SEGS Portal Nacional

Economia

FUP e sindicatos promovem novas ações de combustíveis a preços justos e criticam novo reajuste

  • Terça, 09 Março 2021 11:28
  • Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por  Maíra Santafé
  • SEGS.com.br - Categoria: Economia
  • Imprimir

Entidades sindicais reforçam a necessidade de extinção imediata da política de Paridade de Preço de Importação (PPI) adotada pela Petrobrás desde 2016 e alertam que a situação irá piorar se a empresa vender refinarias

No dia em que a Petrobrás anunciou mais um aumento nos preços da gasolina e do óleo diesel, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) e sindicatos filiados promoveram novas ações de oferta de combustíveis a preços justos à população. As mobilizações ocorreram em São Paulo (SP) e Mossoró (RN) e deverão ocorrer outras cidades nos próximos dias. A iniciativa tem por objetivo dialogar com a população sobre os impactos negativos da política de preços da Petrobrás, baseada em preços internacionais, e das privatizações no bolso dos consumidores.

O coordenador geral da FUP, Deyvid Bacelar, criticou duramente os novos aumentos dos preços dos combustíveis, anunciados nesta segunda (8/3) pela Petrobrás. Para ele, é preciso extinguir imediatamente a política de Preço de Paridade de Importação (PPI) que a empresa aplica, que considera a cotação do petróleo e do dólar, mas ignora os custos nacionais de produção dos derivados.

“É urgente e necessário o fim dessa política de preços da Petrobrás, que muito penaliza o trabalhador brasileiro. E se a venda das refinarias for adiante, será a instauração em definitivo dessa política de preços que olha somente para o exterior para colocar preço em combustíveis produzidos no Brasil, por refinarias brasileiras, da Petrobrás. Quem comprar esses ativos poderá cobrar o preço que quiser, e obviamente se guiará apenas pelos valores internacionais. Por isso alertamos sempre que o bolso do consumidor vai doer ainda mais”, ressaltou Bacelar.

O novo aumento nas refinarias anunciado pela Petrobrás nesta segunda, que entrará em vigor a partir desta terça-feira (9/3), é o sexto do ano para a gasolina e o quinto para o óleo diesel. Com os novos reajustes, de isso, o preço do litro da gasolina já acumula alta de 54% este ano, e o do diesel, 41,6%.

“Desde outubro de 2016 denunciamos que isso iria acontecer. A política de preços dos combustíveis baseada nos preços de paridade de importação não garante o abastecimento do mercado nacional, muito pelo contrário. Com as refinarias operando com capacidade bem abaixo do que poderiam, cresce a importação de derivados de petróleo por empresas que se instalaram no país. São produtos que poderiam estar sendo produzidos pelas refinarias da Petrobrás e não estão. E se essas plantas forem vendidas, como a empresa planeja, corre-se o risco de os combustíveis não chegarem à toda população brasileira. E quando e se chegarem, serão a preços abusivos, por conta da atual política de preços baseada exclusivamente no mercado internacional”, acrescentou o coordenador geral da FUP.

A FUP e seus sindicatos querem criar um calendário permanente para o “Dia Nacional dos Combustíveis a Preço Justo”. Na semana passada, nove municípios do país foram atendidos pelas atividades da FUP e de seus sindicatos, com a comercialização de 22 mil litros de gasolina a R$ 3,50 o litro, 10 mil litros de óleo diesel a R$ 3,09 o litro, e 450 botijões de gás de cozinha a R$ 40,00 o botijão de 13 kg.

GREVES REGIONAIS DEVEM RECEBER NOVAS ADESÕES

Nesta segunda-feira, os petroleiros entraram no quarto dia de greves regionais. As mobilizações estão ocorrendo na Bahia, Amazonas, Espírito Santo e São Paulo.

Novas adesões devem ocorrer ao longo desta semana, com a aprovação da greve em outras bases sindicais da FUP. O movimento já foi aprovado em Pernambuco, onde trabalhadores da Refinaria Abreu e Lima (Rnest) devem se somar ao movimento. Na Usina do Xisto (SIX), no Paraná, a greve também já está aprovada. Em Minas Gerais, onde os petroleiros aprovaram a greve, o Sindipetro prepara o início da mobilização. E outras bases dos Sindipetros filiados à FUP continuam realizando assembleias.

O movimento cobra da Petrobrás condições seguras de trabalho, sobretudo no que tange à contaminação por Covid-19; o fim do assédio moral a trabalhadores; a manutenção dos empregos; e o respeito ao Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). Além disso, a mobilização quer chamar a atenção da população para os prejuízos da “privatização aos pedaços” da Petrobrás que a atual gestão está promovendo, como a venda da Refinaria Landulpho Alves (RLAM), na Bahia, para o Fundo Mubadala, por US$ 1,65 bilhão, valor abaixo do mercado.


Compartilhe:: Participe do GRUPO SEGS - PORTAL NACIONAL no FACEBOOK...:
 

<::::::::::::::::::::>

 

+ECONOMIA ::

Dez 12, 2025 Economia

5 dicas para investir bem com a Selic mantida em 15%

Dez 11, 2025 Economia

Monitoramento independente avança em meio ao salto de…

Dez 10, 2025 Economia

Natal e gestão inteligente: como manter presença, lucro…

Dez 09, 2025 Economia

Isenção do IR acompanhada de tributação de alta renda…

Dez 08, 2025 Economia

As redes sociais estão levando o público ao consumo…

Dez 05, 2025 Economia

O que Nova York pode ensinar sobre o futuro do mercado…

Dez 04, 2025 Economia

Novo sistema tributário expõe fragilidade de sucessões…

Dez 03, 2025 Economia

Pix anuncia recorde histórico de transações na Black…

Dez 02, 2025 Economia

13º salário evidencia a importância de tomar decisões…

Dez 01, 2025 Economia

Varejo acelera neste fim de ano e shoppings projetam…

Nov 28, 2025 Economia

Reforma Tributária: diferenças regionais na…

Nov 27, 2025 Economia

Pix, aproximação, QR Code, biometria e carteiras…

Nov 26, 2025 Economia

Reforma Tributária: diferenças regionais na…

Nov 25, 2025 Economia

Pix, aproximação, QR Code, biometria e carteiras…

Nov 25, 2025 Economia

Investimento dos pecuaristas em genética cresce 11,7%…

Nov 24, 2025 Economia

Um em cada três negócios recorre a crédito para…

Mais ECONOMIA>>

Copyright ©2025 SEGS Portal Nacional de Seguros, Saúde, Info, Ti, Educação


main version