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O papel do CEO em mobilizar empresas para ações de responsabilidade social

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Por Alexandre Velilla Garcia*

A preocupação com atitudes responsáveis dentro das empresas vem ganhando força graças a uma bem-vinda mudança de mentalidade nas organizações. Hoje, não basta oferecer um bom produto ou serviço. Empresas que se ligam a questões aderentes com sua filosofia, transparecem uma imagem de maior compromisso com a sociedade, fator que favorece não só os grupos apoiados pelas empresas, mas também o posicionamento de mercado das companhias. Neste sentido, estamos falando aqui de uma relação ganha-ganha, benéfica para todos.

Diante dessa nova configuração organizacional, é comum nos depararmos com diferentes empresas de diversos segmentos de mercado envolvidos com algum tipo de causa social ligada aos valores daquela organização. Ações que visam desde a inclusão de pessoas de camadas sociais desfavorecidas, minorias, passando pela formação de jovens para os desafios do mercado de trabalho do futuro e, até mesmo, a reinclusão de indivíduos no ambiente de trabalho contemporâneo.

É importante reforçar aqui que a preocupação com a sociedade traz frutos não somente para aqueles que são contemplados com programas de inclusão. Tais atitudes podem ser vistas, inclusive, como um investimento, seja na preparação de novos talentos para as empresas, ou mesmo para a geração de valor do ponto de vista mercadológico. Ou seja, atos socialmente responsáveis contribuem não somente para os cidadãos de modo geral, mas também para empresas, seus parceiros e demais Stakeholders.

Esta percepção da responsabilidade social, aliás, é reforçada por estudos recentes. Segundo pesquisa realizada pelo Reputation Institute, por exemplo, ações de responsabilidade social tem peso de 41% para a reputação do negócio. Vale salientar que este estudo foi bastante amplo, ouvindo cerca de 55 mil consumidores de 15 mercados diferentes.

Dito isso, nunca é demais salientar que ações de inclusão social só são possíveis com a compreensão e o comprometimento do CEO diante desse novo cenário, uma vez que ele quem será o responsável por dar o pontapé inicial e incentivar todos os seus parceiros e colaboradores a agirem de forma responsável dentro daquele negócio, promovendo assim, uma cultura mais colaborativa, empática e ligada, claro, aos objetivos centrais da organização.

Para isso, é fundamental ter visão de longo prazo, pois a construção de uma cultura corporativa aderente com a responsabilidade social e que fortaleça no mercado os valores que você, enquanto CEO, deseja difundir, não é algo que ocorre do dia para noite. Ademais, é preciso realmente ter compromisso com as causas que escolher contribuir, adotando uma postura empática e pensando em atitudes que possam ser positivas para a sociedade.

Outro ponto importante: de nada adianta transparecer uma imagem externa de colaboração e preocupação com a sociedade, quando essa mentalidade não é cultiva dentro de sua própria empresa.

Neste sentido, é crucial adotar atitudes simples, mas indispensáveis no ambiente interno, como, por exemplo: a preocupação com relações éticas com colaboradores, parceiros, investidores e concorrência; comunicação coerente com os valores da empresa; preocupação com o desenvolvimento e bem-estar de cada um de seus funcionários e, acima de tudo, respeito a todos. Atitudes como essa favorecerão a construção de um ambiente de trabalho mais positivo, harmônico e, por que não, feliz.

E aqui vale novamente reforçar: tais ações são extremamente bem-vindas também do ponto de vista mercadológico. Afinal de contas, conforme atestam estudos recentes, colaboradores felizes são 12% mais produtivos (Andrew Oswald, Universidade de Warwick), três vezes mais criativos e vendem até 37% mais do que funcionários insatisfeitos (Sonja Lyubomirsky, Universidade da Califórnia)

Compromissos com a inclusão social

Com o compromisso em promover e fortalecer seus valores, diversas empresas já estabeleceram como meta envolver seus negócios em ações sociais, sejam elas ligadas à inclusão social de minorias, de gênero, de pessoas da 3ª idade fora do mercado ou mesmo em ações de prevenção e cuidados com o meio ambiente, educação e lazer, entre outros.

No Cel.Lep Idiomas, por exemplo, a inclusão social não fica somente no discurso. Apenas para citar alguns exemplos, recentemente, firmamos parceria com o Programa Sim à Igualdade Racial, do Instituto Identidades do Brasil (ID_BR), uma instituição sem fins lucrativos que luta pela igualdade de oportunidades entre comunidades de diversas etnias e pela promoção dos direitos humanos. Nesta parceria, oferecemos 30 bolsas integrais em cursos de inglês para jovens afrodescendentes de comunidades carentes. Com essa ação, visamos dar novas oportunidades para futuros talentos, inspirando-os e contribuindo para que possam estar prontos para os desafios do novo mercado de trabalho.

Outra ação bacana virá por meio de uma parceria com a Estação Hack, projeto do Facebook promovido pela Mastertech que tem como objetivo preparar os jovens talentos na área de tecnologia, oferecendo diversas bolsas com cursos que envolvam negócios, marketing, design e inovação. Por meio da parceria oferecermos cursos para até 1000 alunos em 2018.

Por fim, vale ainda citar uma parceria inédita com a Secretaria de Educação do Estado de São Paulo, por meio da qual estamos oferecendo mil bolsas de estudo para o curso de Formação Digital em Desenvolvimento de Aplicativos, pois acreditamos que, aliado ao conhecimento de idiomas, o profissional do futuro precisará estar engajado com inovação e, naturalmente, possuir conhecimentos em tecnologia que o tornem apto a contribuir e se inserir em um mundo em plena transformação digital.

Muitos outros projetos e novas parcerias estão ganhando força. Como deu para perceber, acreditamos no desenvolvimento de jovens para o mercado, mas também na inclusão de pessoas da 3ª idade – que virá através de projetos futuros –, na promoção da diversidade e da igualdade de oportunidades para todos.

Por fim, gostaria de concluir dizendo que ações de responsabilidade social tem como base a aproximação entre as pessoas e a certeza de que, unidos e munidos de oportunidades, poderemos estabelecer objetivos compatíveis para a construção de um mundo melhor.

*Alexandre Velilla Garcia é CEO do Cel.lep Idiomas, o executivo, que atuou como CFO da companhia por 5 anos, tem como meta dobrar o tamanho da escola nos próximos 3 anos.


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