6 coisas que você vai encontrar — ou não — ao migrar para outro país
Com 5,3 milhões de brasileiros vivendo no exterior, especialista alerta: o sucesso da vida fora do país depende menos da burocracia e mais da adaptação cultural e emocional
Milhares de brasileiros sonham em migrar para outro país em busca de novas oportunidades, qualidade de vida ou experiências internacionais. Mas nem tudo é como mostram as redes sociais quando o assunto é viver no exterior.
O número estimado de migrantes internacionais no mundo é de aproximadamente 304 milhões de pessoas, segundo a ONU e a Divisão de População da UN DESA, o equivalente a 3,7% da população global, refletindo o crescimento contínuo da migração.
Ao contrário do que muitos imaginam, adaptar-se a uma nova cultura está longe de ser um processo linear. O chamado choque cultural é uma reação psicológica e emocional vivida por quem se depara com costumes, valores e códigos sociais diferentes dos de origem, e pode afetar qualquer pessoa, independentemente de idade ou experiência internacional.
Pesquisadores identificam cinco estágios nesse processo: a fase de “lua de mel” (tudo parece positivo e empolgante), a crise (marcada por irritabilidade e críticas ao novo contexto), o ajuste (com maior equilíbrio), a adaptação multicultural e, finalmente, a sensação de pertencimento.
“O que vemos na prática é que muitas pessoas idealizam o processo migratório com base em viagens de férias ou até mesmo em conteúdos das redes sociais. A realidade, porém, é bem diferente: viver em outro país exige lidar com nuances culturais profundas, que vão desde um gesto que pode ser mal interpretado até visões distintas sobre pontualidade e hierarquia. Preparar-se para essas diferenças é tão essencial quanto organizar a parte burocrática”, explica o CEO da HAYMAN-WOODWARD, multinacional especializada em mobilidade global, Leonardo Freitas.
Um estudo com imigrantes universitários latino-americanos reforça essa percepção: a falta de preparo — especialmente de informações concretas sobre o país de destino — aumenta significativamente o estresse de adaptação.
5,3 milhões de brasileiros vivem no exterior: crescimento de mais de 800% em uma década
O movimento migratório brasileiro segue em expansão. Estimativas do Ministério das Relações Exteriores indicam que 5,3 milhões de brasileiros vivem fora do país em 2025, um crescimento de mais de 800% desde 2015. O aumento reflete a busca por segurança, melhores oportunidades, educação e estabilidade econômica.
Os destinos mais procurados são Estados Unidos (1,9 milhão de brasileiros), além de Portugal, Paraguai, Reino Unido e Japão.
"A maior parte dos brasileiros chega ao exterior preparada para resolver vistos e documentos, mas é pega de surpresa pelo dia a dia. São os pequenos detalhes, do jeito de se comunicar no trabalho à forma de fazer amizades, que definem se a experiência será positiva ou frustrante", destaca Leonardo.
O Brasil, por sua vez, também passou a atrair mais imigrantes: o número de residentes estrangeiros cresceu de 592 mil em 2010 para 1 milhão em 2022, segundo o Censo 2022 do IBGE, um aumento de 70%. Esse avanço é puxado, sobretudo, por imigrantes latino-americanos, especialmente venezuelanos (272 mil). A população da região saltou de 183 mil em 2010 para 646 mil em 2022.
“O exterior oferece, sim, oportunidades reais, mas também exige resiliência, preparo e uma dose de humildade. A vida fora não é melhor nem pior, é diferente, e compreender isso antes de partir faz toda a diferença”, observa Freitas.
Realidades que todo expatriado precisa conhecer
Leonardo Freitas identifica seis aspectos fundamentais que costumam surpreender quem decide viver no exterior:
- O choque cultural é real e tem fases definidas: a adaptação não é instantânea nem linear. Ela passa por etapas — do encantamento inicial à readaptação — e exige tempo, autoconhecimento e preparo emocional.
- Custo de vida baixo nem sempre significa economia real: Portugal, um dos destinos mais procurados por brasileiros, tem aluguel e alimentação relativamente acessíveis. Ainda assim, despesas como plano de saúde privado, escola internacional para os filhos e viagens frequentes ao Brasil podem elevar significativamente os gastos mensais. “Muitos clientes se encantam com países de custo de vida aparentemente mais baixo, mas esquecem de despesas obrigatórias, como seguros de saúde ou viagens periódicas ao Brasil. Um país pode ter aluguel acessível e, ao mesmo tempo, exigir seguros caríssimos. É preciso enxergar o todo”, alerta o CEO da HAYMAN-WOODWARD.
- Sistema de saúde “gratuito” é exceção: em Portugal, por exemplo, o Serviço Nacional de Saúde (SNS) é financiado por impostos e disponível a residentes, mas cobra taxas para alguns serviços, especialmente de estrangeiros sem acordo previdenciário. Para estudantes brasileiros, o atendimento pode sair mais caro que o de cidadãos locais, tornando o plano privado praticamente indispensável.
- O idioma local pode ser sua maior barreira (mesmo quando você “se vira”): conversar em situações cotidianas é muito diferente de lidar com contratos, entrevistas de emprego ou emergências médicas. A fluência prática e a compreensão das sutilezas culturais, como palavras de uso cotidiano, são essenciais para a integração.
- A solidão e a distância da família são desafios reais: videochamadas ajudam, mas não substituem a presença. Datas comemorativas e momentos importantes à distância exigem maturidade emocional, especialmente nos primeiros anos.
- O choque cultural reverso existe: ao retornar ao Brasil, muitos expatriados se sentem deslocados: percebem mudanças (ou a falta delas), estranham hábitos e enfrentam dificuldade de reconexão com familiares e amigos. É um processo que demanda o mesmo cuidado da ida.
O especialista reforça que o suporte profissional adequado vai além da assessoria legal. “Há quem volte ao Brasil após anos fora e se sinta deslocado. Essa transição — de ida ou de retorno — precisa ser acompanhada de perto, pois envolve identidade, propósito e pertencimento.”
Para Leonardo, “migrar pode ser uma experiência transformadora e enriquecedora, desde que feita com planejamento realista, preparo emocional e compreensão profunda das diferenças culturais e práticas que vão muito além do que aparece nos posts de Instagram”, finaliza.
HAYMAN-WOODWARD
Com quase 30 anos de experiência em mobilidade global, a HAYMAN-WOODWARD é referência em imigração, vistos, cidadania, realocação e planejamento tributário. Ao longo de sua trajetória, a empresa já obteve mais de 55.000 Green Cards aprovados, atendendo clientes em múltiplos continentes por meio de seus escritórios internacionais. Sob a liderança de Leonardo Freitas, especialista em relações governamentais, comércio internacional e mobilidade global, a HAYMAN-WOODWARD se destaca pela transparência, credibilidade e abordagem personalizada, oferecendo suporte integral a famílias, profissionais e investidores que buscam oportunidades de residência, trabalho ou cidadania no exterior. Além de serviços consultivos, a marca promove eventos e iniciativas de engajamento, como o “Café com Imigração”, conectando clientes a informações práticas e atualizadas sobre processos de realocação internacional. Com foco em qualidade, responsabilidade e experiência comprovada, a HAYMAN-WOODWARD combina conhecimento técnico, dados concretos e casos reais para apoiar a tomada de decisão de quem deseja expandir seus horizontes globalmente. Missão: Descomplicar o caminho para vistos, cidadania e realocação, oferecendo soluções globais alinhadas ao contexto brasileiro e às necessidades individuais de cada cliente.
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