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Disfunção neurovisual: você pode ter e não saber

  • Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por  Jurema Luzia Cannataro
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Desequilíbrio na capacidade de adaptação à luz provoca dificuldades de leitura e aprendizado, principalmente em crianças e adolescentes

“A pessoa pode ser diagnosticada com dislexia ou hiperatividade, quando na verdade seu cérebro não decodifica adequadamente os sinais enviados pelos olhos

Imagine que ao tentar ler suas mensagens no celular ou algum texto em papel ou no notebook as letras comecem a “dançar” ou fiquem embaralhadas ou borradas, a ponto de tornar a tarefa cansativa e difícil ou até mesmo impossível.

Cerca de 14% das pessoas de qualquer faixa etária enfrentam esse tipo de dificuldade diariamente, muitas vezes sem saber que a causa pode ser uma doença ainda pouco conhecida no Brasil: a Síndrome de Disfunção Neurovisual ou Síndrome de Irlen, como também é chamada.

Dores de cabeça frequentes, cansaço visual, desconforto em locais muito iluminados (fotofobia) e distorções na percepção de espaço e profundidade são outros sintomas geralmente decorrentes desse distúrbio.

“Às vezes a pessoa é considerada distraída, desatenta e desastrada ou mesmo diagnosticada como portadora de dislexia, déficit de atenção, hiperatividade e autismo, quando na verdade o que ela tem é um mau funcionamento na maneira como o cérebro decodifica os sinais visuais enviados pelos olhos”, esclarece a Dra. Wendy Falzoni, médica oftalmologista e responsável pelo Departamento de Disfunção Neurovisual (Síndrome de Irlen) da Vide Oftalmologia, em São Paulo/SP.

Por causa da dificuldade para ler e realizar outras atividades visuais, o portador da síndrome, sobretudo crianças em fase escolar e adolescentes, passam a apresentar problemas no processo de aprendizagem e de entendimento e retenção de informações, com consequências para sua autoestima e sociabilização que podem se refletir durante a vida toda, afetando seu desempenho e suas relações na escola, no trabalho, nas amizades e mesmo na família.

Como a pessoa enxerga dessa forma desde criança, por vezes ela não tem noção de que o mesmo não acontece com os demais.

O fato de que grande parte do público em geral ainda não tem conhecimento da doença, apesar de sua alta taxa de incidência, agrava a situação, pois a possível presença desse problema não é cogitada pelos pais ou educadores.

“A disfunção neurovisual manifesta-se em níveis variados, desde leves até bastante severos”, afirma a Dra. Wendy Falzoni. “Portanto, mesmo alguém que consiga ler, mas sinta desconforto ou tenha que fazer esforço extra durante essa atividade, pode ser portador desse distúrbio e beneficiar-se com os tratamentos disponíveis, que não envolvem o uso de medicamentos e nem a realização de cirurgias”.

Distúrbio não é diagnosticado em exames de rotina

Mesmo que já tenha passado por consultas com oftalmologistas, a criança ou adulto pode não saber que é portador dessa disfunção.

Isso porque ela não é diagnosticada num exame oftalmológico de rotina.

“Durante um exame oftalmológico normal, o médico mede o erro refracional (miopia, hipermetropia, astigmatismo ou presbiopia) e observa a presença de doenças restritas à região ocular”, explica a Dra. Wendy. “Mas essa disfunção acontece no circuito neurovisual. Não se trata de um problema ótico e sim de uma dificuldade do cérebro em processar informações visuais. A pessoa pode ter uma acuidade visual normal e mesmo assim apresentar a síndrome”.

Por isso, o diagnóstico exige que o oftalmologista tenha uma formação especializada, para aplicar exames e testes específicos.

Atualmente, no Brasil, ainda são muito poucos os médicos oftalmologistas e clínicas oftalmológicas com capacitação para realizar o diagnóstico e aplicar o tratamento necessário, que precisa sempre ser personalizado de acordo com o grau de dificuldade apresentado pelo paciente.

Para que o tratamento da Síndrome de Disfunção Neurovisual (Síndrome de Irlen) seja efetivo, principalmente no caso de crianças e adolescentes, é aconselhável recorrer a uma equipe multidisciplinar, que além do oftalmologista envolva também profissionais das áreas de psicopedagogia, psicologia, fonoaudiologia, etc.

É necessário que esses profissionais também busquem informações a respeito desse tema e façam cursos e formação específica para poder atender adequadamente os pacientes portadores da síndrome.

Tratamento: overlays e óculos espectrais

O tratamento da disfunção neurovisual baseia-se no uso de overlays (sobreposições) e/ou filtros espectrais, que efetuam um bloqueio seletivo da faixa de luz que atinge os olhos.

“Como a síndrome apresenta-se em graus diversos de comprometimento em diferentes pacientes, é preciso dimensionar esses filtros de maneira personalizada”, diz a Dra. Wendy Falzoni. “Em certas situações, pode-se prescrever apenas o uso de overlays, que são folhas transparentes com coloração específica que a pessoa sobrepõe ao papel ou à tela do computador, tablet e celular, para facilitar a leitura. Já, nos casos mais graves, é necessária a prescrição de óculos com filtros espectrais”.

O tratamento corrige o problema. Entretanto, a neuromodulação, ou seja, o processo de adaptação e resposta do cérebro ao uso de overlays e/ou filtros espectrais, não ocorre imediatamente, podendo levar várias semanas.

Por isso, os pacientes, em especial crianças ou adolescentes, continuarão a necessitar do apoio do pedagogo e psicoterapeuta para melhorar seu desempenho na leitura e aprendizagem.

A Dra. Wendy Falzoni é médica oftalmologista e responsável pelo Departamento de Disfunção Neurovisual (Síndrome de Irlen) da Vide Oftalmologia, em São Paulo/SP.


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