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É preciso desmonetizar os discursos de ódio nas redes sociais, aponta pesquisadora da FGV Direito Rio

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Yasmin Curzi recomenda a implementação de políticas anti-cyberbullying e remoção de robôs

As vítimas preferenciais de discursos de ódio no Brasil, de acordo com dados do Safernet, organização que trabalha em parceria com a polícia federal, são pessoas negras (cerca de 59%) e mulheres (cerca de 67%). E para conter esse avanço, uma das soluções apontadas por pesquisadores é a "desmonetização" dos perfis, canais e páginas que veiculem discursos de ódio além de medidas que impeçam que estes conteúdos sejam recomendados automaticamente por sistemas algorítmicos ou impulsionados.

Essa é a opinião da pesquisadora do Centro de Tecnologia e Sociedade (CTS) da FGV Direito Rio, Yasmin Curzi. Segundo a especialista, casos de celebridades e figuras públicas ganham maior repercussão dentre os demais, tendo em vista a possibilidade de amplificação dos discursos nocivos. Por isso, a solução apontada é retirar a possibilidade de obtenção de lucro nas redes sociais de quem propagar conteúdo de ódio.

"Para conter este avanço, é preciso, sobretudo, que as companhias de redes sociais: acompanhem as recomendações de organizações da sociedade civil, como o movimento Sleeping Giants, sobre a 'desmonetização' de discursos odiosos, impedindo que conteúdos que veiculem discursos ofensivos sejam monetizados via anúncios; adotem medidas menos restritivas à liberdade de expressão - como a suspensão automática de postagens que evoquem discursos ofensivos -; e fortaleçam mecanismos e canais de denúncias pelos usuários", pontua Curzi.

Com o maior uso de redes sociais, de 2009 para os dias atuais, houve um crescimento bastante significativo do discurso de ódio, principalmente, quanto a neonazismo, xenofobia, lgbtfobia e discriminações de gênero (misoginia), conforme indicadores de denúncias de crimes cibernéticos do Safernet. Os dois maiores contingentes são racismo e apologia a crimes contra a vida, que seguem em crescimento constante pelo menos desde 2006, quando a ferramenta de denúncias do Safernet começou a catalogar estes dados.

"Na última década, temos visto o crescimento do uso de redes sociais como forma de comunicação principal da população. Logo acredito que a percepção sobre a presença de discursos de ódio aumentou por dois fatores: maior quantidade significativa de pessoas nesses espaços e a descentralização dos meios de comunicação. Assim, qualquer pessoa com acesso à internet pode se tornar um difusor (broadcaster) de conteúdo em potencial", analisa a pesquisadora do Centro de Tecnologia e Sociedade (CTS), Yasmin Curzi.

Como consequência, segundo a pesquisadora, surgem os contra-públicos que não possuíam centralidade na esfera comunicativa e podem agora difundir seus ideais e projetos, como o caso das minorias políticas e movimentos sociais. Ocorrem também eventos de reação ao discurso emitido por essas minorias políticas, que vêm, principalmente, sob a forma de ataques e tentativas de silenciamentos.

Em relação ao comportamento dos usuários, explica Yasmin Curzi, outras medidas já vêm sendo adotadas por algumas plataformas para evitar postagem de conteúdos odiosos, por meio de nudges - caso do Instagram, na implementação de políticas anti-cyberbullying. Outra ação adotada tem sido remover contas consideradas inautênticas (chamados robôs) - o que também é significativo para diminuir ataques coordenados.

Yasmin Curzi

Pesquisadora do Centro de Tecnologia e Sociedade (CTS) da FGV Direito Rio..

Para agendar entrevistas com a pesquisadora Yasmin Curzi, acione a equipe da Insight.


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