FUP e sindicatos promovem novas ações de combustíveis a preços justos e criticam novo reajuste
Entidades sindicais reforçam a necessidade de extinção imediata da política de Paridade de Preço de Importação (PPI) adotada pela Petrobrás desde 2016 e alertam que a situação irá piorar se a empresa vender refinarias
No dia em que a Petrobrás anunciou mais um aumento nos preços da gasolina e do óleo diesel, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) e sindicatos filiados promoveram novas ações de oferta de combustíveis a preços justos à população. As mobilizações ocorreram em São Paulo (SP) e Mossoró (RN) e deverão ocorrer outras cidades nos próximos dias. A iniciativa tem por objetivo dialogar com a população sobre os impactos negativos da política de preços da Petrobrás, baseada em preços internacionais, e das privatizações no bolso dos consumidores.
O coordenador geral da FUP, Deyvid Bacelar, criticou duramente os novos aumentos dos preços dos combustíveis, anunciados nesta segunda (8/3) pela Petrobrás. Para ele, é preciso extinguir imediatamente a política de Preço de Paridade de Importação (PPI) que a empresa aplica, que considera a cotação do petróleo e do dólar, mas ignora os custos nacionais de produção dos derivados.
“É urgente e necessário o fim dessa política de preços da Petrobrás, que muito penaliza o trabalhador brasileiro. E se a venda das refinarias for adiante, será a instauração em definitivo dessa política de preços que olha somente para o exterior para colocar preço em combustíveis produzidos no Brasil, por refinarias brasileiras, da Petrobrás. Quem comprar esses ativos poderá cobrar o preço que quiser, e obviamente se guiará apenas pelos valores internacionais. Por isso alertamos sempre que o bolso do consumidor vai doer ainda mais”, ressaltou Bacelar.
O novo aumento nas refinarias anunciado pela Petrobrás nesta segunda, que entrará em vigor a partir desta terça-feira (9/3), é o sexto do ano para a gasolina e o quinto para o óleo diesel. Com os novos reajustes, de isso, o preço do litro da gasolina já acumula alta de 54% este ano, e o do diesel, 41,6%.
“Desde outubro de 2016 denunciamos que isso iria acontecer. A política de preços dos combustíveis baseada nos preços de paridade de importação não garante o abastecimento do mercado nacional, muito pelo contrário. Com as refinarias operando com capacidade bem abaixo do que poderiam, cresce a importação de derivados de petróleo por empresas que se instalaram no país. São produtos que poderiam estar sendo produzidos pelas refinarias da Petrobrás e não estão. E se essas plantas forem vendidas, como a empresa planeja, corre-se o risco de os combustíveis não chegarem à toda população brasileira. E quando e se chegarem, serão a preços abusivos, por conta da atual política de preços baseada exclusivamente no mercado internacional”, acrescentou o coordenador geral da FUP.
A FUP e seus sindicatos querem criar um calendário permanente para o “Dia Nacional dos Combustíveis a Preço Justo”. Na semana passada, nove municípios do país foram atendidos pelas atividades da FUP e de seus sindicatos, com a comercialização de 22 mil litros de gasolina a R$ 3,50 o litro, 10 mil litros de óleo diesel a R$ 3,09 o litro, e 450 botijões de gás de cozinha a R$ 40,00 o botijão de 13 kg.
GREVES REGIONAIS DEVEM RECEBER NOVAS ADESÕES
Nesta segunda-feira, os petroleiros entraram no quarto dia de greves regionais. As mobilizações estão ocorrendo na Bahia, Amazonas, Espírito Santo e São Paulo.
Novas adesões devem ocorrer ao longo desta semana, com a aprovação da greve em outras bases sindicais da FUP. O movimento já foi aprovado em Pernambuco, onde trabalhadores da Refinaria Abreu e Lima (Rnest) devem se somar ao movimento. Na Usina do Xisto (SIX), no Paraná, a greve também já está aprovada. Em Minas Gerais, onde os petroleiros aprovaram a greve, o Sindipetro prepara o início da mobilização. E outras bases dos Sindipetros filiados à FUP continuam realizando assembleias.
O movimento cobra da Petrobrás condições seguras de trabalho, sobretudo no que tange à contaminação por Covid-19; o fim do assédio moral a trabalhadores; a manutenção dos empregos; e o respeito ao Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). Além disso, a mobilização quer chamar a atenção da população para os prejuízos da “privatização aos pedaços” da Petrobrás que a atual gestão está promovendo, como a venda da Refinaria Landulpho Alves (RLAM), na Bahia, para o Fundo Mubadala, por US$ 1,65 bilhão, valor abaixo do mercado.
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