Confira 3 dimensões de uma liderança que engaja as pessoas e traz resultados

Afinal, o que é a vulnerabilidade nas empresas?

Segundo Marcos Silvestre, especialista em gente e gestão, a vulnerabilidade é se expor e assumir erros. É se permitir ser visto com suas fragilidades, emoções e limitações, sempre com a intenção de ocupar uma postura protagonista e não de vítima.

“Como diz a pesquisadora Brené Brown, referência no assunto, é um ato de coragem e não de fraqueza. Estamos falando de uma liderança que demonstra empatia, compreensão e abertura para ouvir e aprender com os outros”, diz o trainer da Interhunter Academy, consultoria de Educação Corporativa.

Silvestre acredita que incluir o tema na cultura organizacional é aceitar a imperfeição humana e os erros como parte do aprendizado. Desta forma, o RH estratégico pode fortalecer as equipes.

Novos modelos de ambientes corporativos

“Se prevalecer o poder do líder super-herói que nunca erra e sabe tudo, o resultado pode até vir mesmo com baixo nível de engajamento, mas há consequências devastadoras”, explica Marcos Silvestre.

Ele se refere ao ambiente hostil e exageradamente competitivo. Na contramão desse modelo, ele acredita que é possível construir times com base em três dimensões da liderança:

1- Pessoal: o autoconhecimento é a alavanca para bons relacionamentos. O líder precisa desenvolver habilidades socioemocionais;

2- Equipe: o líder protagoniza mudanças e transformações para desenvolver seu time. Para isso, cultiva a confiança e a vulnerabilidade;

3- Empresarial: a liderança estimula a competitividade da empresa no mercado por meio do desempenho do seu time sem prejudicar o bem-estar dos colaboradores.

“O resultado aparece naturalmente: traz um time forte, coeso e o ambiente ganha um nível adequado de engajamento. O líder vulnerável é o mais alinhado com a produtividade, a saudabilidade e o comprometimento do time”, acrescenta.

Como cultivar a vulnerabilidade na empresa

1- Abra espaço para conversas com mais escuta ativa. O líder também deve assumir o compromisso de buscar autoconhecimento para se conectar melhor com o outro. Além disso, é importante se atentar à constante busca pela perfeição.

“Em uma postura de perfeição, ele não tolera erros e limita o ponto de vista como sendo o seu o melhor. Essa atitude inibe a inovação e distancia as pessoas”, diz Marcos Silvestre, especialista em gente e gestão da Interhunter Academy.

2- Promova workshops e treinamentos focados em soft skills, desenvolvimento de lideranças e equipes, coaching e mentoria.