Comunidades digitais e sua relevância no marketing social

Essa evolução não passou despercebida por empresas, marcas e agências, que sabem que para conseguir maior imersão, reconhecimento e atração de público, primeiro é preciso fazer com que seus potenciais clientes se apaixonem e tenham uma comunidade fiel que acredita nelas, em seus valores, em suas mensagens e em sua filosofia. Para isso, é necessário unir várias áreas da comunicação, não apenas aderindo a uma estratégia de relações públicas, posicionamento ou expansão de mensagens, mas as marcas precisam ter um bom plano de mídias sociais que consiga atingir e comunicar os seus objetivos.

Falando em marketing social e nas novas formas de interação e alcance, a primeira coisa que devemos saber é o que é uma comunidade de marca? Podemos defini-la como um grupo de usuários, consumidores ou potenciais clientes de uma determinada marca, vinculados e comprometidos com sua cultura corporativa e esquema de valores.

Essas comunidades de marca dependem fortemente de novas tecnologias para fortalecer seu compromisso com a marca, e esse compromisso deve ser recompensado com autenticidade, ou seja, se as marcas não forem percebidas como autênticas, isso será notado e elas correm o risco de perder o engajamento necessário para alcançar um grupo que se identifica com elas.

Por que é importante ter criadores digitais que apoiem uma marca?

As redes sociais reúnem várias vantagens. Uma plataforma específica criada para uma comunidade digital oferece um espaço de interação que ajuda a entender e prosperar em comunidades que tendem a se formar em torno de paixões e estilos de vida: política, música, viagens, tecnologia, gastronomia e etc., e são atraídas com base nos mesmos interesses. Mas, onde o marketing se encaixa nesses grupos?

Com a formação acelerada de comunidades, fica mais fácil para as marcas encontrarem grupos existentes para aumentar a fidelidade ou até mesmo construir sua própria comunidade em torno dela. Segundo um levantamento do Pew Research Center, 90 milhões de norte-americanos participam de grupos online, cujo motor de atuação está em atores fundamentais: criadores de conteúdo que, durante este ano, foram fundamentais para criar e fortalecer comunidades online, pois agregam valor a esses stakeholders.

Embora o conceito de criadores atuando como porta-vozes da marca não seja novo, o que mudou é o tipo de figuras que hoje representam os valores de uma empresa. Décadas atrás, grandes estrelas da música, do cinema ou da televisão eram contratadas. Hoje, com o surgimento dos influenciadores, você não precisa mais contratar grandes celebridades para humanizar e conectar sua marca com o público. E isso é especialmente bom para pequenas e médias empresas que não têm milhões para uma grande campanha. A parceria com pequenos e médios criadores, que são mais próximos de uma marca, e, portanto, capazes de entregar mensagens mais autênticas, pode ser muito mais eficaz e barata, pois estes são vistos como “pessoas normais”, com as quais as pessoas tendem a se identificar mais, percebendo-os como consumidores reais e gerando mais confiança.

"Além de olhar apenas para o tamanho do público, as marcas também devem avaliar a qualidade das interações e do engajamento, pois os influenciadores têm o potencial de ser um elo sólido entre marcas e clientes, desde que selecionem estrategicamente aqueles que realmente se conectam com seus públicos e estejam relacionados aos objetivos de cada empresa ou projeto", diz Mayra Alcántara, diretora de Influencer Marketing na another.

O marketing social está cada vez mais personalizado. As empresas estão percebendo o valor de desenvolver comunidades e criar conexões genuínas em uma variedade de plataformas. Estudos como o relatório interativo Hootsuite Social Trends 2022 estão apontando a relevância das comunidades e plataformas como meio de comunicação para muitas empresas.