5 tendências prontas para transformar o e-commerce brasileiro em 2024
Imagem de Michal Jarmoluk por Pixabay
Com a chegada de um novo ano, os profissionais do e-commerce brasileiro estão se preparando para aplicar novas tecnologias e aprimorar a eficiência de suas ofertas de produtos e experiência do cliente. E por um bom motivo, já que pesquisas esperam um crescimento de até 57% no mercado de comércio eletrônico no Brasil em 2024. Para se posicionar no mercado em mais um ano promissor, Marcelo Costa, Country Manager da Sellesta no Brasil, listou cinco tendências-chave que prometem revolucionar as tecnologias, ambientes e expectativas do setor.
IA Generativa
É claro que 2023 será lembrado como o ano em que todos fomos apresentados às plataformas de IA Generativa mais famosas, como ChatGPT e Midjourney, mas 2024, certamente ficará marcado como o ano em que essas tecnologias foram implementadas em larga escala para fins comerciais. O que isso significa para o e-commerce? Em primeiro lugar, os chatbots estarão interagindo com os consumidores desde o primeiro contato até a jornada do cliente pós-venda, indo além. Algoritmos de machine learning também serão capazes de fornecer recomendações de produtos contextuais sofisticadas, altamente ajustadas e não invasivas com base no comportamento do cliente. 95% dos consumidores não têm um produto específico em mente ao navegar, portanto, um widget com IA pode fazer algumas perguntas, fornecendo recomendações rápidas e úteis com base em suas respostas, melhorando as taxas de conversão em 15%, como no caso da varejista argentina de perfumes de luxo omnichannel, El Balcón.
Da criação de descrições mais atrativas de produtos até o fornecimento de insights e análises para fornecedores de e-commerce de todos os tamanhos e orçamentos, o impacto da IA generativa será sentido em quase todos os lugares. É esperado que o lançamento de produtos, os funis de compra e a criação de imagens se tornem mais simplificados e eficientes, tanto para o vendedor quanto para o consumidor.
Omnichannel
Seja por meio de aplicativos de marca, como a Nike, que integra experiências em lojas físicas com opções de compra online, ou pela capacidade de aplicativos de mercado de terceiros, como o Mercado Livre, que oferece serviços financeiros, o omnichannel está prestes a dominar este ano. Os varejistas devem verificar se estão utilizando todas as tecnologias mais recentes para garantir a experiência de compra de marca mais perfeita e unificada.
No Brasil, um estudo da ABComm mostrou que os canais favoritos para realizar uma compra online são sites e lojas virtuais (63%), seguidos por marketplaces (60%), como Amazon e Mercado Livre, e aplicativos de marcas próprias (49%). Vale lembrar que, assim como o comércio eletrônico, o omnicanal depende da conveniência, então, os vendedores devem garantir que estão alcançando os clientes por meio de seus canais preferidos. Seja via WhatsApp, com um chatbot amigável e conversacional, ou por meio de aplicativos de marketplaces de terceiros, com informações de produtos atualizadas e outros recursos de mídia digital como vídeo e até realidade aumentada, proporcionando aos clientes a melhor compreensão possível do produto que estão comprando.
Pagamento
Já vimos o surgimento de pagamentos com um clique lançados pela Amazon, mas em 2024, é esperado que esse impulso seja levado ainda mais longe, como a adoção generalizada do reconhecimento facial como uma forma de pagar quase sem pensar.
Quanto mais imperceptível o pagamento, mais fluida é a experiência do cliente. Por outro lado, isso sempre criará tensão com a outra grande prioridade dos clientes brasileiros de comércio eletrônico: segurança. No entanto, a crescente adoção de protocolos de segurança avançados e relativamente sem atritos, como o 3DS 2.0, processo de autenticação que passa por três domínios essenciais de pagamento, deve permitir que vendedores online acelerem o processo de compra sem economizar na segurança e confiança do cliente.
Uma pesquisa recente mostrou que 92% dos brasileiros abandonaram uma compra online por medo de fraude. É por isso que os profissionais do setor devem garantir um forte compromisso com métodos de pagamento seguros, ao mesmo tempo em que mantêm um funil de compra suave.
Retail Media
Com o planejado fim gradual dos cookies de terceiros já em andamento, novas estratégias de publicidade estão em ascensão, e o retail media é um exemplo especialmente proeminente. Considerada a 'terceira onda' da publicidade digital (após motores de busca e mídias sociais), o retail media viu um crescimento empolgante nos Estados Unidos, com os gastos com anúncios de mídia no varejo nos EUA estimados para mais que dobrar de US$ 41 bilhões, em 2022, para US$ 85 bilhões até 2026.
Simplificando, este conceito envolve marketplaces de terceiros permitindo que marcas anunciem seus produtos diretamente em seus próprios sites e aplicativos, como Amazon e Mercado Livre, alcançando os consumidores enquanto fazem compras. Mais de 131 milhões de brasileiros estão conectados à internet por uma média de três horas e 45 minutos todos os dias, e 90% deles estão navegando no varejo enquanto estão online. Portanto, não é de surpreender que o retail media esteja começando a ser mais reconhecido, já que essa nova estratégia é atualmente utilizada por 54,8% das empresas no Brasil que investem em publicidade digital, ficando atrás apenas das mídias sociais, ferramentas de busca e publicidade programática.
As vantagens da publicidade no retail media para o e-commerce são diversas, como dados granulares sobre o comportamento e as compras dos clientes, permitindo insights sobre tendências, preferências e hábitos de compra dos consumidores. Essas informações podem ser usadas para otimizar layouts de lojas, seleção de produtos
Os anúncios em retail media também podem ajudar os varejistas a construir o reconhecimento de sua marca e conquistar novos clientes. Ao veicular anúncios em suas plataformas, é possível apresentar aos compradores produtos e serviços que, de outra forma, poderiam passar despercebidos. Não apenas isso, mas ao combinar IA e uma solução de retail media como o Amazon Ads, da Sellesta, os vendedores podem reduzir seu ACOS (custo de publicidade de vendas) e automatizar uma grande parte das configurações e integração, alcançando crescimento rápido, insights acionáveis e uma vantagem competitiva com menor orçamento e esforço.
Realidade Aumentada
O ano de 2024 reunirá muitas das tecnologias recentes na busca por uma jornada do cliente mais simplificada, personalizada e segura, mas também proporcionará novas maneiras de envolvê-los e melhorar totalmente a sua experiência. Liderando o pacote de tecnologias que melhoram a experiência do cliente, está a Realidade Aumentada (AR). Embora tenha se mostrado promissora com produtos de nicho de comércio eletrônico como móveis, vidros e eletrodomésticos, em 2024 a AR deverá revolucionar grandes mercados on-line, como moda e até mesmo turismo.
Servirá, também, para aumentar a imersão do futuro omnicanal e ‘phygital’ do comércio eletrónico. Por exemplo, embora os clientes possam ver a aparência de uma máquina de lavar na cozinha apenas usando o telefone, eles também podem “experimentar” sapatos virtualmente em uma loja física.
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