Empresas brasileiras aceleram a inovação: quais tecnologias investir para impulsionar o negócio

As máquinas de produção marcaram a virada da Revolução Industrial. Com o surgimento do tear mecânico e da máquina a vapor no século XVIII, a manufatura em escala se tornou possível e deu origem às primeiras fábricas modernas. A economia mundial mudou e o trabalho passou a depender cada vez mais das engrenagens.

Mais de dois séculos depois, a transformação continua, agora guiada pela automação e pela inteligência das máquinas. O mercado global de maquinário industrial, estimado em US$ 714 bilhões em 2024, deve ultrapassar US$ 1,6 trilhão até 2034. Essa nova etapa consolida uma indústria em que eficiência e tecnologia caminham lado a lado.

Principais máquinas por segmento industrial

O setor industrial é vasto, e cada segmento conta com equipamentos essenciais para garantir produtividade e segurança. No Brasil, alguns dos principais exemplos que sustentam a produção nacional incluem:

- Barreiras sanitárias: em setores como alimentos e fármacos, higiene é questão de saúde pública. Barreiras sanitárias evitam contaminações por meio de pias automáticas, lavadores de botas e portais inteligentes que liberam o acesso apenas após a higienização.

- Frigoríficos: o Brasil é destaque mundial na produção de carnes. Máquinas como serras-fita, esteiras de aço inox e túneis de congelamento garantem cortes precisos, transporte contínuo e preservação do produto para exportação.

- Alimentos e embutidos: a produção de massas, molhos e linguiças exige eficiência e padronização. Misturadores, embutideiras automáticas e seladoras tornam o processo mais rápido, seguro e adequado ao consumo de alimentos prontos.

- Laticínios: o leite requer controle rigoroso e total higiene. Tanques de resfriamento, pasteurizadores e máquinas de envase asséptico preservam o frescor, evitam contaminações e mantêm a qualidade do produto final.

- Fármacos e hospitalares: na indústria farmacêutica, as máquinas seguem normas GMP. Reatores, envasadoras assépticas e autoclaves asseguram pureza em vacinas e medicamentos, reforçando a segurança e a credibilidade dos processos.

Automação redefine prioridades no setor

Os avanços tecnológicos vêm otimizando os meios de produção em todas as frentes da indústria. A inteligência artificial (IA), por exemplo, já faz parte da rotina de 67% das empresas do setor.

Da análise precisa de dados à execução de tarefas perigosas e repetitivas, a automação industrial já trouxe ganhos consideráveis em eficiência e custo operacional. Entre os principais exemplos estão:

- Controlador Lógico Programável (CLP): atua como o cérebro da automação, processando dados de sensores e controlando motores e válvulas automaticamente.

- Interface Homem-Máquina (IHM): conecta operador e sistema, exibindo informações em tempo real e permitindo comandos diretos.

- Rádios industriais: garantem comunicação sem fio entre máquinas em locais amplos ou de difícil cabeamento, mantendo o fluxo de dados em toda a planta.

- Sensores: funcionam como os sentidos do sistema, captando temperatura, pressão e presença. Convertem essas medições em sinais elétricos para ajustes automáticos e controle de qualidade.

- Softwares industriais: monitoram e integram a automação, controlando CLPs e IHMs, gerando relatórios e análises de desempenho em nuvem.

- Robôs colaborativos: interagem com operadores de forma segura, executando tarefas repetitivas ou de precisão. Compactos e fáceis de programar, aumentam a produtividade sem comprometer a segurança.

Indústria 5.0: o futuro da produção já começou

A automação industrial inaugurou uma nova era nas fábricas. Esses sistemas tornaram possível produzir com mais velocidade, segurança e consistência, abrindo caminho para a próxima revolução.

Segundo o portal A Voz da Indústria, a indústria 5.0 é essa nova fase que recoloca o ser humano no centro do processo produtivo, agora em parceria com máquinas inteligentes. O objetivo é unir o raciocínio humano à tecnologia, criando operações mais flexíveis e sustentáveis.

As fábricas do futuro combinam automação com personalização, produzindo em escala, mas com atenção às demandas específicas de cada cliente. Essa integração promete mais qualidade, menos desperdício e ambientes de trabalho mais seguros.

No Brasil, especialistas apontam que a transição já está em andamento, incluindo tecnologias como IA, Internet das Coisas (IoT) e robótica. Trata-se de uma mudança cultural, em que inovação e empatia caminham juntas para moldar o futuro da produção.