Especialista da Clínica Fares alerta sobre a prevenção e tratamento de Hanseníase
As pessoas que identificarem manchas brancas ou avermelhadas na pele, sensação de formigamento no corpo e irritação nos olhos devem procurar um dermatologista
Janeiro é mais um mês que entrou para o calendário colorido da saúde. A cor roxa representa a campanha de combate e enfrentamento à Hanseníase, que antigamente era conhecida como lepra. Trata-se de uma doença de pele infecciosa causada por uma bactéria chamada Mycobacterium lepra e ou bacilo de Hansen, tendo sido identificada no ano de 1873 pelo cientista Armauer Hansen.
Considerada a enfermidade mais antiga de todos os tempos, há registros dela no século 6 a.C (antes de Cristo), caracteriza-se como crônica, transmissível e atinge a pele e os nervos periféricos, provocando deformações físicas.
A dermatologista Carolyne Sawamura, que atende na Clínica Fares, alerta sobre a identificação da doença. “As pessoas que identificarem manchas brancas ou avermelhadas na pele, sensação de formigamento no corpo, perda da sensação de temperatura e irritação nos olhos devem procurar imediatamente um especialista”, explica a médica, enfatizando que o Brasil ocupa o segundo lugar no ranking de Hanseníase, de acordo com o Boletim Epidemiológico Mundial, publicado em agosto de 2018 pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
De acordo com o especialista é possível prevenir a doença por meio de exame clínico e também com a vacina BCG. “É de suma importância que se divulgue junto à população os sintomas da Hanseníase, a existência de tratamento e, principalmente, que há cura”, afirma Carolyne Sawamura.
Transmissão e tratamento
Quem tem contato prolongado com uma pessoa portadora de Hanseníase sem tratamento, tem maior risco de contrair a doença. A bactéria é lançada ao ar a partir do nariz da pessoa infectada e se espalha para os outros ao ser respirada ou ao entrar em contato com alguma abertura na pele.
Para as pessoas que têm com contado diário em casa com o doente, especialmente crianças, devem ser examinadas anualmente por pelo menos até cinco anos depois do último contato.
“Alimentação adequada, prática de atividade física e boas condições de higiene são excelentes aliadas na prevenção de muitas doenças, inclusive da Hanseníase”, conclui o especialista.
Como todas as doenças, a cura é mais fácil e rápida quanto mais precoce for o diagnóstico. Após a consulta e a constatação da doença, o paciente deve seguir à risca o procedimento dado pelo especialista. O tratamento é feito via oral, por meio de medicação específica, com duração de seis meses a um ano, gratuito, e realizado nas unidades de saúde. Vale lembrar que é obrigatória a notificação aos órgãos de Saúde.
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