Profissão de DPO ainda é novidade, mas função encontra mercado aquecido e altos salários
Com início das ações da ANPD para regulação da LGPD, o encarregado de tratamento de dados se torna indispensável nas empresas
A profissão de DPO – ou encarregado de dados, como está denominada na Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) – é um dos cargos em evidência em 2021. Pesquisa divulgada em dezembro de 2020 pela Pagegroup, companhia de recrutamento multinacional, apontou 30 funções em alta para este ano e a figura do DPO, que até ano passado era uma novidade no mercado, aparece em destaque, com salário médio de R$ 20 mil por mês.
Mario Toews, que é diretor e instrutor certificado da Datalege Consultoria Empresarial, explica que a função de DPO/encarregado de dados ganhou evidência com a LGPD. A lei, que entrou em vigor em setembro de 2020 no Brasil, exige que as empresas contem com esse profissional em seus quadros para responder pela política de proteção de dados da organização.
Toews – que também é DPO – já participou da formação de mais 500 profissionais nos cursos realizados pela Datalege, de forma presencial ou remota. Ele conta que a consultoria – uma das primeiras habilitadas para esse tipo de treinamento no Sul do Brasil – começou a fazer a formação de DPOs em 2019. Na época, o público era formado principalmente por profissionais de Tecnologia da Informação (TI) que queriam despontar no mercado e, principalmente, melhorar seus rendimentos. “Em 2020, no entanto, o público começou a mudar. Além de profissionais de TI, pessoas de formações variadas começaram a participar dos cursos da Datalege por ver na profissão de DPO uma oportunidade de crescimento na carreira com uma nova habilitação”, comenta.
VAZAMENTO DE DADOS
Apesar de a LGPD estar em vigor desde setembro do ano passado, as multas só começarão a ser aplicadas em agosto de 2021. A agenda divulgada em 28 de janeiro pela Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), encarregada de fiscalizar e editar as normas da LGPD, prevê, entre outros temas, como deverá ser feita a comunicação de vazamentos e a definição de regras para o cálculo de multas e prazos. “Esse é um dos papeis do DPO dentro das empresas: o de implementar isso na prática. Perante a ANPD, ele é o responsável pelo banco de dados corporativo e ainda o canal de contato com o órgão federal”, explica.
Toews salienta que, além da formação técnica como DPO, é fundamental que esse profissional tenha uma visão interdisciplinar do ambiente corporativo e governamental. Para isso, precisa entender sobre a legislação em vigor, governança de tecnologia e segurança da informação.
Qualquer pessoa pode ser um DPO, independentemente de formação acadêmica. Porém, é importante que seja alguém com um conhecimento prévio nas áreas de Tecnologia da Informação (TI) e de Direito.
OPORTUNIDADE
No último trimestre de 2020, a taxa de desemprego no Brasil chegou a 14,1%. O seja, cerca de 14 milhões de brasileiros não estavam trabalhando, de acordo com dados divulgados em janeiro de 2021 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). “Se tornar um DPO pode ser uma grande oportunidade para quem busca uma recolocação, pois se trata de um profissional que vem sendo requisitado em todos os tipos de empresas. E como o mercado está aquecido, os salários são bastante atrativos”, pontua o especialista.
Toews explica que esse novo profissional não será somente responsável pela aplicação de leis que protegem os dados pessoais dos usuários e por administrar os dados que a empresa recolhe. É ainda quem assume o papel de líder, supervisionando todo o fluxo de informações pessoais que passam pela empresa, desde dados de clientes, como de colaboradores, funcionários terceirizados, fornecedores e qualquer outra pessoa que circule pela organização. “Inclusive os dados de um visitante, que deixa sua foto registrada na recepção, com o nome e o documento. Até para isso é necessário um protocolo de tratamento de dados”, observa.
De acordo com Toews, o DPO primeiramente precisará fazer um mapeamento dos dados que a empresa usa. A partir disso, deverá criar um plano estratégico para regulamentação, de acordo com a LGPD, e liderar sua execução. “Mas ele também assume uma responsabilidade enorme de educar a liderança e os funcionários sobre as mudanças nas coletas de dados. Ou seja, ele é o responsável por incorporar a cultura de tratamento de dados dentro da empresa”, enfatiza.
FORMAÇÃO
A Datalege Consultoria Empresarial além de implementar a adequação à LGPD nas empresas de diversos segmentos, é a única instituição em Curitiba credenciada pela EXIN para oferecer a formação do DPO. A EXIN é um dos principais institutos independentes de exames e certificações e que já credenciou milhões de profissionais de TI em todo o mundo.
Somente em Curitiba, mais de 500 profissionais realizaram os cursos da Datalege em 2019. A próxima turma acontece conforme o calendário abaixo. Ao todo, o profissional precisa participar das aulas de três módulos, num total de 49 horas, para se submeter às provas da EXIN.
PRÓXIMAS TURMAS
02 a 04 de março – Módulo ISFS
09 a 12 de março – Módulo PDPF
23 a 26 março – Módulo PDPP
Mario Toews
Mario Toews é DPO (Data Protection Officer), especialista em Segurança da Informação, além de sócio e instrutor certificado da Datalege Consultoria Empresarial.
Profissional com mais de 25 anos de experiência como gestor de TI de grandes empresas, nacionais e multinacionais, tem experiência na coordenação de projetos na área de Segurança de Informação, Proteção de Dados, Business Intelligence e Infraestrutura.
Ministra cursos para profissionais interessados em obter a certificação internacional para a carreira de DPO/encarregado de dados, uma das exigências da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
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