Trabalhar ou estudar nos Estados Unidos? Entenda 5 pontos principais na mudança dos vistos

A busca de brasileiros por oportunidades acadêmicas e profissionais no exterior tem sido cada vez maior e os Estados Unidos continuam sendo o destino número um. Mas quem planeja estudar ou trabalhar no país em 2026 precisa redobrar a atenção, pois além do aumento na demanda, o processo de análise consular está passando por ajustes operacionais e prazos mais rigorosos.

Dados divulgados pelo Ministério das Relações Exteriores em 2025, estimam que 4,9 milhões de brasileiros eram residentes no exterior até 2023, um crescimento de aproximadamente 400 mil pessoas em relação ao ano anterior, número equivalente à população do 13º maior estado brasileiro, segundo o Censo 2022. As maiores concentrações estão nos Estados Unidos, Portugal, Paraguai, Reino Unido e Japão.

Para ajudar futuros intercambistas e profissionais a se prepararem, Marco Lisboa, CEO e fundador da Legale, rede especializada em assessoria para vistos internacionais, lista os cinco pontos fundamentais que devem orientar o planejamento de quem pretende solicitar vistos como F-1 (Estudante Acadêmico), J-1 (Intercâmbio), H-1B (Trabalho Especializado) e outros:

Prazos mais extensos

A recomendação é iniciar a preparação com pelo menos seis meses de antecedência e segundo Lisboa, o primeiro impacto percebido pelos brasileiros é o aumento no tempo de espera. “Os consulados vêm priorizando critérios de elegibilidade e documentação completa. Entrar com o processo o quanto antes é crucial, especialmente para quem depende de datas específicas, como início de semestre ou oferta de emprego. Contratar uma assessoria para esse processo pode agilizar várias etapas, poupar tempo e dinheiro”, explica.

Falta de documentação

Com maior rigor nas análises, qualquer inconsistência pode interromper o processo. O CEO da Legale reforça que declarações genéricas ou documentos incompletos são hoje um dos maiores riscos para esse público:

“Comprovação financeira, vínculos com o Brasil, carta da instituição, histórico acadêmico: tudo precisa estar impecável. Não basta ter a intenção, é preciso demonstrá-la documentalmente”, afirma Lisboa.

Cursos de curta duração x estudo formal

Muitas pessoas ainda confundem cursos livres com programas acadêmicos formais. Para estudar inglês, especializações rápidas ou workshops, o visto necessário pode ser diferente de um programa universitário. É essencial identificar a categoria correta antes de iniciar o processo: “Isso evita retrabalho e acelera a aprovação, por isso é tão importante buscar ajuda de profissionais qualificados nessa etapa”, diz o CEO de Legale.

Visto de trabalho tem processos mais complexos

A demanda global por vagas nos EUA segue alta, e isso afeta diretamente os vistos de trabalho. O preparo prévio do currículo, certificações e histórico profissional faz diferença na análise. “O profissional precisa comprovar qualificação e aderência à vaga, além de atender às exigências da empresa patrocinadora. A concorrência é grande e o processo é mais detalhado”, afirma Lisboa.

Regras de permanência e comprovação de retorno

Um ponto de atenção para 2026 é o foco na intenção de retorno ao Brasil. Mesmo para estudantes, o oficial quer ver laços fortes com o país de origem. Quem não comprova vínculos (familiares, financeiros ou profissionais) tem chances de negativa. Segundo o especialista, entender o que caracteriza essas relações e preparar provas antecipadamente ajuda a deixar o processo mais sólido. Lisboa explica que o cenário mudou, e a preparação precisa acompanhar essas alterações: “O visto nunca é apenas preencher um formulário. É estratégia, documentação e entendimento das exigências. Quem se antecipa evita erros e aumenta muito as chances de aprovação”, conclui.

Sobre a Legale

A Legale é uma rede de franquias especializada em assessoria para vistos, auxiliando quem deseja estudar, trabalhar, investir, morar ou apenas visitar o exterior. A rede oferece suporte completo para obtenção de vistos de turismo, residência e investimento em mais de 40 países, incluindo Estados Unidos, Canadá e México. O modelo de franquia permite atuação B2B e B2C, com foco em captação, consultoria e parcerias com agências de viagem. Para 2026, a Legale planeja abrir uma unidade em cada estado brasileiro.