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Maior atenção à saúde primária pode tornar planos de saúde mais acessíveis

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Maior atenção à saúde primária pode tornar planos de saúde mais acessíveis

- Atenção primária melhora a qualidade do atendimento à saúde e permite maior controle dos custos assistenciais

- Modalidade ainda encontra desafios culturais, operacionais e de engajamento para ganhar escala no sistema privado
- Uso de tecnologia, incentivos e educação podem aumentar escala dos programas

A pandemia de Covid-19 gerou uma sobrecarga nos sistemas de saúde em todo o mundo, somando-se ainda à pressão das despesas com a assistência. Nesse contexto, a Atenção Primária em Saúde (APS) ganha ainda mais importância, já que a modalidade permite um maior acompanhamento dos pacientes e controle dos custos assistenciais. Os apontamentos estão em relatório exclusivo do Centro de Estudos e Planejamento em Gestão de Saúde da Fundação Getulio Vargas (FGVsaúde), realizado a pedido do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS). Lançados na quarta-feira (17), os resultados da publicação serão discutidos em debate promovido pela FGVsaúde, no dia 24 de março.

Segundo os autores do relatório, o maior acompanhamento e o controle dos custos assistenciais poderiam reduzir os desperdícios associados à realização de exames e tratamentos de saúde desnecessários. "Com a atenção primária, é possível organizar o cuidado em saúde, atendendo as pessoas de maneira longitudinal, possibilitando uma maior adesão aos tratamentos, racionalização do cuidado e melhores resultados clínicos", detalha Alberto Ogata, pesquisador da FGVsaúde e um dos autores do relatório.

O relatório descreve desafios e oportunidades para que a atenção primária à saúde possa ganhar escala também no sistema privado. Os resultados foram obtidos por meio de um estudo qualitativo, de entrevistas com 12 gestores de operadoras de saúde apontadas pela Agência Nacional de Saúde (ANS) como experiências inovadoras em seus serviços de APS.

Reconhecida há décadas como uma forma de organizar os atendimentos de saúde, a atenção primária, que costuma ser praticada por um médico da família, ainda não é amplamente adotada por planos e seguros de saúde. Parte da resistência vem dos próprios beneficiários, que associam esse tipo de atendimento a uma visão pejorativa do SUS ou de serviços gratuitos.

"O envolvimento de um médico da família é, muitas vezes, entendido, de forma equivocada, como um cerceamento da liberdade de escolher o profissional a quem recorrer. No entanto, é o médico de família quem melhor conhece os caminhos das especialidades da atenção secundária e terciária", contextualiza José Cechin, superintendente do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), que comissionou a pesquisa. Segundo o executivo, a atenção primária é uma forma de assistência à saúde capaz de resolver de 80 a 95% dos casos, o que faz dela um processo mais eficiente, tanto em termos de custo quanto de adequação dos tratamentos.

O uso de tecnologias nas consultas médicas

Os autores do relatório ainda ressaltam que os recursos de telessaúde, como as consultas por meio da telemedicina, são cruciais para auxiliar no processo de maior adoção da saúde primária para os beneficiários dos planos de saúde. Algumas destas práticas, adotadas durante a pandemia sob um regime de exceção, deveriam ser mantidas mesmo depois de findada a crise sanitária, indicam os autores.

"A telemedicina é uma ferramenta útil para facilitar o acesso do paciente ao sistema de saúde, mas ela não deve ser confundida com a atenção primária, que envolve pilares como o autocuidado apoiado, o uso de prontuários eletrônicos, a adoção de diretrizes clínicas e a integração com a atenção secundária e terciária, como hospitais e serviços especializados", reforça Ogata.

Dentre as sugestões do relatório para que a saúde primária possa ganhar escala também entre os atendimentos de saúde particulares, estão os registros eletrônicos em saúde, a busca ativa de pacientes, a telessaúde, a mudança na gestão das operadoras de planos, os incentivos financeiros e a educação em saúde de forma a envolver desde a liderança até o beneficiário. O gestor precisa estar seguro e acreditar no projeto de atenção primária como um modelo racional que orienta a assistência e organiza a gestão dos planos de saúde, enquanto o beneficiário precisa ser orientado e convencido da eficácia desse método.

"Também é importante ampliar a formação de profissionais especializados, como médicos de família, enfermeiros e agentes comunitários", complementa Ogata. José Cechin lembra que o modelo tem foco no acesso e cuidado integral. "Uma maior coordenação dos cuidados tem o potencial de prover mais saúde para as pessoas e auxiliar na redução de custos porque faz uso mais eficiente dos recursos", explica.

O relatório completo pode ser acessado em https://bit.ly/EspeciaisIESS. Já a inscrição para o debate pode ser feita diretamente no portal da FGV (https://evento.fgv.br/debatesetorsaude_24/)

Sobre o IESS

O Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) é uma entidade sem fins lucrativos com o objetivo de promover e realizar estudos sobre saúde suplementar baseados em aspectos conceituais e técnicos que colaboram para a implementação de políticas e para a introdução de melhores práticas. O Instituto busca preparar o Brasil para enfrentar os desafios do financiamento à saúde, como também para aproveitar as imensas oportunidades e avanços no setor em benefício de todos que colaboram com a promoção da saúde e de todos os cidadãos. O IESS é uma referência nacional em estudos de saúde suplementar pela excelência técnica e independência, pela produção de estatísticas, propostas de políticas e a promoção de debates que levem à sustentabilidade da saúde suplementar.


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