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O futuro dos conselhos: por que o RH será indispensável na estratégia corporativa

  • Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por  Jaqueline da Mata
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*Por Leandro Souza de Pinho

Os conselhos vivem uma virada estrutural. A pressão por resultados continua, mas forças tecnológicas, sociais e culturais exigem decisões que considerem o capital humano com a mesma seriedade dos números. Digitalização, ESG, bem-estar, propósito e agilidade deslocaram o RH de área de suporte para parceiro estratégico do board, com influência direta no rumo das companhias.

O contexto de volatilidade, incerteza e complexidade deixou de ser conceito e virou rotina. O antigo RH administrativo cedeu espaço a pautas de decisão de Conselho: sucessão, cultura, liderança e desenho organizacional.

A disputa por talentos tornou urgente mapear habilidades críticas, investir em aprendizado contínuo e alinhar propósito, desenvolvimento e flexibilidade. People analytics passa a ser ferramenta de governança: identifica lacunas, prevê turnover, mede engajamento e orienta decisões com base em dados.

Diversidade e inclusão também migraram do campo reputacional para o de desempenho. Estudos da McKinsey e BCG mostram que empresas com lideranças diversas apresentam melhores resultados financeiros e mais inovação. Casos como Magazine Luiza, Natura&Co e Petrobras demonstram avanços concretos impulsionados por metas e políticas consistentes.

Cultura e governança são indissociáveis. Cultura é o que guia as decisões quando ninguém está olhando; governança é o que garante coerência entre discurso e prática. Sem essa harmonia, a execução falha; com ela, a estratégia ganha tração.

A busca por resultados imediatos não pode ignorar o custo humano. Bem-estar, engajamento e rotatividade afetam produtividade, reputação e valor de longo prazo. Cabe ao RH fornecer ao Conselho dados sobre saúde organizacional, custo de substituição e riscos de burnout, permitindo equilibrar performance e sustentabilidade.

A tecnologia também exige supervisão ética. IA e automação transformam recrutamento, avaliação e desenvolvimento, mas demandam transparência e proteção de dados. Boards precisam compreender essas fronteiras para governar com responsabilidade.

Para a próxima década, conselhos preparados serão aqueles que incluírem competências humanas em sua composição e derem voz formal ao CHRO nas discussões estratégicas. É hora de monitorar indicadores de engajamento, diversidade, clima e prontidão de competências com o mesmo rigor aplicado aos resultados financeiros, estruturando sucessões sólidas e tratando cultura como ativo mensurável.

Governança efetiva nasce quando o RH ocupa o centro da estratégia. Boards que não incorporarem pessoas, cultura e liderança estarão despreparados para o que vem. O passo seguinte é claro: trazer o RH para o coração das decisões, onde a estratégia encontra a execução, porque nenhum plano se sustenta sem gente capaz de torná-lo real.

*Leandro Souza de Pinho | Conselheiro Deliberativo da da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH-MG), Presidente do Conselho de RH da ACMinas e Superintendente de RH no Verdemar


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