Seguradoras Veem Insurtechs Como Aliadas Do Corretor De Seguros

Os executivos falaram sobre as tendências para o setor e debateram a chegada ao mercado segurador das insurtechs. "São novas empresas de tecnologia que vem ajudar o mercado que ja existe a ser mais digital, mais tecnológico e mais moderno", disse Ajame.

Para o CEO da TEx, a tecnologia é aliada do corretor, mas precisa ser entendida. "Os consumidores são cada vez mais exigentes e impacientes. Então, como disse Charles Darwin, não é o mais forte ou o mais inteligente que sobrevive, mas o que melhor se adapta", ponderou.

Segundo a falar, Eduardo Weber definiu as insurtechs como "amigas". As startups trazem boas ideias que ajudam o mercado a evoluir. Entre os benefícios que uma insurtech pode oferecer estão: tornar a operação mais leve, simples e fácil, desburocratizar processos e ajudar na captação de novos clientes", afirmou.

Já Robson Machado, membro do Comitê Insurtechs da Câmara-e.net, apresentou números do cenário atual, em que té dezembro de 2017 havia mapeado 78 insurtechs (64% delas B2B, 28% B2C e 8% B2B2C). No mundo todo, a quantidade de insurtechs chegam a 1.500, movimentando aproximadamente Us$ 19 milhões.

Segundo o executivo, o Brasil ocupa a quarta posição no ranking mundial de usuários de internet, com cerca de 139 milhões de pessoas. No comércio eletrônico, soma 55 milhões de clientes que movimentaram R$ 47 bilhões em 2017 – a previsão é que o valor salte para R$ 53,5 bilhões ainda este ano. No cross-border (comércio feito entre fronteiras de países), já chega a 22,4 milhões o número de pessoas que compram em sites internacionais, como AliExpress, e a estimativa é que as vendas no varejo mundial ultrapassem os US$ 4 trilhões até 2020.

CIO da Tokio Marine Seguradora, Wilson Leal lembrou que as insurtechs podem criar soluções que ajudarão a expandir o mercado. "O corretor pode ficar tranquilo porque as insurtechs estão chegando para nos ajudar", disse.

Para o Vice-presidente comercial da SulAmérica, André Lauzana, é preciso sair da zona de conforto e buscar atualização continuamente. "Precisamos viver fora da zona de conforto, nos adaptando cada vez mais. A tecnologia não é um fim, é um meio. No final do dia, o que levamos para os nossos clientes é segurança e tranquilidade", concluiu.