Rapper Internacional questiona seguro de vida feito por gravadora para artistas

Ele ainda destacou que a indústria vai lucrar com as mortes. “As pessoas estavam morrendo e estava bloqueando muito dinheiro. As pessoas não queriam tocar em você. Agora é ainda mais louco, eles estão recebendo seguro de vida pelos artistas. Pelo menos antes não tínhamos isso.”

Quando perguntado se uma gravadora está operando de “boa fé” se estiver fazendo uma apólice de seguro de vida para um artista, Montana respondeu: “Não… Você está rezando pela morte dele”, explicou. “Você está rezando para ganhar milhões com a morte dele. Eles estão sendo realistas”, acrescentou. “Você deveria ter seguro de vida de qualquer maneira, mas quando a gravadora faz isso, se você não tiver um, é uma loucura.”

Em entrevista ao Cqcs, o Corretor de Seguros Especialista em Vida e membro do MDRT, Thiago Sena, explicou que não enxerga essa atitude da gravadora como ‘má fé’. Segundo ele, existe um seguro que é feito para “pessoa chave”. Por exemplo: se você tem uma empresa e, dentro dela, dois são chave e exercem uma função que é indispensável para a empresa, e ela pode até mesmo parar de funcionar sem essas pessoas, então ela está se preservando caso aconteça alguma coisa.

“Se o cantor traz 80% do faturamento da empresa, o que vai acontecer? Ela vai quebrar e vai morrer junto com o profissional? Quando a preocupação é essa, o que está sendo preservado é a organização, até que outro profissional traga a rentabilidade perdida, não vejo como ma fé e sim como segurança. Inclusive é a empresa quem paga o seguro, não o artista”.