Interpretação de dados se torna diferencial de carreira na nova economia digital

Embora 90% dos profissionais de marketing - área comumente associada ao uso estratégico de dados coletados - afirmem que os dados primários são fundamentais para suas estratégias, apenas 1 em cada 3 se sente apto realmente a usá-los de forma eficaz, segundo estudo recente do Google. Em um mercado onde cada clique, compra ou curtida gera uma avalanche de informações, dominar dados se tornou mais do que uma vantagem técnica — virou uma habilidade essencial para o crescimento profissional.

A lacuna entre coleta e ação é visível. Empresas já investem em ferramentas para rastrear o comportamento de seus usuários em tempo real. Mas, muitas vezes, esses dados não saem dos relatórios. “Muitos profissionais da área técnica dominam a infraestrutura de dados, mas não foram treinados para pensar estrategicamente com base neles. Isso cria um hiato entre a operação e a decisão”, aponta Diego Fernandes, co-fundador e CTO da Rocketseat, ecossistema de educação para profissionais em tecnologia.

Essa realidade não impacta apenas desenvolvedores ou analistas. Profissionais de marketing, produto, vendas e até de RH enfrentam decisões diárias que poderiam ser mais certeiras se fossem guiadas por dados — e não apenas por intuição.

Casos de sucesso mostram que o uso inteligente da informação pode transformar produtos e carreiras. A Danone, por exemplo, usou big data para otimizar a logística do iogurte grego, reduzindo desperdício. Já a Marvel estruturou um império de entretenimento ao entender, com base em dados, o que o público realmente queria assistir. E a Nike criou experiências personalizadas a partir dos hábitos esportivos de seus usuários.

Essas histórias mostram o que já é realidade nas grandes empresas, mas também apontam um caminho claro para quem quer se destacar no mercado. Aprender a ler dados, cruzar informações e extrair insights não é apenas uma competência “técnica”, e sim uma vantagem competitiva individual que deve ser muito valorizada no mercado daqui para frente.

Na prática, isso significa:

- Buscar capacitação em análise de dados, mesmo sem formação em tecnologia;
- Aprender a usar ferramentas básicas de visualização, como Google Looker Studio ou Power BI;
- Participar de projetos em que decisões dependem de números, e não só de opiniões.

Com a chegada da inteligência artificial generativa e da automação de processos, quem souber dialogar com os dados terá mais clareza, influência e poder de decisão. “Se você se acha que dados são descartáveis/abstratos/ algo meio dispensável ou difícil de inserir no trabalho, pode estar ignorando a habilidade que vai definir sua relevância profissional nos próximos anos”, afirma Diego.

Sobre a Rocketseat

Fundada no Brasil em 2017 por três programadores, a Rocketseat é uma escola de programação especializada que oferece cursos, pós-graduação e eventos voltados à comunidade de devs no mercado de tecnologia brasileiro com um ecossistema completo que atende não só profissionais, mas também empresas e times inteiros de tecnologia de grandes empresas como Mercado Livre, Ifood, Unimed, Banco do Brasil, entre outros. A empresa faz parte do grupo Digital House e ao todo, a Rocketseat já transformou a vida de mais de um milhão de pessoas por meio da educação. Isabela Castilho é a CEO da Rocketseat - à frente das operações.