Presidente da FenaPrevi aponta desafios e oportunidades do setor no 10º Encontro do CSP-MG
João Paulo Moreira de Mello, presidente do CSP-MG e anfitrião do evento, Edson Franco, presidente da FenaPrevi - Fotos: Arnaldo Athayde
Edson Franco apresentou a pesquisa recém-lançada pela Federação em parceria com o Instituto DataFolha
O Clube de Seguros de Pessoas de Minas Gerais (CSP-MG) realizou, no dia 7 de novembro, o 10º Encontro da entidade com a FenaPrevi. Convidado especial do evento, o presidente da Federação, Edson Franco, ministrou palestra sobre os desafios e tendências dos segmentos de Vida e Previdência Privada.
Na abertura, o presidente do Clube, João Paulo Moreira de Mello, mencionou a importância do evento. “Estamos na 10º edição do nosso encontro, que se consolida como relevante fórum de discussões sobre os rumos do setor. Desde o primeiro evento, sempre contamos com a valiosa participação da FenaPrevi. Nosso objetivo é trazer uma visão geral do setor, propagar conhecimento e mostrar aos agentes do mercado as oportunidades da indústria da proteção securitária. Agradecemos ao presidente Edson pela disponibilidade de estar conosco novamente”.
O presidente da FenaPrevi falou dos desafios e oportunidades do segmento, intercalando sua apresentação com dados da pesquisa intitulada “A Percepção dos Brasileiros sobre a Necessidade de Proteção e Planejamento: o Papel dos Seguros e da Previdência”, encomendada ao Instituto DataFolha e lançada no fim de outubro em São Paulo.
Foram entrevistadas 2 mil pessoas de Norte a Sul do País, com 18 anos ou mais, de estados civis diferentes, integrantes de todas as classes econômicas e, vivendo nas regiões metropolitanas e no interior.
Segundo o Edson Franco, o levantamento, que está na segunda edição (a primeira é de 2021), buscou mapear o sentimento do brasileiro em relação à necessidade de se proteger, planejar seu futuro financeiro, projetar como irá se sustentar na aposentadoria, além de sua atual visão acerca dos produtos do segmento, como os Seguros de Pessoas (Vida e Previdência).
O estudo revela que 82% dos entrevistados afirmam que pretendem planejar suas finanças para o futuro. Desses, 58% pensam nisso sempre ou frequentemente e têm objetivos para os próximos 12 meses. Três a cada quatro entrevistados (77%) dizem ter metas de planejamento financeiro, sendo que 31% pensam em poupar, guardar dinheiro e economizar, enquanto 27% disseram que a intenção é trabalhar mais.
Quando perguntados sobre quais seriam os desafios e obstáculos encontrados para se planejarem financeiramente, a maioria justificou que não consegue reduzir as despesas ou gerar renda extra. No entanto, de acordo com Franco, “chama a atenção” o fato de que um a cada três entrevistados (33%) disseram sempre aparecer uma despesa não prevista. “Aí há que se fazer uma reflexão de causa e efeito. A pessoa não faz planejamento porque não sobra dinheiro e sempre aparece um imprevisto ou ela não tem dinheiro devido ao fato de não se planejar financeiramente?”, questiona.
“Muitos não têm como pensar no futuro porque vivem uma situação de dificuldade financeira para assegurar o presente, as necessidades concretas do dia a dia. Não podemos subestimar que o nível de renda da população é baixo e é difícil fazer sobrar dinheiro”, pondera o presidente da Fenaprevi, Edson Franco.
“Só que ao mesmo tempo vivemos num País em que os brasileiros gastam o valor surpreendente de R$ 100 bilhões por ano em jogos de azar! Gasto esse que vem crescendo. A título de comparação também, o gasto mensal com conta de celular é de de R$ 100 por pessoa, já o investimento médio mensal com prêmio de seguro de vida (individual) é de pouco menos de R$ 50”, compara.
O executivo alerta que há uma classe que precisa de renda, mas também existe uma grande parcela que prefere apostar na sorte a de fato em produtos que vão proteger a renda familiar. “Não é só um problema de falta de dinheiro e de renda média baixa. Vai além disso. É um problema relacionado à falta de cultura de proteção”, assegura.
Um dos principais objetivos da pesquisa da FenaPrevi foi avaliar o nível de inclusão securitária e previdenciária no País. O trabalho indicou que cresce a contratação de produtos e serviços desse mercado entre os brasileiros, sendo que, atualmente, 46% da população possui algum seguro (saúde, funeral, vida, invalidez, prestamista, doenças graves) e/ou plano de previdência privada.
Dos entrevistados da edição deste ano, 26% possuem seguro funeral (proteção para morte); 18% seguro de vida e 11% seguro invalidez. Somente 9% possuem algum plano de previdência.
Quanto ao interesse em contratar alguma modalidade de seguro oferecida pelo setor, a intenção em possuir um seguro de invalidez permanente cresceu de 26% para 33% em 2023 (em comparação com o respondido na primeira pesquisa). Já a contratação de seguro prestamista interessa a 26% dos ouvidos, volume superior aos 17% informados em 2021.
“Percebemos um maior nível de consciência nas pessoas em relação à necessidade de se precaver frente às adversidades. Os dados mostram isso. Precisamos aproveitar essa oportunidade e vender nossas soluções à sociedade, ressaltando que não há proteção patrimonial sem proteção à renda”, pontua.
Após a apresentação, o presidente da FenaPrevi respondeu perguntas do público e participou de debate com lideranças do setor. Além do presidente do CSP-MG, João Paulo Mello, compuseram a mesa-redonda a presidente do SindSeg MG/GO/MT/DF, Andreia Padovani, o diretor do Sincor-MG, Jefferson Chadid, e o diretor do Clube, Maurício Tadeu Barros Morais, que também mediou as discussões.
Questionado pelos membros da mesa sobre os caminhos para reduzir o gap de proteção securitária e previdenciária, Edson Franco citou algumas medidas, como aprimorar e estreitar a comunicação com a sociedade, explicando os benefícios de “nossos produtos e soluções, de forma clara e objetiva”.
O dirigente aposta ainda na cooperação entre os profissionais que atuam no mercado. “Temos que contar cada vez mais com os corretores como grandes aliados no propósito de aumentar a proteção da sociedade. Outra medida, segundo Franco, é atuar junto ao governo para permitir a estruturação de produtos cada vez mais flexíveis e customizados, que atendam às necessidades dos consumidores.
No encerramento do encontro, o presidente do Clube, João Paulo Mello, reiterou o compromisso da instituição na disseminação da cultura do seguro e na capacitação dos agentes que atuam no setor. “São dois pontos indispensáveis -e a pesquisa demostrou isso – para aumentar a proteção da sociedade brasileira”.
O 10º Encontro do CSP-MG reuniu cerca de 100 participantes no auditório do SindSeg MG/GO/MT/DF, em Belo Horizonte/MG. A gravação do evento está disponível no YouTube da entidade: https://tinyurl.com/2r5v3z8k. A pesquisa apresentada pelo presidente da FenaPrevi pode ser acessada no link: https://tinyurl.com/35frmx9e
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