Brasil,

O papel da mulher no mercado de trabalho: expectativas e tendências

  • Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por  Bárbara Correa
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*Renata Seldin

O que se espera de um colaborador? Ser pontual, entregar mais do que esperado, vestir a camisa. E se for uma colaboradora mulher?

Acrescente à lista: vestir-se de forma “adequada”, “ser forte” e encarar as coisas “como um homem”. Não se ausentar em períodos de forte crise menstrual. Fazer vista grossa para alguns comentários e comportamentos inadequados.

Em muitos ambientes, é isso que se espera das mulheres: que deixem parte de quem são na porta e entrem descomplicadas, neutras, produtivas e que não criem problemas. É justamente desse padrão de exigência e silêncio que nasce boa parte da violência que mulheres enfrentam no trabalho.

Essa violência não é só o assédio ou o comentário inadequado. Às vezes, é a reunião em que se tenta falar e não consegue. O chefe que sabe exatamente como desestabilizar. O olhar que diminui. A promoção que não vem. O salário menor do que o do colega.

Para quem já precisou sobreviver a outros medos, dentro e fora da vida profissional, cada microagressão desperta gatilhos que não desligam tão facilmente. E é aí que a violência se encontra com o burnout.

Pesquisas recentes mostram que trabalhadores expostos à violência psicológica têm risco significativamente maior de desenvolver burnout. Não é difícil entender o porquê. Quando o corpo aprende a sobreviver, ele não sabe mais relaxar, a mente se acostuma a mapear perigos, o ambiente reforça a sensação de desproteção, a exaustão deixa de ser fase e vira modo de existência.

No dia 25 de novembro, Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres, costuma-se falar das agressões mais explícitas. Mas é preciso lembrar que muitas mulheres adoecem silenciosamente dentro de empresas que não reconhecem a violência que se infiltra nas entrelinhas, seja moral, emocional, institucional ou estrutural.

Falar sobre isso é importante porque o ambiente de trabalho continua sendo um dos espaços onde a violência contra mulheres se reproduz com maior sutileza e menor responsabilização. Reconhecer isso não é fragilidade. É responsabilidade corporativa. Ao lembrar que violência também se mede em interrupções, em silenciamentos, em pequenas erosões diárias da nossa voz, pode-se construir ambientes seguros, lutando por dignidade, autonomia e futuro.

No 25/11 e em todos os outros dias, abordar esse tema é um convite para que profissionais mulheres possam existir inteiras, sem precisar esconder os traumas e viver no silêncio. Para que o trabalho deixe de ser mais um território de sobrevivência e possa, finalmente, ser um espaço de vida, onde todos vivem seu propósito de forma plena.

* Renata Seldin é doutora em Gestão da Inovação, com mais de 24 anos de experiência como executiva em consultoria de gestão. Autora de “As perdas no caminho: em busca de uma família”, ministra palestra sobre temas relacionados à igualdade de gênero no ambiente de trabalho e ao planejamento familiar.


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