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Segunda onda da pandemia aumenta desafios na saúde

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Segunda onda da pandemia aumenta desafios na saúde

A saúde teve um ano atípico em 2020, com o adiamento de grande parte dos procedimentos que normalmente seriam realizados. Um levantamento da Mercer Marsh em universo de 700 empresas e 2 milhões de usuários de planos de saúde apontou redução de 19% nas internações e 25% nos atendimentos no pronto-socorro.

Este ano, no entanto, deve ser de custos e volume assistencial juntos nas alturas com o desrepresamento de procedimentos não-covid. O número de autorizações para exames e terapias emitidas pelas operadoras, por exemplo, subiu 37,1% em março de 2021 em comparação ao primeiro mês da pandemia.

Outro indicador nesse sentido são os atendimentos em pronto-socorro que não geraram internação. Em abril de 2020, a taxa desses procedimentos baixou a 43% do total realizado em fevereiro de 2020 (última referência pré-covid). Em março deste ano já estava em 93,2%, segundo a ANS.

Com isso, em março de 2021 os planos de saúde observaram a maior despesa assistencial na comparação com os doze meses anteriores e um valor aproximadamente 30% superior ao de fevereiro de 2020. Um aumento, aliás, registrado mesmo com a sinistralidade do primeiro trimestre ainda abaixo da média histórica.

Já no dia seguinte ao primeiro trimestre de altas generalizadas, em 01/04, entrou em vigor o Rol de Procedimentos revisado com 69 novos itens entre exames, terapias, cirurgias e novos medicamentos, 19 deles de combate ao câncer, ampliando a lista de remédios oncológicos cobertos pelos planos de saúde para 58. A ANS estima que o impacto será de R$ 1,52 bilhão a R$ 2,41 bilhões assistenciais das operadoras.

A tudo isso junta-se um risco ainda desconhecido. “Não sabemos qual será a condição de saúde dos recuperados da Covid nos próximos anos”, alerta Nilton Molina, presidente do Instituto de Longevidade MAG. Hoje, eles são 12,5 milhões e aumentam em um ritmo de quase 100 mil por dia. É possível que ainda este ano representem o equivalente a toda a carteira da saúde suplementar.

Segundo estudo publicado pela Lancet com 1.733 pacientes que receberam alta entre 7 de janeiro de 2020 e 29 de maio de 2020, em Wuhan, na China, após seis meses mais de 70% deles ainda relatavam pelo menos um sintoma da doença, principalmente fadiga muscular, dificuldades para dormir, ansiedade e depressão. Aqueles que enfrentaram quadros mais graves continuaram sofrendo com problemas respiratórios severos.

“Os estudos relataram que os pacientes com COVID-19 e alta hospitalar podem ter sintomas persistentes, padrões anormais nas manifestações de imagem do tórax, função pulmonar prejudicada e baixa qualidade de vida”, resume o documento.

Não se sabe, portanto, qual será o impacto desse fenômeno na demanda assistencial nos próximos anos. Da mesma maneira, o que pode significar para o esforço de prevenção e controle da sinistralidade, considerando também todos os recuperados que não chegaram ao hospital.

E, ainda, como esse quadro pode ser agravado por pacientes que não trataram doenças crônicas durante a pandemia e por casos ambulatoriais que evoluíram para média e alta complexidades. E, para completar, uma pesquisa da Fundação Dom Cabral (FDC) e Talenses Group mostra que a pandemia prejudicou a saúde mental de 73,8% dos mais de 500 profissionais entrevistados pelo estudo, demonstrando que o cenário se tornou um tema urgente para as empresas.

“A interrogação é o que vem pela frente. É possível que o tratamento das sequelas tenha um custo maior do que o do enfrentamento da pandemia”, diz Marcelo Carnielo, da Planisa.

Telessaúde

A boa notícia no meio do furacão é a telessaúde, com números expressivos e em alta que podem indicar que a demanda represada é menor do que a esperada e que a tendência pode reduzir os gastos nos próximos anos.

Levantamento da FenaSaúde mostrou que, entre fevereiro de 2020 e janeiro deste ano, foram realizados 2,6 milhões de atendimentos on-line no país. Do total, 60% foram para urgências e 40% para casos eletivos, mostrando como a telessaúde se tornou uma solução inclusive para casos graves. Mais de 80% dos pacientes tiveram suas necessidades atendidas de forma remota. Antes da pandemia, praticamente não ocorriam atendimentos remotos.

Futuro

“Atualmente a saúde é cara e não recebemos necessariamente qualidade e resolutividade em troca do preço que pagamos”, diz Marcelo Carnielo, dando como exemplo a incorporação tecnológica sem avaliação do custo-benefício. Está claro, ele continua, que há muita ineficiência e desperdício durante o trajeto do paciente no sistema. Sobretudo quando chega ao hospital - “onde tudo é muito caro”, segundo o especialista – o impacto é muito severo nas contas.

“Em toda a cadeia de serviços de saúde há consenso quanto à necessidade de mudanças. A pressão dos custos sufoca todos e penaliza, sobretudo, quem mais precisa de assistência”, diz Vera Valente, da FenaSaúde.

A telessaúde é um exemplo de inovação que aponta para uma assistência de alta performance, com soluções que permitam fazer mais com menos. Kenneth Almeida, diretor do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, diz que a pandemia acelerou muito esse processo. “A urgência faz as coisas acontecerem mais rapidamente”.

Marcelo Carnielo também destaca a necessidade de mais interação entre público e privado e aperfeiçoamento nos modelos de remuneração. “O SUS e a saúde suplementar precisam ser realmente complementares”, avalia.

“As associadas da FenaSaúde têm buscado atuar em iniciativas que garantam maior resolutividade, com melhores resultados para os beneficiários a custos compatíveis. Um sistema equilibrado permite mais possibilidades de tratamento e cura, com custos mais racionais – portanto, com menor impacto financeiro sobre o bolso dos clientes”, finaliza Vera Valente.


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