Com o hábito de se casarem cada vez mais tarde, casais movimentam um segmento da saúde que pode ser indispensável para aqueles que desejam ter filhos biológicos – a fertilização in vitro. Dados da Fundação SEADE (Sistema Estadual de Análise de Dados Estatísticos) mostram tendência de aumento para os casamentos ocorridos entre homens e mulheres, com idades médias de 35 e 32 anos, respectivamente. Essa, entre outras mudanças, foi responsável pelo crescimento de 78% no número de FIVs no Estado de São Paulo em cinco anos, de acordo com dados da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), já que a gravidez natural tardia se torna mais difícil.

Em 2000 mulheres se casavam por volta dos 26 anos e homens com 29, de acordo com a Fundação SEADE. “Isso permitia a mulher gozar de, pelo menos, mais 9 anos de idade fértil saudável”, comenta o médico Marcos Moura, da Clínica Matrix de reprodução humana. O passar das décadas e as facilidades trazidas pela tecnologia e o aumento de escolaridade, impulsionou famílias a se formarem cada vez mais tarde. “Hoje em dia, os casais que chegam a clínica têm entre 35 e 39 anos de idade e grande parte com a fertilidade afetada ou receio de problemas fetais para o caso de gravidez natural, devido à idade materna”, explica o médico. De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde) a idade segura para a mulher engravidar naturalmente é até 35 anos; depois dessa fase sua reserva ovariana é reduzida e seus óvulos podem perder qualidade.

O médico explica que, geralmente, as mulheres são mais férteis na casa dos 20 anos, então a fertilidade começa a declinar à medida que ela vai atingindo o final dessa época. “É importante saber que após os 35 anos de idade, as chances de uma mulher ter um bebê naturalmente declinam em média em 50%. Após os 40 anos, as chances diminuem em torno dos 90%”, orienta o médico. “Com as uniões afetivas se oficializando tardiamente, unido ao desejo de aproveitarem a vida a dois por mais tempo, muitos casais estão contando a ajuda da ciência para completar a família cada vez mais tarde”, brinca o Dr. Moura.

A Fertilização in Vitro é uma das técnicas mais assertivas para casais que sonham em engravidar. Todavia, mesmo com os estudos e aperfeiçoamento, nem sempre o sucesso é garantido. A maioria das clínicas especializadas em Fertilização In Vitro (FIV) trabalham com índices de sucesso que variam entre 40% e 55% por tentativa. São chances bastantes superiores se comparadas às taxas de concepção via natural, que estão entre 18% e 20% por ciclo ovulatório, em casal saudável. Os motivos para a não conquistar a gestação podem ser diversos: fatores maternos, paternos, relativos ao embrião ou ao procedimento em si. “Só quem pode dar certeza da concretização do sonho de formar uma família biológica é Deus, nós só ajudamos no caminho, com muita dedicação e aprimoramento”, diverte o médico.

20 anos da Clínica Matrix - A Clínica Matrix completa 20 anos em 2020 e já foi responsável pelo nascimento de mais de 2.000 bebês, não só em Ribeirão Preto, mas em todo o Brasil e até fora dele. De acordo com o Dr. Moura o segredo para o sucesso durante essas duas décadas é o empenho em proporcionar um atendimento atencioso e humano. “Uma das preocupações é amenizar os anseios e dúvidas proporcionando o melhor tratamento possível a todos os pacientes que a procuram”, comenta.

Sobre o Dr. Marcos Moura - Ginecologista, especialista em reprodução humana. Médico Ginecologista, mestrado, doutorado e livre docência pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (USP) e pós-doutorado nos Estados Unidos, além de estágios em cursos sobre Reprodução Humana Assistida na Espanha, Bélgica e França. Membro da American Society of Reproductive Medicine (ASRM) e European Society of Human Reproduction and Embriology (ESHRE). Realizou o primeiro procedimento de Fertilização In Vitro, em 1992, em Hospital público no Brasil. É o fundador e responsável pela Clínica Matrix, que está entre as mais modernas e bem equipadas do país.