O futuro da economia criativa com IA ainda depende da atuação humana IA e econ
* João Pedro Novochadlo é CMO e cofundador da DUX, fintech brasileira dedicada à economia criativa, que promove inclusão financeira e valorização de talentos culturais por meio da tecnologia blockchain. Curitibano premiado quatro vezes pelo BRICS nas categorias Future Maker e Young Innovator, Novochadlo é reconhecido por transformar empatia em inovação inclusiva.
Vivemos um momento decisivo: a inteligência artificial, longe de ser inimiga dos criadores de conteúdo, já se mostra uma aliada estratégica para a economia criativa. Ao ampliar produtividade, escala e inteligência de dados, ela permite que talentos autorais monetizem melhor sua arte e operem com mais eficiência. O desafio, agora, é garantir que essa transformação seja ética, inclusiva e centrada no criador.
Pesquisas recentes mostram que o uso de IA generativa em fluxos criativos pode aumentar a produtividade de artistas e elevar a qualidade percebida por seus pares. Uma revisão científica apontou que, embora os modelos sejam capazes de produzir imagens, textos e músicas, a criatividade artificial ainda exige direção humana, especialmente para gerar inovação real.
Em experimentos internacionais com mais de 800 participantes, foi observado que a introdução de ideias da IA pode aumentar a diversidade cultural em processos coletivos, embora nem sempre eleve a originalidade individual. Há também alertas relevantes: em contextos como o design, o uso automático de sugestões visuais da IA pode induzir fixações criativas e limitar a originalidade se não houver consciência crítica.
No Brasil, o cenário é fértil. A economia criativa representa 3,6% do PIB, segundo levantamento da Firjan, e cresce acima da média nacional no emprego formal. Mais de 70% das empresas do país já adotaram algum tipo de inteligência artificial em 2024, frente a 55% no ano anterior. A capacidade brasileira de produção acadêmica também impressiona: o país publicou mais de 6.300 estudos sobre IA entre 2019 e 2023, entrando no ranking das 20 nações com maior volume científico na área.
Para que a IA seja, de fato, uma aliada da criatividade, é necessário garantir transparência na autoria, inclusão de diferentes culturas nos dados que treinam os modelos, formação crítica para quem cria e marcos regulatórios à altura da inovação. A ANPD já caminha nessa direção, ao incluir governança de IA e biometria em sua Agenda Regulatória 2025–2026, mas o ritmo das decisões precisa acompanhar a velocidade da tecnologia.
No entanto, mais do que debates técnicos, é preciso aproximar a IA das dores e desejos reais de quem vive da criatividade. Muitos criadores enfrentam instabilidade financeira, excesso de tarefas operacionais e dificuldade de mensurar seu próprio valor de mercado. É nesse ponto que soluções inteligentes podem fazer diferença prática, e rápida. A DUX, por exemplo, aplica inteligência artificial para analisar contratos e prever performance, permitindo que criadores antecipem seus recebíveis com mais segurança e autonomia. Tudo isso com validação humana e taxas justas, mantendo o criador no centro do processo decisório.
Além da antecipação financeira, o uso ético da IA pode ajudar criadores a precificar melhor seu trabalho, identificar padrões de consumo e otimizar entregas personalizadas para públicos diversos. Ao transformar dados em decisões, a tecnologia assume seu papel mais nobre: ampliar as possibilidades humanas, sem substituí-las.
Outro ponto-chave é o papel da IA na distribuição de conteúdo. Plataformas de streaming, redes sociais e marketplaces já utilizam algoritmos para definir o que aparece para quem, e com que frequência. Criadores que compreendem essas dinâmicas algorítmicas e adaptam sua produção sem abrir mão da autenticidade tendem a alcançar resultados mais consistentes. Nesse contexto, a IA não atua apenas como ferramenta de criação, mas também como mediadora de visibilidade, exigindo novos códigos de leitura crítica e estratégias autorais.
Vale lembrar que a IA, como toda ferramenta, reflete quem a utiliza. Se usada de forma concentradora e opaca, ela tende a reproduzir desigualdades e silenciar vozes periféricas. Por isso, cabe aos criadores exigir transparência sobre os dados usados nos modelos e participar ativamente das discussões sobre direitos autorais, remuneração e propriedade intelectual.
Na prática, essa participação já começa a acontecer. Coletivos artísticos, instituições de pesquisa e startups de impacto vêm articulando propostas para marcos legais mais justos, modelos de licenciamento ético e plataformas que remunerem adequadamente o uso de obras derivadas. A própria DUX tem se posicionado como ponte entre criadores e tecnologia, ajudando a transformar a inteligência artificial em ferramenta de inclusão financeira e de valorização autoral.
A revolução tecnológica não é apenas técnica, é cultural. E isso exige, além de inovação, responsabilidade. Iniciativas como formação de labs criativos com IA, editais públicos que incentivem uso ético de tecnologia e programas de capacitação para creators periféricos são caminhos promissores. A IA precisa ser democratizada desde a base, com ferramentas acessíveis e linguagem descomplicada. Criatividade não pode ser privilégio de quem domina código.
A inteligência artificial não precisa substituir ninguém. Quando usada com consciência e intencionalidade, ela amplia o campo de possibilidades da criação. O futuro da economia criativa será mais inteligente, e também mais humano, se os criadores forem os protagonistas dessa transformação.
* João Pedro Novochadlo é CMO e cofundador da DUX, fintech brasileira dedicada à economia criativa, que promove inclusão financeira e valorização de talentos culturais por meio da tecnologia blockchain. Curitibano premiado quatro vezes pelo BRICS nas categorias Future Maker e Young Innovator, Novochadlo é reconhecido por transformar empatia em inovação inclusiva.
Mestre em Empreendedorismo Social pela Universidade de Southern California e especialista em tecnologia com foco em impacto social. Foi Head de Marketing da plataforma Sócios.com e Diretor de Inovação, Marketing e Comunicação do Club Athletico Paranaense. Fundador da startup de tecnologia assistiva Veever, também liderou a iniciativa educacional DescentraEduca e atua como consultor de tecnologia para a Agência Curitiba de Desenvolvimento e Inovação (Ag.cwb).
Sobre a DUX: fundada em 2020, a DUX é uma fintech que oferece soluções financeiras inovadoras para a economia criativa. Com foco inicial em antecipação de recebíveis, a empresa atende criadores de conteúdo, agências, produtoras, músicos e artistas visuais por meio de uma plataforma digital simples, rápida e segura. Utilizando inteligência artificial e estrutura regulada, a DUX antecipa contratos performados em até 24 horas, com taxas competitivas e validação humana. Em apenas quatro meses, movimentou mais de R$ 15 milhões em contratos, com uma inadimplência inferior a 0,1% e demanda reprimida superior a R$ 100 milhões. Seu objetivo é se consolidar como a principal infraestrutura financeira da economia criativa, conectando dados, liquidez e inteligência para quem vive da criatividade.
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