Fator pouco discutido que sufoca líderes intermediários e afeta equipes
Crise na média liderança ameaça empresas com 36% dos gestores esgotados
Pressionados entre as metas da alta gestão e as demandas diárias de suas equipes, os gestores intermediários estão chegando ao limite. Uma pesquisa de 2024 da meQuilibrium revela que 36% dos gestores relatam sentir-se esgotados e são 24% mais propensos a considerar deixar seus empregos nos próximos seis meses em comparação com os não-gestores. Este cenário expõe a fragilidade do elo que deveria ser o mais forte da corrente corporativa.
Para Bia Tartuce, mentora de líderes, de carreira, psicóloga e consultora de RH, esses números mostram um problema crônico: a falta de preparo para a função. “Promovemos excelentes técnicos por seu desempenho operacional e esperamos que, magicamente, se tornem grandes gestores de pessoas. A realidade é que eles se veem espremidos, no que chamo de ‘efeito sanduíche’: de um lado, a pressão por resultados que vem de cima; do outro, a necessidade de apoiar, motivar e resolver os problemas de um time cada vez mais diverso e exigente. Sem as ferramentas certas, o resultado é a paralisia, a ansiedade e o burnout”, analisa.
A situação é agravada pela falta de competências cruciais. Uma avaliação global da DDI com mais de 70.000 candidatos a gestor mostrou que 49% falham em demonstrar habilidades de gestão de conflitos e apenas 12% possuem alta proficiência na área.
O impacto vai além do indivíduo e contamina toda a organização. Um líder esgotado e despreparado não consegue engajar sua equipe, tem dificuldade em tomar decisões estratégicas e acaba se tornando um gargalo para a inovação. A consequência direta é o aumento da rotatividade e a queda na produtividade geral.
“As empresas precisam entender que investir na média liderança não é um custo, mas uma necessidade estratégica para a sobrevivência do negócio. Isso vai além de um treinamento pontual. É preciso criar uma cultura de segurança psicológica onde esse gestor possa admitir suas vulnerabilidades e ser capacitado em liderança humanizada. É capacitando essa camada que as empresas conseguirão, de fato, executar suas estratégias e cuidar de seu capital humano”, afirma a especialista.
O desafio é transformar o “chefe de departamento” em um verdadeiro líder-desenvolvedor de talentos. “A solução passa por programas de mentoria e desenvolvimento contínuo que preparem esses profissionais para os desafios reais da gestão de pessoas, garantindo não apenas a saúde do líder, mas a de toda a empresa”, finaliza Tartuce.
Sobre Bia Tartuce
Ana Beatriz Tartuce Jorge, mais conhecida como Bia Tartuce, é mentora de líderes e de carreira, consultora de negócios em RH e psicóloga. Possui 30 anos de atuação no mundo corporativo em grandes empresas, como Lufthansa, Grupo Servenco, Souza Cruz, Zara, Bravante, Limppano, entre outras empresas.
É formada em Psicologia pela UFRJ, possui MBA em Gestão de Pessoas, Gestão Empresarial pela FGV-RJ e em Modelagem da Cultura Organizacional. Também é coach pela Sociedade Brasileira de Coach (SBC) e pelo Pro Fit.
Criadora do método E.L.O Reescreve, baseado em sua própria experiência, ajuda profissionais a fazerem transição de carreira baseadas em uma jornada de psicologia, método e propósito.
Sua prioridade é gente. "Meu coração bate forte, meu olho brilha quando vejo a transformação na vida de alguém que eu pude orientar, ajudar a decidir. Sei que dentro de cada um tem um pouquinho de mim."
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