Elas dominam o marketing
No mês em que é celebrado o Dia Internacional da Mulher, mulheres que atuam na comunicação falam sobre suas experiência, mercado de trabalho e dificuldades da vida profissional
O mês de março é marcado pelo Dia Internacional da Mulher, uma data histórica que leva a refletir sobre uma série de assuntos importantes, desde desigualdade de gênero, múltipla jornada de trabalho, até diversas outras conquistas e dificuldades nos cenários políticos, econômicos e sociais. Felizmente, mesmo que a passos não tão largos, o mundo evoluiu e hoje as mulheres têm mais presença no mundo corporativo, ocupando cargos de gestão em grandes companhias e almejando alcançar degraus ainda mais altos, embora a luta para essa conquista seja dura e diária.
No marketing e na comunicação elas são maioria: uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (ABERJE) mostrou que 69% dos cargos de liderança na comunicação corporativa no Brasil são ocupados por mulheres. A pesquisa foi realizada com profissionais de multinacionais e companhias de todos os setores da economia.
Fundamental para a estratégia das organizações e suas relações institucionais, os profissionais de comunicação buscam atuar com planejamento estratégico, compreensão de tendências, resolução de problemas, além de todo um trabalho de fortalecimento de marca e imagem.
“Essa é uma área que requer habilidades e características que os homens não desenvolvem tão bem como cuidado, empatia, escuta, acolhimento entre outras”, comenta a head de marketing da VC-X Solutions, Aline Miranda, sobre o porquê a presença das mulheres frente aos setores de comunicação das empresas é maior do que a de homens.
A gestora de marketing da Diklatex, indústria têxtil com sede em Santa Catarina, Carla Mager, compartilha da mesma opinião e destaca que a capacidade de lidar com os desafios também é um diferencial. “Essa é uma área que exige sensibilidade e empatia. Nós mulheres somos capazes de lidar com multiplicidade de funções, temos resiliência e costumamos ter mais facilidade em nos comunicar, o que nos conecta com esta profissão. Ao longo dos anos fomos mostrando que temos sensibilidade e generosidade para construir histórias e entregar resultados”, comentou.
Apesar do cenário otimista na comunicação, os números não se mostram tão positivos em outros setores do mercado de trabalho. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Brasil já é comprovado que o gênero feminino ultrapassa o masculino nos estudos e na preparação de carreira. A pesquisa aponta que 23,5 % das mulheres com mais de 25 anos possuem ensino superior, ao passo que a porcentagem de homens com a mesma titulação é de 20,7%. No entanto, os homens continuam ocupando a maior parte dos cargos no ambiente profissional.
Preferência das empresas em contratarem homens, principalmente pela chamada “penalização profissional da maternidade”, quando a possibilidade de ser mãe atrapalha a mulher desde a etapa de recrutamento, responsabilização unilateral das tarefas em casa, desigualdade salarial. Essa e muitas outras realidades escancaram as diversas barreiras que ainda hoje as mulheres têm que encarar, reforçando que é preciso haver muitas mudanças tanto na sociedade quanto dentro das empresas e lares.
Aline Miranda possui mais de 10 anos de experiência em inbound marketing, além de uma vivência no universo de startups, sendo co-fundadora de duas no setor de turismo esportivo e participando na comunicação da BST (Brazil Sports Tech), comunidade que tem como objetivo fomentar as startups de tecnologia e esporte. À frente da comunicação ela conta que já teve que lidar com muitas dificuldades por ser mulher, entre elas, assédio moral, desconfiança, mansplaining (quando um homem explica coisas óbvias à mulher), além de episódios em que homens se apropriaram de suas ideias e sugestões, o que reforça o quanto ainda é preciso evoluir como sociedade para que haja igualdade no ambiente profissional.
Especialista em marketing digital à frente do Portal Telemedicina, Mônica Jorge começou a carreira como repórter em redação de jornal impresso, em Pelotas (RS). Já atuou como editora da área de esportes em Florianópolis (SC) e acompanhou toda a evolução da redação do impresso para o digital. “Tive que cuidar de algumas equipes e por ser mulher, e também por ser mais jovem na época, tive mais dificuldade para conquistar credibilidade e mostrar potencial. Passei por alguns desafios ao ser escolhida para liderar projetos ou equipes, por exemplo, como ter a minha posição, ou seja, a escolha da chefia para eu estar à frente de determinado projeto, questionada publicamente por colegas do sexo masculino. Tenho certeza que esses colegas não teriam tido a mesma ousadia se qualquer outro colega homem, mesmo que menos experiente, tivesse sido o escolhido para aquela posição”.
Mônica também conta que sofreu e viu colegas sofrerem mudanças de tratamento após a licença-maternidade. “Infelizmente isso é comum no mercado como um todo, pesquisas mostram que metade das mulheres brasileiras perdem o emprego após ganharem bebê, essa é outra realidade que espero que mude em breve”, contou.
À espera de transformações que tornem o mercado de trabalho mais inclusivo e justo para mulheres está a head de marketing da Darwin Startups, Rafaelle Ross. Segundo ela, é animador ver que há cada vez mais iniciativas de diversidade e inclusão no mundo do trabalho, algo que até pouco tempo atrás era praticamente inexistente. “Porém, é só o começo de uma longa jornada. Não tem como falarmos sobre mulheres no mundo do trabalho sem falarmos sobre pautas de gênero como um todo, raciais e sociais. É preciso um amadurecimento das discussões, políticas e iniciativas frente a um problema que é estrutural e precisa ser entendido como tal. Apesar de um processo lento, considero que a pauta estar em evidência hoje é uma boa premissa de que a mudança e evolução está em andamento”.
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