O dilema dos CIOs na era dos agentes de IA: controle ou colaboração?
Por Danilo Bordini, Vice Presidente de MuleSoft para a América Latina na Salesforce
Estamos em um momento decisivo para os negócios com a chegada dos agentes de inteligência artificial (IA). A evolução do estado generativo da tecnologia para o atual, também conhecido como “agêntico”, permite que a IA possa, de fato, decidir, agir e gerar resultados de forma autônoma, sem precisar de intervenção humana constante.
Pode parecer uma evolução trivial – até intuitiva, se observarmos os feitos e a popularização da IA generativa em tão pouco tempo. Na prática, a mudança vai transformar a maneira como trabalhamos e como operam empresas de diversos setores. O consenso já se faz presente na mesa dos tomadores de decisão de tecnologia: 84% dos CIOs em todo o mundo acreditam que a IA será tão importante para os negócios quanto a popularização da Internet no final dos anos 90, segundo um levantamento recente da Salesforce.
Para extrair o máximo dos agentes de IA, esses decisores precisam separar o joio do trigo em termos de qualidade e produtividade – afinal, as ofertas de IA são muitas e as complexidades da tecnologia não são poucas. Nesse sentido, acredito que alguns pilares estratégicos são primordiais nessa busca:
Primeiro, é preciso desenvolver uma abordagem estratégica (e integrada) de IA. Em vez de buscar projetos isolados com a tecnologia, CIOs devem adotar uma abordagem centrada em padrões, que identifique processos comuns em toda a organização para garantir que a tecnologia seja escalável. A IA precisa ser tratada como uma camada de inteligência em vez de apenas uma ferramenta de nicho, usada superficialmente. Para isso, é preciso incentivar uma cultura de experimentação de cima para baixo.
Depois, é necessário estabelecer uma fundação de dados. A eficácia de uma IA – o que também vale para os agentes – sempre estará diretamente ligada aos dados que ela pode acessar. Portanto, as organizações precisam de um sistema que conecte os dados comerciais mais valiosos aos metadados, garantindo aos agentes todo o contexto de que precisam. Outro fator importante é a padronização desses dados: os CIOs precisam liderar iniciativas para garantir que os dados estejam limpos, consistentes e disponíveis, eliminando silos e modernizando a infraestrutura.
Parece repetitivo, mas é necessário reforçar: a IA precisa ser usada de forma responsável e ética. Nesse sentido, criar confiança na tecnologia é fundamental. Ela é construída com base na transparência (ver o que o agente fez), na explicabilidade (entender por que ele faz) e no controle (saber o que ele vai fazer em seguida).
Outro ponto relevante é o alinhamento das iniciativas de IA com as metas de negócios da empresa. A proficiência técnica, por si só, não é suficiente; os CIOs precisam garantir iniciativas com metas relacionadas aos objetivos do negócio que estão operando. É necessário articular claramente de que maneira a IA impulsiona o crescimento, aumenta a eficiência e melhora as experiências de clientes e funcionários. Ao focar em resultados tangíveis, os decisores podem demonstrar que a IA é um ativo estratégico, e não só mais uma novidade trivial.
Além disso, o elemento humano da IA é fundamental. Os CIOs precisam trabalhar como educadores em suas organizações, lidando proativamente com a resistência cultural e promovendo a inovação. As preocupações são naturais, e precisam ser abordadas para explicar como a IA pode nos permitir focar em atividades mais estratégicas, criativas e de mais valor agregado. Isso também está atrelado à requalificação e ao aprimoramento contínuo da força de trabalho, fator essencial quando falamos de uma tecnologia em constante evolução.
Por último, a colaboração entre IA e pessoas precisa ser incentivada. Para liberar todo o potencial dos agentes, os CIOs precisam adotar uma abordagem estratégica, holística e centrada nos seres humanos. Ao integrar a IA aos dados e à automação e adotar um futuro em que a IA e a inteligência humana trabalhem de forma colaborativa, os CIOs poderão navegar pelas complexidades, promover a inovação e levar suas organizações a uma eficiência sem precedentes e ao sucesso no longo prazo.
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