Corretor Também Deve Apostar em Soft Skills Para Melhorar Atendimento aos Clientes

Pedro London, CEO da Tutum, que também participou deste painel, contou sua experiência no mercado e compartilhou que seu começo profissional foi como corretor em Curitiba e depois atuou em uma seguradora. “Hoje o mercado de seguros é espalhado com professores de um lado, novos entrantes, seguradores e professores de outro lado. A única forma de juntar tudo isso é a educação”, disse ele. Foi com esse pensamento que ele criou a Tutum, uma plataforma voltada para a formação profissional que oferece cursos, treinamentos, mas que também dá a chance de os corretores compartilharem informações.

Julio Pauzeiro, Business Partner & Advisor da Meta, também estava no painel e destacou que quem trabalha com seguros conhece o produto, “mas não consegue fazer um manual para estimular a força de vendas, por exemplo”. Para ele, na maior parte das vezes, a preocupação das companhias é, a cada novo produto, preparar o treinamento para que os corretores entendam o que vão vender. “É preciso fazer o cliente entender o que é prêmio e quem explica isso é o corretor. Quando ele consegue que o cliente tenha esse entendimento, está agindo como um consultor e formar o cliente ajuda o mercado a crescer”. Ele acrescentou ainda que a capacitação é ferramenta de transformação.

Maria Alícia explicou que a FGV tem professores especializados e que a escola vai oferecer cursos também no modelo à distância e, também, pílulas de informação em formatos diferentes, como por exemplo, podcast, além de investir no modelo híbrido de ensino. “Muitas vezes, um profissional altamente capacitado do mercado, não pode participar de um curso completo, mas está disponível para um podcast. Ele pode ensinar algo relevante, passar uma informação importante”, explicou.

Outro aspecto destacado por Julio é a questão do conhecimento como ferramenta para que o corretor possa atuar como consultor efetivo do cliente. O que Maria Alicia concordou e ainda acrescentou a importância do profissional desenvolver soft skills (habilidades comportamentais) que ela disse serem importantes para uma atuação como consultor.

Pedro disse ficar feliz ao ouvir Maria Alicia falar da importância de soft skills. “Acredito muito nisso e acho que o corretor precisa desenvolver sua capacidade de resiliência”. Ele ponderou que, muitas vezes, o corretor não quer vender seguro de vida, por exemplo, porque não sabe lidar com o não. “É importante que ele vá e tente de novo e de novo”, finalizou.