros. É uma solução especialmente eficaz para escritórios com paredes que não vão até a laje ou que compartilham dutos de ar-condicionado, por onde o som facilmente se propaga”, completa Risso.
Ainda em relação à modernização da infraestrutura, a Deskbee, responsável por soluções em design, funcionalidade e ergonomia, está em sua quarta edição do evento apresentando novidades para o setor de facilities.
"Cada vez que participamos da InfraFM, fazemos questão de trazer novidades relevantes. Este ano, estamos lançando novos módulos que ampliam nosso ecossistema de soluções. Um deles vem da aquisição de uma startup especializada em carona corporativa — uma ferramenta que facilita a organização de caronas entre colaboradores para o deslocamento até o escritório. Também estamos apresentando um módulo de gestão de ocupação dos espaços, desenvolvido em parceria com a HID, líder global em credenciais digitais. Essa solução permite que as empresas tenham uma visão clara de como seus ambientes estão sendo utilizados no dia a dia”, ressalta Mário Verdi, CEO e fundador da Deskbee.
Confira a programação completa do evento aqui.
Do caos à superação: como crises extremas impulsionaram inovação na Unimed e Cacau Show
No segundo dia do 20º Congresso InfraFM 2025, um dos painéis mais emocionantes e provocativos reuniu dois profissionais que enfrentaram, na prática, o verdadeiro significado de gerir o imprevisível. Sob o tema “Como usar situações caóticas como oportunidade de crescimento”, Lilian Ester Lohmann, gerente de CSC (Centro de Serviços Compartilhados) da Unimed no Rio Grande do Sul, e Ivson Fonseca, gestor de Manutenção Predial na Cacau Show, compartilharam histórias reais de enfrentamento e reconstrução diante de tragédias que colocaram à prova a resiliência de suas organizações: as enchentes históricas no Rio Grande do Sul em 2024 e o incêndio que destruiu 50% da fábrica de chocolates em Linhares (ES), em novembro de 2023.
Lohmann relembrou o impacto devastador das enchentes no RS, que desestruturaram a rotina da Unimed em 2024, trazendo desafios sem precedentes para a continuidade dos serviços médicos. “Não era só a estrutura física, as pessoas estavam abaladas, ilhadas, precisando de ajuda e atenção. Precisamos agir rápido, e a única forma foi acelerar a digitalização e descentralização de processos que, em tempos normais, levariam anos para acontecer”, disse ela, que encerrou sua fala com um discurso do governador do RS, que ressaltou a força da união e da reconstrução coletiva diante das adversidades. “Foi uma inspiração para reforçar que crises, por mais duras que sejam, são também oportunidades para nos reinventarmos", disse a painelista.
Já Fonseca utilizou a estrutura narrativa da jornada do herói, de Joseph Campbell, para ilustrar a experiência da Cacau Show após o incêndio ocorrido em novembro de 2021. Ele descreveu o momento em que recebeu a notícia do incêndio na fábrica, que destruiu cerca de 20 mil metros quadrados e resultou na perda de 5 das 7 linhas de produtos da companhia, incluindo milhões de ovos de Páscoa. Além disso, mencionou as dificuldades geradas pelas chuvas no Espírito Santo, que impactaram o estoque e a logística. Ivson destacou o medo e a incerteza do momento, mas também a necessidade de alinhar o propósito da empresa e a constatação de que é nas adversidades que as pessoas se conhecem de verdade.
“O medo da travessia era real. Mas, mesmo em meio ao caos, precisávamos alinhar nosso propósito. Você só se conhece de verdade quando é testado. E a travessia termina — só que você nunca volta o mesmo”, refletiu Ivson. Entre os aprendizados, Ivson destacou que “cumprir o mínimo não garante segurança total”. “Além de voltar a funcionar, nós perguntamos: podemos melhorar? E a resposta foi sim. Voltamos transformados”, concluiu. A partir dessa crise, a Cacau Show não apenas reconstruiu a fábrica, mas aproveitou a oportunidade para implementar tecnologias mais modernas, como sistemas inteligentes e manutenção preditiva, elevando os padrões de segurança e eficiência.
Tanto Lilian quanto Ivson ressaltaram que a liderança em momentos de crise exige coragem, comunicação clara e empatia, além do cuidado com as pessoas e a cultura organizacional. O painel terminou com a participação ativa do público, que buscou entender melhor as estratégias para engajamento de equipes e planos de contingência, demonstrando o interesse por práticas que ajudam as organizações a crescerem diante do imprevisível.
Além das palestras do Congresso, os profissionais do setor terão a oportunidade de acompanhar 101 palestras gratuitas, na Arena de Soluções para Facility Management, com especialistas do mercado, que vão explorar as últimas tendências no gerenciamento de edifícios e espaços de trabalho mais inteligentes e sustentáveis. Consulte a programação completa aqui na edição digital da revista InfraFM. A entrada é gratuita e o credenciamento pode ser feito diretamente no evento, no Pavilhão Azul do Expo Center Norte.
Serviço
Expo InfraFM e Congresso InfraFM
Data: 9 a 11 de junho de 2025
Horários: dia 9 das 14h às 20h e dias 10 e 11 das 10h às 20h
Local: Pavilhão Azul do Expo Center Norte
Endereço: Entrada Principal - Rua José Bernardo Pinto, 333 – Vila Guilherme, SP.
Sobre a Expo InfraFM
A 12ª Expo InfraFM posiciona-se como o principal hub de FM na América Latina. Desde 1999, conecta profissionais gerando um importante impacto no setor. Organizada pela IEG Brasil, a Feira reúne marcas das áreas de limpeza, conservação, jardinagem, manutenção e operação, gestão imobiliária, de obras e projetos, mobiliário e ergonomia, arquitetura, restaurantes, academias, eventos, transportes, segurança e tecnologia, entre outras. O Facility Management (FM) é uma atividade abrangente que engloba várias áreas essenciais para a gestão eficiente de instalações e propriedades. Compreende a negociação, administração e avaliação de contratos com fornecedores de serviços e produtos.
Sobre o IEG
Em 2022, a IEG – Italian Exhibition Group, um dos principais organizadores de feiras e congressos da Europa, iniciou suas atividades no Brasil com o objetivo de expandir sua presença no país por meio do grupo IEG Brasil. Atualmente, o portfólio inclui 12 feiras voltadas aos setores de fitness, saúde, bem-estar, esquadrias, tratamento de superfícies, geotecnologias, drones, espaço, facility management e construção: NEEX, Fesqua, Fesqua Vetro, Ebrats, Feipat, DroneShow, MundoGEO Connect, SpaceBR, e-VTOL, Expo InfraFM, Smart City Business Brasil e Fenagra.
A IEG – Italian Exhibition Group, listada na Bolsa de Valores de Milão, consolidou-se como líder na organização de feiras e congressos B2B na Itália, com atuação em seis áreas temáticas principais:Alimentos & Bebidas, Joias & Moda, Bem-estar, Esportes & Lazer, Turismo & Hospitalidade, Estilo de Vida & Inovação, Meio Ambiente & Tecnologia.
O grupo organiza mais de 50 feiras e 190 eventos e congressos por ano. Nos últimos anos, iniciou um processo de internacionalização por meio de aquisições e parcerias estratégicas no Brasil, Estados Unidos, Emirados Árabes Unidos e China.
Em 2024, o grupo registrou um faturamento de 250 milhões de euros, com um EBITDA de 65,9 milhões, um aumento de 25,8% em relação a 2023.
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