Rogério Bravo no Seguro Sem Mistério: candidatura ao Sincor-SC pela Chapa 01

No mais recente episódio do programa Seguro Sem Mistério, gravado no estúdio de Florianópolis, a apresentadora Júlia Senna recebeu Rogério Bravo, candidato à presidência do Sindicato dos Corretores de Seguros de Santa Catarina pela Chapa 1. Com 42 anos de mercado e três décadas de atuação associativista, Rogério apresentou sua visão sobre os desafios e oportunidades para a entidade. A eleição encerra no dia 26 de novembro.

Do Bamerindus à corretagem: uma trajetória de aprendizado

Rogério Bravo iniciou sua carreira profissional em 1983 no Bamerindus Seguros, em Londrina. “Eu sou Bamerindus e quem é Bamerindus é Bamerindus para sempre. É uma escola incrível“, afirmou. Começou no departamento de sinistro, liquidando sinistros de DPVAT, e transitou por diversas cidades do Paraná, incluindo Cascavel, até ser transferido para Florianópolis.

Em 1994, diante da escolha entre uma transferência para São Paulo ou a terceirização, optou por montar sua própria corretora. “Tinha três filhos muito pequenos. Não achei que seria certo ir para uma cidade muito grande“, explicou. Foi nesse momento que também iniciou sua jornada no associativismo, que já dura três décadas.

Rogério destaca que a transição de segurador para corretor trouxe desafios, especialmente na gestão. “Como funcionário de seguradora, temos muitos predicados, mas também muitas dificuldades, principalmente na questão de gestão“, relatou. A busca por capacitação levou-o à associação comercial e ao Sebrae, onde aprendeu que “o corretor precisa ser um empresário, precisa pensar como empresário, não como corretor“.

Proximidade com o corretor: o principal desafio

Atualmente segundo vice-presidente do Sincor-SC, Rogério identifica como maior desafio da entidade a aproximação com os corretores. “O colega corretor não tem esse espírito de pertencimento. Nós vemos um grupo de colegas que sempre participaram, mas está hoje afastado. É em busca deles que precisamos ir“, destacou.

Os números ilustram o desafio: dos aproximadamente 6.000 corretores no Estado (dado coletado pela Susep), cerca de 2.000 são filiados e apenas 600 são associados ativos, representando em torno de 10% da categoria. “Temos muito trabalho. Primeiro identificando, depois reconquistando aqueles que foram embora e conquistando aquele espaço com aqueles que não conhecemos“, afirmou.

Para enfrentar esse desafio, a Chapa 1 desenvolveu uma estratégia territorial baseada na experiência de Rogério no associativismo. “Dividimos o Estado em onze áreas, escolhendo em cada região um colega com perfil colaborativo para fazer o desenvolvimento do projeto“, explicou. A proposta é desmistificar a ideia de que “o Sincor é de Blumenau” e levar a entidade para todo o Estado, respeitando as particularidades de cada região.

Propostas: defesa, capacitação e representatividade

As propostas da Chapa 1 se fundamentam no artigo terceiro do estatuto do Sincor, que estabelece três pilares: representatividade, assistência jurídica e capacitação. “Esse é um tripé que vai fazer com que tenhamos todos os subsídios para um bom plano de trabalho“, afirmou Rogério.

Na área de capacitação, a proposta inclui fortalecer a parceria com a Escola Nacional de Seguros (ENS), que oferece 30% de desconto para associados e cursos gratuitos, além de trazer o Sebrae para capacitação em gestão. “O corretor precisa se enxergar como empresário“, reforçou.

Quanto à assistência jurídica, Rogério enfatiza que não se trata de convênio, mas de obrigação estatutária. “Estamos num momento bem crítico com a lei do seguro. O corretor está muito exposto. Precisamos fazer com que ele enxergue isso e desenvolver essa área“, alertou.

Sobre o corretor do futuro, Rogério é direto: “Necessita urgentemente de atualização em tecnologia. O corretor que não aprender a utilizar ferramentas como inteligência artificial vai ter dificuldade muito grande. A tecnologia faz toda a diferença para o alcance com o consumidor.”

A Chapa 1 conta com 40 pessoas, sendo aproximadamente 10 mulheres em posições de liderança no Conselho Fiscal, diretoria executiva e delegacias regionais. “É a chapa mais feminina que já existiu na história do Sincor. Temos mulheres de personalidade forte e comprometidas, além de jovens, porque a ideia é fazer uma transição“, destacou Rogério.

Quando perguntado sobre o que define a Chapa 1, Rogério resume em uma palavra: “Renovação“. E explica: “Faço parte de um grupo que quer fazer a renovação, não retroagir. Queremos fazer alguma coisa e passar o bastão para frente. Minha passagem pela presidência passa por uma renovação, e quando eu passar, vou dar espaço para outro. Esse é o conceito. Isso é inovação.”