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O novo normal na educação básica: protocolos de segurança

  • Quinta, 10 Setembro 2020 18:01
  • Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por  Lola Dias
  • SEGS.com.br - Categoria: Educação
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Quem diria que além de projetos políticos pedagógicos e regimentos escolares, estaríamos, nós pedagogos, em 2020, discutindo e desenvolvendo protocolos de segurança para que os alunos pudessem retornar para suas aulas nesse “novo normal”.

O importante é pensar uma adequação a partir de cada cenário. Podemos nos basear em modelos estrangeiros, porém, não podemos deixar de pensar na realidade das escolas brasileiras e principalmente na disparidade que existe entre a escola privada e a escola pública.

Assim, para elaboração do plano estratégico da volta as aulas necessitamos de vários cuidados, aspectos pontuais como uma conversa com um médico infectologista torna-se essencial para a segurança, respeitando cada nível de ensino atendido.

Por exemplo, a educação infantil que requer cuidados especiais como o uso do álcool em gel que não pode ser manuseado sem uma supervisão de um adulto, podendo ocasionar problemas maiores ainda, como uma queimadura ou uma intoxicação.

O plano estratégico também precisa de uma articulação política, respeitando as diretrizes do Município e/ou Estado. Cabe aqui a constituição de comissão, com a comunidade escolar, para definição e adoção de protocolos próprios, com análise dos dados epidemiológicos da doença e orientações das autoridades sanitárias.

Procedimentos como aferição de temperatura, limpeza e ventilação de ambientes, uso de máscara, disponibilização de álcool gel 70% e respeito às regras de etiqueta respiratória e de distanciamento social, escalonamento do acesso de estudantes a refeitórios e praças de alimentação serão procedimentos do dia-a-dia das instituições escolares.

Segundo o documento divulgado pela UNICEF para embasar o retorno às aulas, estão entre as principais recomendações: evitar atividades que gerem aglomerações, fazer escalas para que os alunos entrem em horários diferentes, evitar atividades que gerem aglomeração nos intervalos e recreio, reduzir tamanhos de turmas, aumentar espaçamento entre alunos, realizar treinamento de todos os funcionários (administrativos, professores, pessoal de limpeza,…) para a implementação de práticas de higiene e distanciamento físico, dar treinamento específico para equipes de limpeza, de modo a realizar a desinfecção dos ambientes, sempre usando equipamento de proteção individual (EPI), aumentar a intensidade e frequência da limpeza, melhorar as práticas de tratamento de resíduos, monitorar a saúde de funcionários e alunos.

Além de fornecer orientações claras sobre como proceder em caso de alguém apresentar sintomas, criar espaço para a separação temporária dessas pessoas, sem fazer qualquer tipo de estigma, fornecer orientações claras de quem não deve ir à escola, entre alunos e staff (grupos de risco), dar ênfase à lavagem das mãos e à etiqueta respiratória (cobrir a boca e o nariz ao espirrar com lenço de papel, descartando-o em seguida no lixo.

Aguardar ou fazer parte das comissões de discussão para o retorno dos estudantes aos bancos escolares físicos é uma possibilidade que transita entre tomar partido, ou apenas, depois fazer parte daqueles que culpabilizam outras pessoas.

De toda forma, temos que ter consciência que qualquer medida – retornar ou permanecer – tem prejuízos e benefícios. Os protocolos de segurança precisam pensar a escola como espaço social de convivência, em que os professores e os estudantes estão no pelotão de frente e são os primeiros que sofrem as consequências. Como os soldados em períodos de guerra que seguem todas as etapas do plano estratégico do comandante, mas sem inocência reconhecem que alguns podem ficar à margem.

Escola não é laboratório ou depósito de estudante, urge que todos possamos reaprender que a escola conteudista precisa dar espaço para escola de competências.

Autoras:

Dinamara Pereira Machado é doutora em Educação e gestora da Educação do Centro Universitário Internacional Uninter.

Gisele Cordeiro é doutora em Educação e coordenadora da área de Educação do Centro Universitário Internacional Uninter.


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