Profissionais e empresas se adaptam ao home office

Há cerca de um mês empresas e profissionais goianos tem investindo seus esforços para se adaptar às novas rotinas impostas pela pandemia do novo contravírus. Do home office ao atendimento por videoconferência tudo é válido para manter a interação social e as atividades profissionais. Essas medidas são ainda mais valorizadas pelos autônomos, como os corretores de imóveis.

A URBS Imobiliária, por exemplo, orientou seus corretores parceiros para o trabalho via home office. Entre eles está a corretora Marilda Terra, que tem 5 anos de profissão. Ela explica que sempre trabalhou presencialmente na imobiliária, porque segundo ela, a interação que se tem com o colegas é muito importante e ajuda a fechar muitos negócios. Mas o primeiro mês de teletrabalho empolgou ao manter o padrão e vendas. “Foquei nos clientes antigos. Imaginei que eles estavam em casa e talvez com mais tempo para ver uma apresentação. Deu certo. Ele me respondeu, fizemos uma visita segura à sala comercial e ele fez uma proposta”, conta Marilda.

Fora do período de quarentena, Marilda costuma fechar uma venda por mês e se manteve na média em abril, além de ter expectativas do fechamento de outros negócios. Segundo ela os trâmites burocráticos que envolve cartório também foram realizados com hora marcada e seguindo todas as medidas de segurança ditadas pelas autoridades de saúde, como uso de máscara, distanciamento pessoal e uso de álcool em gel.

A URBS orienta seus corretores e líderes a não perder esse contato e a equipe está fazendo videoconferências. “Trocamos ideia, contamos nossas experiências e nos falamos muito pelo grupo [de Whatsapp] da empresa”, diz a profissional do mercado imobiliário. “Além dessas ferramentas digitais que temos, como telefone celular, aplicativos, chats, a URBS oferece várias outras ferramentas que nos coloca sempre em contato com os clientes”, diz.

A URBS também lançou um novo canal digital para manter ativo o relacionamento com seus colaboradores e clientes - https://mkt.urbs.com.br/ecommerce - seleções especiais de imóveis para compra ou aluguel, recursos para fazer visitas virtuais a decorados, chat de contato, entre outras possibilidades. Outra novidade é mascote o Urbaninho, que agora é o assistente virtual da empresa. Lives informativas nos canais do instagram também estão acontecendo nas redes sociais da empresa e a equipe mantém contato frequente entre si e com seus prospects por meio de salas de reuniões.

“Sabemos da urgência e gravidade da pandemia e, nesse momento, o que é relevante para nós é estimular a interação social. Nossa intenção é que com a restrição do atendimento físico, a interação social com nosso público seja intensificada por meio do nosso canal digital”, diz o diretor da URBS Imobiliária, Ricardo Teixeira.

O momento acabará por consolidar uma realidade que já vinha acontecendo. Mesmo antes da necessidade de medidas restritivas por causa do coronavírus, a empresa já contava com uma ampla plataforma digital que possibilitava aos profissionais do mercado imobiliário a trabalharem de qualquer lugar. “O atendimento e a prospecção de clientes por meio de ferramentas online já era uma tendência crescente no mercado imobiliário e mais de 30% de toda a nossa captação de clientes já era feita via atendimento online”, informa Thiago Carvalho, diretor comercial da URBS Imobiliária.

Momento de interação

O diretor da URBS Ricardo Teixeira continua acreditando que mercado imobiliário mantém suas premissas de ser um investimento seguro e de contar com um cenário favorável de queda de juros. Inclusive, em março, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) reduziu a taxa básica de juros da economia brasileira de 4,25% para 3,75% ao ano - um novo recorde histórico.

Contudo, ele avalia que esse é um momento sensível e o foco é manter ativo um canal de comunicação e interação. “As vendas acontecerão no momento em que nosso cliente se sentir seguro, isso tem de ser respeitado. Ela será uma consequência”, acredita. Ricardo Teixeira lembra que a necessidade por relacionamentos faz parte da essência do ser humano, por isso esse estímulo ser saudável. “Acho que todas as empresas devem manter a interação com os consumidores, não se limitar ao contato físico”, sugere.

Ele lembra ainda que manter os esforços de continuar produzindo é também um compromisso social, uma vez que o mercado imobiliário e a construção civil são uma das principais empregadoras de mão de obra. “São milhares de pessoas que dependem dos negócios acontecerem para alimentarem suas famílias”, disse.