Além do idioma: estudar no exterior é a chave para o sucesso

Estudar fora do país de origem é uma experiência que vale a pena ser vivida por qualquer pessoa. Os intercâmbios para o exterior, sejam eles de curta, média ou longa duração, são cada vez mais valorizados, pois permitem não apenas o aprendizado do idioma, mas também a imersão em diferentes culturas e o desenvolvimento de habilidades que farão toda a diferença na vida pessoal e profissional de quem vive essa experiência.

Segundo uma pesquisa recente da Business Marketing International (BMI), os maiores investimentos em carreira atualmente são em graduação e pós-graduação internacionais. O estudo também constatou que cursos profissionalizantes de longa duração e cursos de idiomas de curta duração estão entre os preferidos dos alunos.

O levantamento revelou que seis em cada dez brasileiros desejam estudar fora do país e que os estudantes estão procurando cada vez mais cedo um intercâmbio para investimento no futuro.

Atentas a essa demanda, as instituições de ensino de idiomas estão buscando, cada vez mais, meios de promover uma educação de imersão para seus alunos. O Instituto Cervantes BH, órgão oficial do governo da Espanha e referência no ensino do espanhol e divulgação da cultura hispânica, por exemplo, organiza, todos os anos, em parceria com órgãos do governo e outras instituições, programas de cursos em países hispanofalantes. O objetivo é ampliar a disseminação da língua espanhola e da cultura desses países que falam espanhol, e há opções em Alcalá de Henares, Madri, Burgos, Toledo e El Escorial (Espanha), e também a países como Chile. Os programas promovem formação linguística e cultural por meio de imersão e visitas guiadas em locais emblemáticos de cada localidade, sempre relacionados aos conteúdos vistos em aula.

A designer Luisa Jordá buscou esse tipo de experiência para agregar ao seu currículo. Apesar de sua família ser de origem Catalã, ela sabia o básico do idioma e viu no intercâmbio de curta duração para o Chile uma oportunidade de maior aprendizagem e vivência. “Falava o básico do espanhol e percebi que não tive a oportunidade de aprender o idioma de fato. Já falava inglês e italiano, pois também já tinha feito intercâmbio para os Estados Unidos e Itália, e decidi procurar o Instituto Cervantes por ser uma referência no ensino do idioma e da cultura hispânica”, conta.

Luisa passou 10 dias em Santiago, no Chile, e conta que essa vivência fez toda a diferença em sua vida e na profissão. “Ter a experiência de imersão na língua é um grande diferencial. A troca de culturas, conhecer as origens do outro, viver em diferentes locais e aprender até mesmo sobre a comida de outro país são formas bem mais ricas e mais eficientes de aprender”, finaliza.

Certificações de idioma

Para difundir a cultura e o ensino de espanhol no Brasil, o Instituto Cervantes, órgão oficial do governo da Espanha, além de oferecer cursos de especialização no idioma, é o responsável por realizar os exames de proficiência, muito exigido para quem pretende estudar em universidades ou trabalhar fora.

O DELE é o diploma oficial que atesta o grau de competência e domínio do idioma. Ele é conferido pelo Instituto Cervantes em nome do Ministério de Educação e Formação Profissional da Espanha e reconhecido internacionalmente entre instituições e autoridades educativas públicas e no meio empresarial e comercial.

Além do DELE, com o intuito de ajudar as pessoas que precisam receber a certificação em espanhol de forma mais ágil, o Instituto Cervantes, a Universidad Nacional Autónoma de México, a Universidad de Salamanca e a Universidad de Buenos Aires idealizaram as provas do SIELE (Serviço Internacional de Avaliação da Língua Espanhola). A certificação oferece quatro modalidades e segue o Marco Comum Europeu de Referência (MCER). É completamente digital (inscrição, realização das provas, resultados e certificado) e os resultados saem em até três semanas (prazo máximo).