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Conheça as doenças de pele, cabelos e unhas mais comuns em crianças no período pós-férias

  • Quarta, 04 Março 2020 18:01
  • Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por  Guilherme Zanette
  • SEGS.com.br - Categoria: Saúde
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É durante o verão que muitas crianças adquirem esse tipo de doença; por isso, a dermatologista Dra. Paola Pomerantzeff explica os problemas de maior incidência e dá dicas de como evitar a transmissão no retorno às atividades escolares.

O verão costuma ser a estação do ano preferida das crianças, já que boa parte do período é marcado pelas férias escolares, que trazem a possibilidade de passar mais tempo realizando atividades de lazer. No entanto, por intensificarem as atividades ao ar livre, muitas vezes associadas à exposição solar e ambientes com maior aglomeração de pessoas, é comum observar maior incidência de doenças de pele, cabelos e unhas. “É sempre importante levar as crianças ao dermatologista nessa época, preferencialmente antes do retorno às aulas. Muitas voltam das férias com doenças que podem ser transmitidas durante o contato com as outras crianças em escolas e creches. Para ajudar a evitar o contágio, deve-se também evitar o compartilhamento de toalhas, escovas de cabelo e roupas”, afirma a Dra. Paola Pomerantzeff, dermatologista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Você conhece as principais doenças de pele, cabelos e unhas que acometem as crianças durante esta época? A Dra. Paola fala um pouco sobre cada uma delas:

*Doenças contagiosas

Pediculose (piolho): Conhecida popularmente como piolho, é uma doença parasitária causada por insetos sugadores de sangue, muito comum em crianças. “A transmissão da pediculose acontece por contato direto e o principal sintoma é a coceira, que pode ser tão intensa a ponto de provocar ferimentos. Para prevenir, é necessário que se evite compartilhar escovas, roupas, bonés, toalhas e contato direto com crianças infestadas. Ir à escola de cabelo molhado também não é recomendável, já que a umidade favorece a proliferação do inseto”, explica a dermatologista.

Molusco: Muitas vezes confundida com espinhas, cravos ou mílios, é uma infecção muito comum, causada por um vírus, sendo o contato direto a forma mais comum de contágio. “Evite coçar e mexer nas lesões. O responsável pela criança deve procurar um dermatologista para que as lesões sejam removidas”, recomenda.

Impetigo: Trata-se de uma infecção bacteriana superficial, altamente contagiosa e muito comum na face ou extremidades da pele de crianças. O verão é a estação propícia para o desenvolvimento da doença, uma vez que o calor e a umidade favorecem a instalação e o desenvolvimento dos agentes infecciosos. Além disso, a infecção pode ocorrer também após picadas de inseto, ferimentos superficiais (arranhões e pequenos cortes) ou como infecção secundária aos quadros de dermatite ou alergia a picada de inseto. “Como consequência, o impetigo causa crostas e, algumas vezes, até mesmo bolhas. Para prevenir é preciso manter a pele limpa e evitar coçar as lesões”, completa.

Micoses: São infecções causadas por fungos que atingem a pele, as unhas e o cabelo; são favorecidas por fatores como o calor, a transpiração e a umidade. Segundo a Dra. Paola, uma boa higiene é fundamental para manter o corpo longe das micoses. Por isso, para prevenir o problema, é recomendável auxiliar a criança na hora do banho.

Verrugas: “São proliferações benignas da pele causadas pelo papilomavírus humano (HPV) e seu aspecto varia de acordo com o local prejudicado, podendo ser ásperas, da cor da pele, planas, macias ou escuras. Para prevenir a transmissão, basta evitar o contato com pessoas ou objetos infectados.”

Escabiose (sarna): É uma parasitose cujo contágio se dá através do contato direto com pessoas, roupas ou objetos contaminados. “As principais lesões na pele são pequenas crostas isoladas e, nas suas extremidades, pequenas vesículas que coçam, principalmente à noite. É bom não confundir: animais como gato e cachorro não transmitem a sarna humana”, completa.

*Doenças não contagiosas:

Brotoeja: “São bolinhas de água e/ou vermelhas que geralmente causam coceira e aparecem com maior frequência em épocas de altas temperaturas. Como prevenção, o ideal é manter as crianças em ambientes frescos e arejados; excesso de roupas, suor e febre alta podem ser fatores desencadeantes.”

Pitiríase versicolor: Popularmente chamada de pano branco, é um tipo de micose causada por uma levedura, comum nos climas quentes e úmidos. “São manchas brancas, castanhas ou avermelhadas que descamam, especialmente nas áreas mais oleosas do corpo. A família deve ficar atenta aos sintomas na criança e procurar um dermatologista para cuidados”, alerta a médica.

Hiperidrose: Nada mais é do que a produção excessiva de suor. “Durante o verão, por conta das férias e das brincadeiras ao ar livre, é muito comum o aparecimento dessa condição nas crianças, por isso, é essencial que os responsáveis cuidem da ingestão ideal de líquidos por parte dos pequenos”, diz.

Alergia: A pele da criança tende a ser mais fina e porosa, por isso absorve mais substância química dos produtos, fazendo com que a incidência de alergias seja maior nessa idade. Sendo assim, as meninas costumam ser as mais atingidas, já que costumam utilizar maquiagem, esmalte de adulto e tinta de cabelo. Para evitar o problema, é recomendável que crianças utilizem apenas produtos infantis e específicos para a sua faixa etária.

Por fim, a Dra. Paola Pomerantzeff reforça que a melhor forma de evitar as doenças da pele é a prevenção. “Procure um dermatologista associado à Sociedade Brasileira de Dermatologia para saber que tipo de tratamento é melhor indicado para você e/ou seu filho”, finaliza.

FONTE: DRA. PAOLA POMERANTZEFF: Dermatologista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD), tem mais de 10 anos de atuação em Dermatologia Clínica. Graduada em Medicina pela Faculdade de Medicina Santo Amaro, a médica é especialista em Dermatologia pela Associação Médica Brasileira e pela Sociedade Brasileira de Dermatologia, e participa periodicamente de Congressos, Jornadas e Simpósios nacionais e internacionais.


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