A nova inteligência corporativa une razão e emoção
Por Roberta Moreira Lima, fundadora e CEO da BeHeart*
A liderança baseada em pressão e controle está ruindo, e não por modismo, mas porque os dados mostram que ela é biologicamente insustentável. Por décadas, muitas empresas confundiram intensidade com produtividade, acreditando que cobrança constante e medo do erro geravam alta performance. Na prática, o resultado tem sido o oposto: líderes e equipes exaustos, sem criatividade e emocionalmente distantes. O estresse crônico compromete o foco, prejudica a empatia e interfere diretamente na tomada de decisão. Quando o cérebro opera em estado de ameaça, o pensamento estratégico se estreita, a capacidade de inovação diminui e a visão de longo prazo desaparece.
Um levantamento global publicado em 2025 na Scientific Reports analisou 1,8 milhão de sessões de biofeedback de variabilidade da frequência cardíaca (HRV) e identificou que emoções positivas estão associadas a maiores níveis de coerência cardíaca, um estado fisiológico de harmonia entre os sistemas cardiovascular e nervoso. Esse estado fisiológico promove clareza mental, estabilidade emocional e resiliência, enquanto emoções negativas desorganizam os padrões cardíacos e reduzem a capacidade cognitiva. Treinar esse estado de equilíbrio não é apenas uma questão de bem-estar, é uma estratégia de performance. Segundo o HeartMath Institute, técnicas de coerência emocional têm mostrado potencial para reduzir ansiedade, fadiga e sintomas depressivos em poucas semanas. Líderes que desenvolvem essa habilidade pensam melhor, decidem melhor e inspiram mais confiança.
Atualmente, a coerência emocional começa a ser reconhecida como uma competência estratégica. A nova NR-1, que inclui a proteção psicossocial na segurança do trabalho, mostra que o tema deixou de ser pauta exclusiva de RH e se tornou essencial para o sucesso organizacional. Empresas que adotam práticas de autorregulação emocional registram queda de afastamentos por estresse, maior engajamento e decisões mais equilibradas. Líderes emocionalmente estáveis estimulam ambientes criativos, colaborativos e sustentáveis, algo impossível em contextos dominados pelo medo e pela tensão.
Ainda há quem defenda que a liderança baseada em pressão gera resultados rápidos. É verdade, mas a que custo. Resultados impulsionados pelo medo têm prazo curto e raramente se sustentam. Sob ameaça constante, o corpo libera cortisol de forma contínua, bloqueando criatividade, aprendizado e capacidade de adaptação, habilidades essenciais para a inovação. Organizações que cresceram sob o mantra da produtividade a qualquer preço enfrentam hoje crises de engajamento, alta rotatividade e colapsos de saúde mental, evidenciando que esse modelo é insustentável a longo prazo.
A coerência emocional, por outro lado, é mensurável, treinável e gera resultados consistentes. Equipamentos de biofeedback permitem visualizar, em tempo real, a harmonia entre sistemas cardíaco e nervoso, oferecendo dados concretos sobre o equilíbrio fisiológico do líder. Líderes que aprendem a regular suas emoções, respirando de forma consciente, ajustando seu ritmo interno e reagindo com lucidez, não apenas protegem seu bem-estar, mas também beneficiam toda a equipe. Empresas que adotaram programas de coerência cardíaca registraram melhora significativa no clima organizacional, aumento da produtividade e redução de conflitos, mostrando que investir na inteligência emocional não é apenas uma questão de cuidado, mas uma estratégia de performance sustentável.
O futuro da liderança pertence a quem entende que o poder real não está em controlar, mas em equilibrar. Liderar é criar condições para que pessoas e processos alcancem seu máximo potencial de forma sustentável, inspirando confiança e cultivando engajamento. Organizações que priorizam coerência emocional formam líderes lúcidos, empáticos e resilientes, capazes de tomar decisões claras mesmo em crises. Liderar com coração e cérebro em harmonia não é fragilidade, mas estratégia, pois transforma pressão em criatividade, aprendizado e desempenho sustentável, construindo equipes motivadas, colaborativas e preparadas para os desafios de um mundo em constante transformação.
*Roberta Moreira Lima é publicitária e instrutora certificada pelo HeartMath Institute, especialista em coerência cardíaca, saúde emocional e bem-estar no ambiente corporativo. É fundadora CEO da BeHeart.
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