Como saúde emocional e neurociência fortalecem a competitividade empresarial
Por Rico Araujo, CEO da PX/Brasil e Conselheiro de Inovação*
A pressão por resultados imediatos, somada à velocidade das transformações tecnológicas e sociais, tem levado as empresas a repensar suas bases de competitividade. A eficiência operacional, antes vista como fator decisivo, já não é suficiente para sustentar crescimento em um ambiente de mudanças constantes. Cada vez mais, líderes empresariais reconhecem que o bem-estar emocional das equipes é determinante para manter a capacidade de inovar, atrair talentos e se adaptar a novos cenários de mercado.
Durante entrevista ao Inovatalks, Ruy Shiozawa, sócio do Great Place to Work Brasil e sócio fundador da Great People, destacou que organizações mais preparadas para o futuro serão aquelas capazes de cuidar de seus times com profundidade e embasamento científico. A proposta é ir além do ambiente agradável e adotar práticas baseadas em dados e indicadores confiáveis.
Um dos diferenciais apontados por Shiozawa é o uso da neurociência da linguagem como ferramenta de monitoramento emocional. Segundo ele, assim como exames de sangue antecipam riscos físicos, padrões de comunicação podem revelar sinais de estresse, queda de engajamento ou risco de depressão. A análise de textos, áudios e vídeos permite mapear variáveis que ajudam empresas a agir preventivamente, em vez de apenas reagir a crises já instaladas.
Globalmente, estima-se que 12 bilhões de dias de trabalho são perdidos todos os anos para depressão e ansiedade a um custo de US$ 1 trilhão por ano em perda de produtividade, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Esse cenário evidencia a urgência de soluções preventivas que combinem ciência e gestão de pessoas para reduzir impactos tanto sociais quanto econômicos.
Por décadas, as empresas atuaram de forma reativa diante de problemas de saúde mental, em que ofereciam apoio quando o colaborador já estava em crise. Hoje, a ciência mostra que é possível identificar sinais antes que se transformem em problemas graves. Estudos de neurociência revelam que a linguagem é um biomarcador, ou seja, pela forma como nos comunicamos, é possível identificar padrões ligados ao bem-estar emocional. Essa abordagem abre caminho para um RH mais estratégico, capaz de atuar preventivamente e proteger o maior ativo da organização: as pessoas.
Esse movimento reflete também a transformação do setor de Recursos Humanos. De função tradicionalmente operacional, o RH passa a ocupar espaço estratégico junto à alta liderança, assumindo papel relevante na definição de caminhos organizacionais, no alinhamento de perfis de liderança e no fortalecimento do engajamento. A integração entre RH e tecnologia tem gerado resultados mais consistentes. Algumas companhias vêm unindo as duas áreas para desenvolver projetos de gestão de pessoas com base em ciência de dados, aumentando a precisão na definição de metas e no acompanhamento da saúde organizacional.
Outro ponto essencial é entender que mudanças geram turbulência. A diversidade, por exemplo, pode inicialmente criar um cenário de caos, mas é exatamente esse choque que impulsiona o crescimento e a produtividade no longo prazo. Assim como as startups enfrentam o chamado “vale da morte” até validarem seu modelo, empresas que se comprometem com inclusão e inovação precisam atravessar essa fase para colher resultados exponenciais.
O futuro da gestão não está apenas na tecnologia, mas na combinação entre ciência, pessoas e estratégia. Empresas que aprenderem a usar dados de forma preditiva para cuidar de seus times estarão mais preparadas para inovar, competir e crescer. Mais do que nunca, a verdadeira vantagem competitiva nasce de dentro: da forma como as organizações cuidam da saúde emocional, do engajamento e da capacidade criativa de suas pessoas.
*Especialista no desenvolvimento de projetos que integram marketing e inovação estratégica para transformar marcas em negócios altamente competitivos, Rico Araujo é CEO da PX/Brasil e Conselheiro de Inovação.
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