Menos de 15% das empresas atinge metas financeiras sem IA generativa, revela estudo Bain
Estudo revela que IA generativa já transforma planejamento financeiro, com adoção acelerada por CFOs e potencial de ganhos exponenciais em agilidade e precisão
Apenas 13% das empresas atingem consistentemente seus objetivos de planejamento financeiros sem o auxílio da tecnologia. Em resposta à crescente volatilidade econômica, a IA generativa e agentiva emerge como um imperativo para o setor, com 97% das empresas testando a IA generativa em algum nível, marcando um dos ritmos de crescimento mais rápidos e acelerados entre todas as funções empresariais no último semestre do ano.
“O que isso significa? Que essa transformação vai além da automação. Trata-se de uma revolução do planejamento financeiro, tornando-o contínuo e preditivo. Com isso, pedir ao sistema financeiro, em linguagem simples, para atualizar sua previsão do quarto trimestre com base nos dados mais recentes de vendas e do mercado e receber, em poucos minutos, uma resposta totalmente modelada e ajustada ao risco não é um desejo para o futuro, mas uma realidade atual. Sem planilhas, sem gaps de informações entre setores, sem atrasos”, explica Lucas Brossi, líder da prática de Inteligência Artificial na Bain América do Sul.
Agentes nativos de IA para sistemas de planejamento de recursos empresariais (ERP), já compreendem estruturas financeiras corporativas, fluxos de trabalho e direitos de decisão. Um exemplo é o FinRobot, da AI4Finance, lançado recentemente. Ele utiliza agentes integrados que analisam e atuam sobre dados em tempo real dentro do próprio ERP, automatizando ciclos de planejamento e acionando fluxos de trabalho interfuncionais.
Os sistemas de orçamento mais antigos não acompanharam a volatilidade atual. Choques inflacionários, interrupções na cadeia de suprimentos e mudanças nas preferências dos clientes expõem os riscos de confiar em planejamentos rígidos. No entanto, muitas equipes de planejamento e análise financeira (FP&A) ainda estão presas a ciclos longos que não acompanham o ritmo das mudanças. Os relatórios chegam desatualizados aos tomadores de decisão, e replanejar é tão trabalhoso quanto orçar. Por isso, CFOs de todo o mundo apontam o FP&A como sua principal prioridade de transformação.
“As equipes financeiras demandam precisão, rapidez, flexibilidade, inovação e equilíbrio entre valor e custo. A IA generativa não só melhora a precisão das previsões, ao identificar padrões em grandes volumes de dados, mas também permite que o sistema incorpore análises de informações não estruturadas, como notícias de mercado e mensagens internas, tornando as previsões mais ricas e dinâmicas”, explica o especialista.
Se por um lado muitas empresas já usam aprendizado de máquina (ML) em seu planejamento financeiro para aumentar a precisão das previsões ao identificar padrões em grandes volumes de dados, por outro, as limitações do ML requerem ajuste prévio, dados bem estruturados e supervisão técnica. Agora, de maneira complementar, os agentes de IA revolucionam o planejamento ao gerenciar todo o fluxo de previsão e ir além já que podem limpar e importar dados, selecionar o modelo de previsão , gerar resultados e emitir alertas ou sugerir realocações orçamentárias. Interações como essa permitem transformar o planejamento em um processo contínuo e colaborativo. Um exemplo é o da organização financeira da Microsoft, que utiliza agentes de IA em suas funções centrais de FP&A, substituindo modelagens em Excel por plataformas no-code e reduzindo tempos de ciclo de horas para minutos.
Mesmo com todos esses recursos, é importante salientar que a autonomia não significa ausência de supervisão humana. A governança continua essencial mesmo com a adoção de IA em escala, especialmente em relação à origem dos dados, à supervisão dos modelos e à responsabilidade pelas decisões. Os agentes de IA devem ser auditáveis, testados contra vieses e alinhados ao perfil de risco da empresa. O objetivo é inteligência aumentada, não automação sem controle.
A Bain identifica três caminhos para que as organizações modernizem o FP&A: simplificando processos e dados, aprimorando-os com IA ou reinventando o planejamento do zero.
A simplificação visa velocidade ao reduzir a complexidade. “Muitas empresas levam meses para montar um plano anual, que já nasce obsoleto. Reduzir detalhes desnecessários, ordenar melhor as etapas e automatizar tarefas, como conciliações, pode acelerar muito o ciclo de planejamento”, detalha Brossi. Ao permitir insights mais profundos e respostas mais rápidas, a IA generativa permite aprimorar substancialmente o trabalho, liberando analistas de compilar relatórios manuais e liberando-os para dedicarem-se às decisões estratégicas. As empresas já podem avaliar o uso de IA generativa para simulações, alertas e resumos narrativos semanais. A terceira via, da reinvenção, exige repensar o modelo operacional como um todo, bem além da tecnologia. “Algumas empresas têm abandonado orçamentos fixos e adotado previsões contínuas baseadas em eventos. Essa reinvenção começou em 2006, antes mesmo das tecnologias atuais de IA, mostrando como um redesenho ousado de processos pode gerar agilidade”, reforça o sócio da Bain.
No cenário atual, o planejamento dinâmico está se tornando a nova norma. A distância entre empresas presas a ciclos rígidos e aquelas que adotam planejamentos inteligentes, contínuos e integrados à IA tem crescido rapidamente. Os líderes que experimentarem a IA com ousadia e desenharem sistemas voltados para adaptabilidade serão os responsáveis por definir o futuro das finanças na próxima década. O grande benefício? Planejamento mais ágil, menos trabalho reativo e decisões mais rápidas alinhadas aos objetivos do negócio.
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