Motive equipes e melhore o clima no ambiente de trabalho

Empregadores e trabalhadores brasileiros afirmam que os últimos dois anos foram desafiadores em relação à rotina profissional. A crise sanitária iniciada em 2020 provocou alto número de demissões, reduções na carga horária e a implantação do trabalho remoto (home office).

A constatação faz parte de uma pesquisa divulgada pela Global Workplace Report (NTT) no final de 2021. Para 75% dos entrevistados, o distanciamento da equipe foi um fator negativo. No mesmo contexto, 43% dos respondentes informaram que o bem-estar das equipes piorou ao longo da pandemia.

Nesse cenário, os gestores de recursos humanos têm administrado admissões, demissões e treinamentos, além de promoverem a motivação e participatividade dos funcionários. Em tempos de alta rotatividade de empregados (turnover), a missão é ainda mais delicada e necessita de estratégias de valorização e humanização no tratamento dos grupos de trabalho.

Para Caroline Batista Nunes Silva, docente dos cursos de Técnicas de Liderança e Treinamento e Desenvolvimento do Senac EAD, os funcionários devem ser motivados desde a contratação, de forma que se sintam estimulados a conquistarem ótimos resultados.

“É imprescindível que os empregados se enxerguem como parceiros da instituição, adotem uma visão básica do todo e não somente do setor no qual atuam. Por isso, é preciso despertar o sentimento de pertencimento, já que a empresa é formada por diversos grupos e a soma de todos os esforços se reflete positivamente no comportamento organizacional”, argumenta.

Mais do que funcionários

Caroline explica que quando os funcionários se sentem parceiros da empresa, são capazes de conduzi-la à excelência. “No curso de Técnicas de Liderança, explicamos que as pessoas fazem investimentos como dedicação, responsabilidade, assumem riscos e se comprometem. Em contrapartida, desejam obter retorno na forma de incentivos financeiros e crescimento profissional”, argumenta.

Outra observação feita pela docente é a importância de um plano de endomaketing para estabelecer uma comunicação mais próxima com o público que faz parte das empresas. “Esse conjunto de ações estratégicas de marketing contribui positivamente na comunicação interna de uma empresa, por engajar os funcionários em torno de um objetivo comum. Contudo, é fundamental que esteja alinhado aos valores e propósitos institucionais”.

A especialista do Senac EAD acrescenta que os gestores de recursos humanos devem estar atentos a trabalhadores com perfis de liderança e desenvoltura na comunicação, já que essas pessoas podem ser valorizadas pela empresa, no sentido de serem multiplicadoras dos valores organizacionais.

Desafios da convivência coletiva

Aproveitando o enfoque do clima corporativo, a docente aponta dois grupos de profissionais que enfrentam condições discriminatórias no ambiente de trabalho e que merecem atenção especial: os indivíduos maduros (com mais de 50 anos) e o público com deficiência (PcDs).

Vale lembrar que etarismo é o ato que representa a discriminação contra pessoas com idade avançada, no ambiente profissional. São comuns relatos de trabalhadores que sofrem preconceito em um processo seletivo ou quando contratados, pelos companheiros mais jovens.

“Qualquer que seja o ato discriminatório, danos são causados no clima e cultura da empresa. Desse modo, para que seja reduzido ou eliminado, eu diria que o primeiro passo é promover a diversidade entre os funcionários. Outras ações relevantes são a criação de políticas ativas de prevenção, com treinamentos, campanhas e eventos de conscientização internos”, pontua.

Do mesmo modo, o capacitismo é uma prática preconceituosa enfrentada por pessoas com deficiência. De maneira geral, trata-se de um conjunto de atitudes que discriminam e subestimam a capacidade e habilidade profissional do PcD.

“A deficiência traz consigo o peso do preconceito, da exclusão, da invisibilidade e da rejeição social. Por isso, acredito ser imprescindível que haja um profissional capacitado e conhecedor de políticas públicas e das leis de proteção ao trabalhador com deficiência dentro da organização. O responsável deve tornar o ambiente laboral verdadeiramente inclusivo e garantir o bem-estar coletivo”, observa a educadora.

Dicas para um bom relacionamento das equipes

Por fim, Caroline reforça que a base para a convivência harmoniosa em uma empresa é o sentimento de pertencimento coletivo. Desse modo, para alcançar o objetivo é necessário manter todos os integrantes engajados e motivados.

Acompanhe a seguir, algumas dicas que podem estimular os funcionários e consequentemente, todos os grupos de trabalho:

- Momentos de integração: promover entre todos os trabalhadores da empresa, independentemente do cargo que ocupem, a oportunidade de interagirem e conhecerem uns aos outros. Isso pode ser feito por intermédio de um café da manhã ou uma confraternização para os aniversariantes do mês, e ainda, piqueniques e happy hours, por exemplo.

- Escutatória: é importante ouvir verdadeiramente o que as pessoas têm a dizer, suas opiniões, pontos de vista, sugestões de melhoria, entre outras observações. Assim, os indivíduos se sentem valorizados e pertencentes ao ambiente de trabalho.

- Apresentar os resultados da empresa: tratar os funcionários como parceiros, envolvê-los no todo da instituição. Apresentar metas, objetivos, resultados, apontar falhas que podem ser melhoradas, novos planos de ação e demonstrar a importância de cada um no alcance das propostas almejadas.

- Reconhecer a eficiência do trabalho: o profissional que recebe um feedback positivo sobre as atividades realizadas sente-se motivado, pois acredita que suas qualidades são reconhecidas pela empresa.

- Área de convivência: o espaço cria oportunidade de conviver com os colegas de outros departamentos. Possibilita um bom relacionamento entre as pessoas, trocas de experiências e informações. Outro ponto positivo é proporcionar um momento para que o funcionário se desconecte da atividade profissional, colaborando com o alívio mental e controle do estresse.

Sobre o Senac EAD

Com 75 anos de atuação em educação profissional, o Senac foi pioneiro no ensino a distância no Brasil. A primeira experiência nesta modalidade se deu em 1947 com a Universidade do Ar, em parceria com o Sesc, que ministrava cursos por meio do rádio.

A partir de 2013, com o lançamento do portal Senac EAD, a instituição ampliou a sua atuação em todo o país. Hoje, oferece um amplo portfólio de cursos livres, técnicos, de graduação, pós-graduação e extensão a distância, atendendo todo o Brasil e apoiados por mais de 350 polos presenciais para avaliações.

Acesse aqui a programação completa de cursos do Senac EAD. Há também um portfólio diversificado de cursos presenciais que podem ser conferidos no portal da instituição.

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