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Mercado revê projeções mas expectativas positivas se mantêm

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Esta semana, de acordo com o Boletim Focus, o IPCA registrou aumento na projeção de 2,47% para 2,65% em 2020. A economista do Comitê de Estudos de Mercado da CNseg (CEM), responsável pelo boletim de Acompanhamento das Expectativas Econômicas (AEE), Priscila Aguiar, explica “ser natural que o mercado reveja suas projeções com base no resultado divulgado”. Segundo Priscila, “em relação ao governo, a falta de definição clara das ações relacionadas à política fiscal e a forma de financiamento do programa renda cidadã afetam as expectativas. Entretanto, o governo tem sinalizado de que não pretende furar o teto. Se as definições ocorrerem, as expectativas positivas se mantêm”.

Sobre a possibilidade de o Copom aumentar os juros em dezembro, a economista da CNseg pondera: “Não há dúvidas de que definições de ajuste fiscal ajudariam a conter o risco de alta de juros. Entretanto, o Banco Central atua olhando não apenas para a evolução da inflação, mas também para a perspectiva do regime fiscal. Sendo dois fatores primordiais para as expectativas de longo prazo dos agentes financeiros.”

Leia abaixo o boletim completo:

Acompanhamento Nº 121 – outubro/2020 – semana 3

O Banco Central (BC) divulgou na última semana o resultado do seu índice de atividade IBC-Br do mês de agosto –considerado uma prévia do PIB -, que registrou alta de 1,06% em relação a julho (com ajuste sazonal). Após a expressiva queda do índice em abril (-9,27% quando comparado a março), agosto já é o quarto mês consecutivo de resultados positivos, embora abaixo das expectativas do mercado, que esperava crescimento de 1,60%, segundo pesquisa da Reuters.

Na comparação mensal, houve um recuo de 3,92% em relação ao mesmo mês do ano anterior. No acumulado de 12 meses, o índice está negativo em 3,09% e, no acumulado do ano até agosto, negativo em 5,44%. Os resultados do IBC-Br estão em linha com o desempenho da atividade econômica avaliado pelo monitor do PIB divulgado recentemente pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). O indicador da FGV apontou crescimento de 2,2% em agosto, na comparação com julho.

Em relação ao mesmo mês do ano anterior, há retração de 4,9%. O que há de mais importante a reter dos dois indicadores, é que sinalizam a retomada das atividades, porém ainda em ritmo lento, e também o aumento das exportações – com destaque para os produtos agropecuários beneficiados pela alta taxa de câmbio -, como um fator que tem ajudado na recuperação da atividade econômica. Para os próximos meses, são esperados aumentos marginais, que poderão amenizar o cenário de recessão econômica provocada pela pandemia.

O Boletim Focus do BC mostra melhora na expectativa do PIB para 2020, passando de -5,03% para -5,00%. Para 2021, após 20 semanas de projeção em 3,50%, as expectativas foram reduzidas levemente e os analistas preveem um crescimento de 3,47%.

O setor de serviços ainda mostra resultado abaixo do esperado. A recuperação tende a ser mais lenta e mais sensível à crise pandêmica, sendo esperada uma melhora do cenário com o avanço das medidas de flexibilização do isolamento social. A Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) de agosto, divulgada pelo IBGE, mostra queda de 10,0% na comparação com o mesmo mês do ano anterior.

No acumulado até agosto, a queda é de 9,0% e, em 12 meses, o recuo é de 5,3%, o mais intenso da série histórica. Entretanto, quando comparado com o mês de julho, houve crescimento de 2,9%, configurando-se na terceira taxa mensal positiva seguida. A alta do mês de agosto foi observada em quatro das cinco atividades pesquisadas.

Destaque para Serviços Prestados às Famílias (33,3%), que teve o maior avanço da série histórica, mas ainda acumula queda de 38,9% até agosto, refletindo a retomada lenta com a ampliação das medidas de flexibilização do isolamento social na prestação de serviços, principalmente os serviços de restaurantes, hotéis, academias de ginástica e salões de beleza em que foram autorizados ao retornos das atividades, mas com capacidade reduzida.

O grupo transportes, serviços auxiliares aos transportes e correios (3,9%), apresentou a segunda maior alta do mês, mas, no acumulado do ano, há retração de 8,9% em razão da redução no volume de operações de transporte aéreo e rodoviário de passageiros, rodoviário de cargas e metroferroviário de passageiros.

Entretanto, com o retorno das atividades do comércio, é esperado um aumento no tráfego de transporte rodoviário de cargas, atribuído à necessidade de armazenamento e distribuição do comércio. O único resultado negativo em agosto veio de serviços de informação e comunicação (- 1,4%), que acumula queda de 2,7% até agosto, reflexo das perdas de receita especialmente no segmento de telecomunicações.

Sobre os índices de preços, a recente divulgação do IGP-M (Índice Geral de Preços- Mercado) mostra uma alta de 2,92% na segunda prévia de outubro. No mesmo período do mês anterior, a alta foi de 4,57%. A FGV informou que a variação dos preços das commodities aliviou a pressão sobre a inflação no atacado, impactando a redução do índice. No acumulado até agosto, o índice está em 17,74%.

No Boletim Focus, é esperado um IGPM de 17,15% em 2020 e de 4,30% em 2021. Os demais indicadores que tiveram aumento na projeção da mediana no Boletim Focus foram a taxa de câmbio, que passou de R$/US$ 5,30 para R$/US$ 5,35 em 2020, mantendo a mesma mediana para 2021, R$/US$ 5,10; e o IPCA que, pela 10a semana consecutiva, registrou aumento na projeção da mediana do indicador, passando de 2,47% para 2,65% em 2020, ultrapassando o piso da meta que é de 2,5%.

No calendário econômico da semana, são aguardadas as divulgações do Índice de Confiança do Consumidor (22/10) e das estatísticas do setor externo do Banco Central (23/10).


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