Transformação digital já é realidade para 66% das micro e pequenas empresas
Adesão à tecnologia digital nos processos corporativos é cada vez mais necessária para os negócios. Estudo da FGV aponta que 68% dos empresários estão abertos para participar de um programa de aceleração da maturidade digital como forma de garantir competividade no mercado.
Para MPEs que queiram criar essa revolução tecnológica em sua logística, seguir essas premissas será um ótimo começo
Agregar valor a um negócio, ao conectar empresas, e seus produtos ou serviços, aos seus clientes, é a premissa da transformação digital corporativa. Essa mudança cultural no mundo dos negócios tem se mostrado cada vez mais necessária na adaptação aos novos padrões de consumo e de vida, sendo fator crucial para a sobrevivência organizacional de uma empresa.
Entre as Micro e Pequenas Empresas (MPEs) brasileiras, que hoje respondem por 30% do PIB e por mais de 50% dos postos de trabalho criados no país, essa é uma realidade já presente em 66% dos negócios. De acordo com o “Mapa de Digitalização das Micro e Pequenas Empresas Brasileiras”, da Fundação Getulio Vargas (FGV) em conjunto com a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), embora esse percentual se encontre em estágio inicial de maturidade digital, as expectativas são animadoras.
Os dados apontam que 68% dos empresários estão dispostos a participar de um programa de aceleração da maturidade digital que os ajude no caminho da transformação digital. Outras 18% das empresas ainda estão em fase analógica e, 48%, são emergentes.
Só no primeiro trimestre deste ano, 40% das MPEs atuantes na indústria afirmaram ter investido na digitalização de seus negócios. No setor de serviços, esse percentual foi de 49% e, no comércio, o avanço foi de 52%. Os números também são da FGV e da ABDI, que, juntas, realizaram a “Sondagem sobre Transformação Digital nas empresas brasileiras”, com objetivo de monitorar, a cada três meses, a jornada dos negócios nesse setor rumo à economia digital.
Para o especialista na área de logística, Diego Filipe Araújo Souza, a mudança na mentalidade dos empreendedores vem carregada de alguns desafios. E o principal deles está relacionado à cultura organizacional. “No Brasil, a área logística ainda usa muitos processos manuais. E muito disso se deve ao encarreiramento dos profissionais que geralmente tem o seu desenvolvimento dentro de centros de distribuições. O nível de instrução, em geral, é baixo e muitos estão em seu primeiro emprego. Esses fatores tornam a logística mais robusta e menos tecnológica”, disse o profissional.
A ideia de que a área logística é geradora de despesa, e não de receita, também é outro equívoco transmitido dentro das empresas que dificulta o processo de modernização. O especialista, com dez anos de experiência na área, elencou quatro pilares que ele considera essenciais para transformar a logística em um setor que agregue valor ao negócio, a partir das transformações tecnológicas, sem um grande aumento de custo para uma MPE.
Entre eles, a base line, que é o entendimento das dores operacionais, ou seja, dos problemas latentes ou previsíveis, com a criação de um ponto de partida para saber o que priorizar. O outro pilar é relativo ao desenvolvimento humano e a busca por profissionais capacitados a conduzir essa transformação tecnológica dentro da MPE. O terceiro conceito é baseado na necessidade ferramental, onde o ponto crucial está no entendimento do tamanho das dores e da capacidade em agregar valor substancial na logística de forma separada, com o know how dos seus fundadores aliado a experiências de implementações em diversos clientes. Por fim, o timming foi definido por Souza como fundamental para evitar otimizações prematuras.
“Para MPEs que queiram criar essa revolução tecnológica em sua logística, seguir essas premissas será um ótimo começo. O próximo passo é o entendimento e a procura por pequenas soluções tecnológicas, em vez de buscar um grande sistema construído em monoblocos, também chamados de monolíticos. Uma solução é a busca por micro serviços, como é feito nas grandes corporações que já passaram por uma revolução. São pequenas soluções que trazem consigo o conceito de Software como serviço”, esclareceu.
Falta de recursos não pode ser entrave
O desconhecimento dos empresários sobre a existência de ferramentas digitais com investimento financeiro acessível também se torna um entrave para contribuir para o aperfeiçoamento das operações logísticas e para a criação de novos modelos de negócio, com consequente aumento na geração de receitas. A pesquisa da FGV revela que quase 40% dos entrevistados acreditam ser a falta de recursos para investir a maior dificuldade para adesão à transformação digital.
“Há sistemas de inventário rotativo e cíclicos, com diversas tecnologias embarcadas como drones para escaneamento de RFID (Identificação por Rádio Frequência) que otimizam mão de obra, aumentam a acuracidade e geram ganhos de produtividade na operação e que hoje são acessíveis às operações logísticas. Alguns sistemas, inclusive, chegam a custar menos de R$ 1 mil por mês. Isso quebra uma falácia da transformação tecnológica de que digitalizar uma empresa é caro. Estudos falam que a cada 1% investido em tecnologia, o lucro das empresas aumenta em 7% depois de dois anos”, reforça Diego Souza.
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